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PROCESSO DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL

Por:   •  30/8/2017  •  Artigo  •  2.455 Palavras (10 Páginas)  •  240 Visualizações

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PROCESSO DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL

Resumo

A mudança organizacional é frequentemente forçada pelas circunstancias e crises que estão além do controle das pessoas que se encontram no comando, o que resulta em mudanças apressadas, feitas em resposta a uma emergência. A Cooperativa passou por momentos de crise, influenciado pelo mercado de preços dos produtos agrícolas. Neste sentido, o presente artigo, tem como objetivo apresentar as ações realizadas no processo de mudança organizacional na Cooperativa mediante a utilização da teoria desenvolvimento organizacional baseada em uma administração por objetivos. Todas essas mudanças realizadas com o intuito de reorganizar a mesma frente aos problemas enfrentados por ela nos anos anteriores, trouxe de certa forma, uma motivação para os colaboradores, visto que estes estavam apreensivos com relação ao futuro da cooperativa, a partir do momento que começaram a participar do processo de reestruturação, nas reuniões e encontros com as equipes, sentiram-se mais valorizados e conseqüentemente motivados para a realização das ações.

1 INTRODUÇÃO

As organizações no mundo moderno encontram-se em um ambiente de rápida evolução que exige mudanças apropriadas em sua estrutura e função, em virtude disso o desenvolvimento organizacional ajuda as empresas a fazerem mudanças racionalmente planejadas e implementadas.

A mudança organizacional, conforme Spector (2010) é frequentemente forçada pelas circunstancias e crises que estão além do controle das pessoas que se encontram no comando, o que resulta em mudanças apressadas, feitas em resposta a uma emergência.

A cooperativa possui um faturamento anual em torno de 40 milhões de reais, advindo cerca 70% deste da comercialização de commodities como arroz e soja, sendo o restante referente a comercialização de adubos, fertilizantes, implementos e ferragens agrícolas.

Nos anos de 2010, 2011 e 2012 a Cooperativa passou por momentos de crise, influenciado pelo mercado de preços dos produtos agrícolas, em virtude de que a cooperativa primeiro vendia o produto depositado para fins de aumentar o fluxo de caixa e depois o comprava do associado, sofrendo grande influencia nos preços das commodities, o que a levou o grupo de associados à solicitação do regime de autoliquidação extrajudicial com continuidade das atividades, elegendo uma nova equipe diretiva, composta conforme disposto na Lei 5.764/71, por dois liquidantes e três conselheiros fiscais.

Toda essa mudança gerou pedidos de demissões voluntárias e involuntárias, o que acarretou uma diminuição considerável no quadro de pessoal. Essa redução do quadro de pessoal ou downsizing é frequentemente realizado segundo Spector (2010) com base numa perspectiva puramente econômica, sem a consideração dos seus efeitos nos funcionários e na própria organização.

Diante disso, a Cooperativa precisou organizar-se para conseguir manter suas atividades em funcionamento.

Conforme Spector (2010) o desenvolvimento organizacional é um conjunto de técnicas projetadas para ajudar as organizações a mudar para melhor. Não somente na área de recursos humanos a Cooperativa organizou-se para mudar, para manter-se no mercado fez-se necessário mudar os objetivos, as metas, as ações, enfim planejar-se novamente.

A metodologia aplicada na construção deste trabalho foi um estudo de caso, pois caracteriza-se pelo estudo verticalizado de uma cooperativa, em um período de tempo e espaço, com dados coletados “in loco” e observados na realidade da empresa.

Para subsidiar os trabalhos serão utilizadas além dos dados coletados e observados informações secundárias, as quais serão obtidas mediante pesquisas em livros, artigos, sites da internet e dissertações que tratam sobre mudança organizacional.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Mudança organizacional

Robbins (1999) caracteriza como mudança organizacional as atividades intencionais, pró-ativas e direcionadas para a obtenção das metas organizacionais.

Já para Araújo (1982) é uma alteração significativa articulada, planejada e operacionalizada por pessoal interno ou externo à organização, que tenha o apoio e supervisão da administração superior, e atinja integradamente os componentes de cunho comportamental, estrutural, tecnológico e estratégico.

Estes dois conceitos, entre tantos outros existentes, são norteadores deste estudo, visto que foram visualizados no processo de mudança organizacional na Cooperativa.

Contudo as mudanças organizacionais não são fáceis de implementar,conforma cita Spector (2010), a empresa passa por um processo com múltiplos estágios para implementar uma mudança com sucesso, esse começa com os funcionários descobrindo inicialmente que irá ocorrer uma mudança, o que pode provocar em alguns casos ansiedade e incredulidade. Após uma forma específica de mudança precisa ser determinada, geralmente com a participação dos funcionários. Uma vez elaborado um plano, a mudança pode ser implementada.

Spector (2010) salienta ainda que haverá uma resistência a mudança, que precisa ser superada e aceita pelos colaboradores.

A resistência à mudança, para Robbins (1999), pode se dar nos âmbitos: individual e organizacional. As fontes de resistência individual relacionam-se às características subjetivas e pessoais dos indivíduos e envolvem aspectos como: hábitos, necessidades, características de personalidade, inseguranças, grau de conhecimento e questões econômicas. As fontes de resistência organizacional encontram-se direcionadas aos aspectos globais, envolvendo a organização como um todo, e relacionam-se à inércia estrutural e do grupo, ao foco restrito da mudança e às percepções de ameaça advindas da mudança.

Contudo há autores como Hernandez e Caldas (2000) que se contrapõem a esta visão da resistência como algo natural e inevitável. Em suma, não é possível elaborar receituários de como lidar com a reação dos empregados às mudanças. O que de fato interessa é alertar os gestores sobre a necessidade de conhecer os indivíduos e a cultura da organização, a fim de planejar as mudanças e saber lidar com as mais diferentes reações apresentadas.

2.2 O processo de mudança na Cooperativa

Diante do cenário econômico e financeiro vivenciado pela Cooperativa em 2012, depois de aderir ao regime de autoliquidação com continuidade das atividades, esta precisou criar estratégias, redefinir seus objetivos e metas para o presente e para o futuro.

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