OS PSICOPATAS X SERIAL KILLERS: MESMO TRATAMENTO?

PSICOPATAS X SERIAL KILLERS: MESMO TRATAMENTO?

Psicopatas são ambiciosos e manipuladores, padecem por não ter conhecimento de suas ações, são geniosos e não tem medo. Muitos são populares por ter particularidades antissociais, com um domínio limitado de conduta. Podem manifestar condutas descontroladas e dominar e, principalmente, realizar crimes sem sentir culpa. Além disto, são carregados por pressentimentos dele como interesse, são desonestos e vaidosos e suas características também podem se manifestar na ausência de decência e para benefício próprio ele controla os outros, ou seja, o psicopata procura agradar apenas suas vontades. Suas perturbações mentais podem começar a aparecer no começo da vida adulta ou ao longo da adolescência e se manifestam tanto em homens como em mulheres. O Psicopata tem um aspecto psicológico diferentes das pessoas normais. Diferentemente do psicopata, o Serial Killers normalmente possui um trauma do passado e tem uma perturbação de saúde mental, ele mata continuamente com intervalo alternado e, por conta disto e outros motivos que serão demonstrados ao longo do trabalho são considerados assassinos em série. Serial Killers não possui sexo e assim como os psicopatas, podem ser tanto mulher como homem e normalmente as vítimas possuem uma ligação. São diversos os casos de serial killers e psicopatas no mundo e cada um apresenta uma razão diferente para o cometimento de seus crimes. Por fim é necessário entender também, se há um tratamento especifico oferecido pelo ordenamento jurídico brasileiro ou se a cada caso é aplicado um entendimento.

SERIAL KILLERS Conhecidos no mundo inteiro como serial killers, a sua tradução para o português literal é “assassino em série”. O termo foi usado pela primeira vez na década de 70, pelo agente aposentado do FBI, Robert Ressler. Há uma divergência a respeito de definir serial killers. Alguns definem quem comete homicídio a no mínimo duas vítimas, mas segundo a classificação do FBI (Federal Bureau Investigation), são necessárias três vítimas para o criminoso ser considerado um serial killers, somado a outros fatores, como o espaço temporal entre cada vítima e os lugares do crime. Essa teoria é a mais aceita por conta do estado psicológico do criminoso, esse espaço temporal é considerado como uma folga mental, onde após o crime o mesmo estar realizado, saciado, e assim, quando precisa se intencionar a cometer novos assassinatos, ele volta a atacar, de forma que ultrapassam todo o pudor de violência conhecida. O assassino em série costuma ter uma vida normal, com afazeres cotidianos e não demonstra ser uma pessoa cruel, o que acaba abalando quando um vizinho, um familiar ou até os pares românticos são descobertos como os criminosos. Os assassinos em série são confundidos com os criminosos que cometem assassinato em massa (conhecidos como mass-murder), o que é importante diferenciar, pois os que cometem assassinatos em massa consideram matar o maior número de pessoas, de forma programada e com uma finalidade própria, como por exemplo, atiradores e homens-bombas. Os serial killers são enquadrados em três teorias segundo Ilana Casoy1, a primeira teoria conhecida como Freudiana, são considerados pessoas que não souberam lidar com traumas quando na infância, como por exemplo abuso sexual que sofreram, acabam reproduzindo nas vítimas antes do homicídio em si. Mas outros traumas em outras fases da vida também podem ser considerados, como o meio social que o mesmo viveu, sua baixo autoestima, bullying, entre outros. A segunda teoria coloca os criminosos como pessoas normais que independente de seus traumas, tem o livre arbítrio, ou seja, todos os atos realizados por x pessoa é consciente. E a última teoria é a da Escola Positivista, que relativiza os fatores genéticos, influenciais sociais e outros motivos qual o criminoso não tem controle. Ainda em seu livro “Serial Killer: Louco ou cruel?”, Illana Casoy2, trata os

assassinos em série os classificando em 4 tipos, sendo eles: a) Visionário: Considerado uma pessoa desequilibrada, que sofre alucinações e acredita ser obrigado a realizar atos por vozes ou até mesmo entidades. b) Missionário: Como a palavra já exemplifica, o missionário acredita ser o instrumento para concluir uma missão, por algum motivo específico. Assim escolhendo algum grupo de pessoas para cometer os assassinatos. c) Emotivo: Comete os homicídios por prazer, por diversão. Como se fosse um passatempo sem qualquer porquê aparente. d) Sádico: O sádico é o homicida que começa seu crime através do abuso sexual, sente prazer no sofrimento de suas vítimas.

Segundo a criminóloga, todos esses tipos de serial killers citados acima passam por 6 fases do inicio até depois da conclusão do crime: 1. Fase áurea: Essa fase é o ponto inicial, onde o homicida em série perde o sentido da realidade, começa a pensar nos crimes a cometer como se não fossem negativos. 2. Fase da pesca: Fase em qual começa a procura pela vítima, o que mais o atrai, podendo ser pessoas aleatórias ou um grupo de pessoas, mas sempre “respeitando” o espaço temporal. 3. Fase galanteadora: Fase que o criminoso atrái a vítima de alguma forma, como sedução ou enganação. 4. Fase da Captura: Quando após escolher a vítima, o mesmo vai atrás dela, fazendo cair na armadilha. 5. Fase do assassinato ou totem: Fase em que realiza o crime, assim que realiza a fase da captura, na maioria das vezes. 6. Fase da Depressão: Ponto final das fases, quando após um período após o crime o criminoso entra em abstinência, assim precisando recomeçar o ciclo.

Para ressaltar a fase da pesca, é importante entender que as vítimas dos assassinos em série são escolhidas de acordo com o que mais lhe atrai ou mais abominam, como por exemplo, Pedrinho Matador, que matava pessoas que considerava ruim, e Ted Bundy, que assassinava jovens que se pareciam com a noiva que rompeu o relacionamento. Ou seja, cada um deles carrega como requisito de escolha um desejo ou uma frustração. Mas também há de considerar que alguns não

fazem seleção de nenhuma vítima, apenas matam os mais vulneráveis, que estão caminhando na rua à noite e afins. 2.1. SERIAL KILLERS FAMOSOS “Nós, serial killers, somos seus filhos, somos seus maridos, estamos em toda parte. E haverá mais de suas crianças mortas amanhã” – Ted Bundy 3

Diversos casos de serial killers chocaram o mundo, principalmente os casos dos Estados Unidos, país que concentra o maior número de assassinos em série atualmente. Ted Bundy, já citado no presente trabalho, assassinou mais 30 jovens mulheres, antecedendo os homicídios com abuso sexual. O mesmo foi acometido a cadeira elétrica no ano de 1989, e mesmo após todos esses anos,