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Ação de Inexistência de Débito c/c Obrigação de Fazer

Por:   •  7/2/2018  •  Dissertação  •  4.642 Palavras (19 Páginas)  •  134 Visualizações

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ....

AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, idocumento de identificação, rendereço, emailintermédio do advogado in fine firmado, constituído e qualificado em outorga anexa, com escritório endereço, endereço este que indicam para os fins do artigo 106, inciso I, do Novo Código de Processo Civil Brasileiro, propor a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA

em face de qualificar requerido, consubstanciada nas razões de fatos e de direitos a seguir expostas:

da gratuidade da Justiça

A Requerente encontra-se desempregada atualmente, razão pela qual pugna pelo benefício da assistência judiciária gratuita, vez que não pode arcar com as custas deste processo, sem o sacrifício próprio e de sua família, nos termos da lei, conforme declaração de hipossuficiência anexa.

Além disso, o presente caso constitui uma relação de consumo entre as partes. Dispõe a Constituição Estadual do Espírito Santo, em seu Título II (DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS), Capítulo Único (DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS), seu dever do Estado a promoção da defesa do consumidor.

Diante disso, a Requerente requer se digne a deferir a assistência judiciária, nos termos da Lei n°. 7.115/1983 c/c art. 4º da Lei n°. 1.060/1950 c/c art. 5°, LXXIV da CF, bem como nos termos dos artigos 98 a 102 do Novo Código de Processo Civil e do art. 11, IV da Constituição Estadual do Espírito Santo.

Da audiência de Conciliação

Verificando a possibilidade de uma composição amigável de acordo entre as partes litigantes (consumidor e fornecedor), bem como preenchendo os requisitos do artigo 319, inciso VII, do Novo Código de Processo Civil, vem o Requerente, perante a Vossa Excelência, requerer que seja designada audiência de conciliação, em dia e hora designada por este juízo.

Dos Fatos

Excelência, a autora entrou em contato, via telefone, com a primeira Ré, em meados de 2016, no intuito de obter informações sobre promoções referentes a cursos preparatório para concursos oferecidos pela ré.

Após o atendimento efetuado, a Requerida gerou um boleto, que referia-se à primeira parcela do curso e encaminhou o contrato de adesão à autora, esclarecendo que, caso houvesse interesse na realização do curso, a Requerente deveria adimplir o boleto, bem como encaminhar o contrato devidamente assinado, para efetivação de sua matrícula.

Pois bem, como a Autora só buscava informações, não realizou o procedimento orientado pela Ré, ou seja, não diligenciou para realização da matrícula e posterior início do curso.

Após determinado período, a Requerente passou a receber ligações da segunda Requerida, exigindo o pagamento do débito contraído referente à parcela do curso supostamente contratado.

Imediatamente a Autora diligenciou junto à primeira ré pleiteando informações detalhadas quanto à cobrança. Inicialmente os contatos para resolução do ocorrido foram realizados por via telefônica, contudo, ao observar que a Requerida não apresentava solução satisfatória, a Requerente optou por fazer suas solicitações via e-mails, confirmando os fatos narrados, todavia também restaram infrutíferos, conforme se extrai dos documentos anexos.

FRISE-SE QUE A PRIMEIRA REQUERIDA CHEGOU A SOLICITAR DA AUTORA UMA DECLARAÇÃO DE PRÓPRIO PUNHO, DESCREVENDO O EVENTO, CONFORME SEGUE EM ANEXO.

A realização de cobranças por telefone é tão agressiva e frequente, que não logrando êxito na satisfação de seu suposto crédito diretamente perante a autora, em comportamento audacioso, chegou a ligar para a sogra da autora, que sequer reside na mesma cidade que àquela, trazendo a mesma sérias perturbações a uma senhora com mais de 60 anos.

Aliás, a desorganização de tais pleitos é tamanha que as Requeridas estão encaminhando ao e-mail da autora débitos relacionados à terceiros, estranhos à relação de consumo que nesta ocasião se contesta veementemente, conforme comprovam os documentos anexos.

Portanto, a Requerente desconhece a contratação realizada com a Primeira ré. Não realizou ou contratou qualquer curso. Não adimpliu qualquer boleto face o seu desinteresse na contratação. Não sabe porque tal cobrança lhe vem sendo feita, mas sabe dizer que o infortúnio causou a autora dificuldades para realizar suas atividades diárias, já que necessita dedicar tempo a encaminhar e-mails, elaborar declarações e realizar ligações, com o fito de solucionar o transtorno gerado pela simples busca de informações. E mais nobre magistrado, a autora ainda teve que se reportar com justificações perante sua sogra, esclarecendo que jamais contratou quaisquer serviços da ré, tampouco forneceu o seu numero de telefone para contato, o que até o presente momento não ficou claro para a senhora com mais de 60 anos.

Destaca-se que a autora possui três filhos, sendo que dois requerem atenção especial por serem portadores de hemofilia, e considerando a necessidade de administração de medicamentos controlados e acompanhamento médicos regulares na cidade de Vitória-ES, bem como considerando que vem se dedicando aos estudos, buscando aprovação em concursos públicos, para proporcionar uma vida melhor à sua família, pois, como é sabido, o País atravessa um momento de crise, estando o mercado de trabalho abalado.

Salienta ainda que sofreu e vem sofrendo ameaças de negativação em face da suposta cobrança, fato que certamente implicará transtornos imensuráveis na sua vida cotidiana, face as diversas obrigações assumidas, e a necessidade de estar com seu CPF regular para as atividades que se dedica diariamente.

É um verdadeiro abuso e descaso com a Requerente, que tem sua vida cotidiana rotineiramente espancada pelas Rés. Imagina, nobre Magistrado, quantas cobranças indevidas são realizadas e não são conhecidas pelos seus usuários ou, quando são, sequer vão atrás de seus direitos e quanto isso gera de lucro

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