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Aspectos introdutorios a ciencias contabeis

Por:   •  13/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.714 Palavras (19 Páginas)  •  255 Visualizações

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Aspectos Emocionais e Cognitivos em estudantes de ambientes virtuais de aprendizagem

de nadiescadk | trabalhosfeitos.com


Uso das Emoções do Estudante no Processo de Avaliação em um Ambiente Virtual de Aprendizagem

Nadiesca Homrich Scherer, Jacques Nelson Corleta Schreiber e Rejane Frozza.

Master in Systems and Industrial Processes, University of Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul, Brazil.

Email: nadiesca@citypoint.com.br, jacques@unisc.br, frozza@unisc.br

Abstract

Este artigo apresenta um projeto de integração de um software que reconhece as emoções humanas com um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) de uma instituição de ensino superior (IES) brasileira. O software analisa alguns traços da face humana e infere o estado emocional do usuário. Ambos softwares são resultados de projetos de pesquisa desenvolvidos na IES mencionada anteriormente. Após a integração, o AVA será capaz de monitorar e inferir o estado emocional do estudante durante a sua interação. Este ambiente já possui dois agentes pedagógicos com capacidade de expressar emoções, entretanto o objetivo principal da pesquisa é conhecer o estado emocional do estudante adaptando conteúdo e forma dos objetos de aprendizagem do AVA. No final, avaliaremos se um ambiente virtual de aprendizagem que considera a emoção do estudante é capaz de trazer melhorias no processo de aprendizagem.

Keywords: Avaliação em ambientes virtuais de aprendizagem, agentes pedagógicos emocionais, inferência de emoções em ambientes virtuais de aprendizagem.

1 Introdução

Nos cursos a distância, estudantes e professores comunicam-se e interagem através de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Então, conhecer as emoções do estudanteenquanto ele acessa o AVA pode subsidiar melhorias na qualidade de interação. Pois no processo de aprendizagem do ser humano, existe uma relação entre a cognição e a emoção (LONGHI et al, 2007), (PIAGET, 1983), (DURAN et al, 2004). Portanto, pode-se ressaltar a importância de estudos sobre as interações, considerando afetividade e emoção dos participantes no processo de interação em um ambiente virtual de aprendizagem, ou uma maneira que possa se estabelecer algum tipo de interação neste sentido.

Considerando esta relação entre cognição e emoção, observa-se uma necessidade de mudança nos ambientes educacionais bem como na forma como ocorrem os cursos a distância. Neste sentido, as avaliações dos estudantes podem ajudar a nortear esta mudança, pois o processo de avaliação está diretamente relacionado à melhoria da qualidade de ensino. Partindo-se dos resultados de uma avaliação, pode-se então pensar em mudanças no ambiente para promover melhorias no processo de aprendizagem.

Portanto, este artigo apresenta um trabalho que tem como objetivo verificar se um ambiente virtual de aprendizagem que infere as emoções básicas do estudante como: alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa, nojo e expressa além dessas, as emoções de atenção e expectativa, pode adaptar-se de acordo com a emoção inferida, proporcionando uma aprendizagem mais eficiente. Para isso, alguns objetivos devem ser atingidos no decorrer do trabalho, como: inferir a emoção do estudante durante a interação com o AVA através da análise de suas expressões faciais; adaptar o ambiente de acordo com a emoção inferida buscando promover melhoriasna aprendizagem do estudante e avaliar os resultados obtidos.

Este artigo está dividido nas seguintes seções: a seção 2 faz uma análise do levantamento teórico feito acerca da computação afetiva e a inferência de emoções em ambientes virtuais de aprendizagem; a seção 3 descreve o método de pesquisa utilizado no trabalho, justificando os objetivos do trabalho; a seção 4 apresenta as conclusões parciais e os resultados esperados.

2 Referencial Teórico

No âmbito da computação afetiva e de estados de ânimo ou emoção em estudantes durante a interação com ambientes virtuais de aprendizagem, foram elaboradas diversas pesquisas relacionadas. Nas próximas seções serão descritos conceitos sobre o tema, bem como modelos de emoção e métodos de inferência de emoção através de expressões faciais juntamente com alguns trabalhos relacionados.

2.1 Computação Afetiva

A computação afetiva estuda as emoções na área da computação. Como pode-se observar na figura 1, o estudo se divide em dois âmbitos: As emoções na Interação Homem-Computador, que estuda o reconhecimento das emoções do usuário e a expressão de emoções por máquina, e a Síntese das Emoções que estuda a simulação das emoções em máquina.

Figura 1: Representação da computação afetiva e seus ramos de pesquisa.

Fonte: Jaques & Vicari, 2007.

O reconhecimento das emoções do usuário é o foco deste trabalho, e quando ferramentas computacionais conseguem inferir emoções de usuários em aplicações como ambientes virtuais de aprendizagem, por exemplo, pode-se dizer que estas ferramentas promovem a computação afetiva. Neste sentido, são ferramentas degrande valia para as áreas da psicologia, educação e computação afetiva (NUNES, 2012).

O presente trabalho está focado no reconhecimento das emoções do usuário, a fim de reconhecer de alguma maneira a emoção do estudante no momento de interação com o ambiente virtual de aprendizagem.

2.2 Modelo de Emoções

O termo emoção é muito usado na computação afetiva para definir os fenômenos afetivos, mas na verdade, o correto é tratar estes fenômenos afetivos como: estado afetivo ou afetividade, por serem termos mais abrangentes. As emoções, juntamente com os sentimentos, motivação e estado de ânimo constituem a afetividade, sendo esses estados caracterizados como: globais, constantes e de longa duração (LONGHI et al, 2008) e (JAQUES e VICARI, 2005).

A emoção é mais facilmente mensurável, porque ela é volátil, instantânea e consiste em um estado afetivo breve. Por isso, buscam-se tantas pesquisas para inferir emoções de usuários computacionalmente. Nestes casos, pretende-se saber a emoção momentânea para que possa ser usada como informação valiosa em aplicações computacionais que pretendem considerá-las (NUNES, 2012) e (LONGHI et al, 2011).

Para modelar as emoções utilizamos o modelo OCC. Proposto por Andrew Ortony, Gerald L. Clore e Allan Collins, ele representa a emoção baseando-se na abordagem cognitiva da emoção, onde ela surge a partir da percepção e avaliação de três aspectos: Eventos, Agentes e Objetos. (LINO et al, 2006).

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