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RESENHA CICATRIZ DE DAVID - SUSAN

Por:   •  17/10/2015  •  Resenha  •  910 Palavras (4 Páginas)  •  647 Visualizações

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Universidade Federal de Goiás – Regional Goiás

Faculdade de Direito

Acadêmico: João Tomaz Sobrinho Neto

Matrícula: 140594

Professor: Dr. Eduardo Gonçalves Rocha

Disciplina: Teoria da Constituição

Um olhar crítico ao livro Cicatriz de David de Susan Abulhawa

Cicatriz de David de Susan Abulhawa desconstrói a história, e a reconstrói em uma visão bilateral do sionismo judaico. Em uma trama que contrasta o amor e a fé, aos horrores de uma guerra interminável, não se restringindo ao “lado” dos palestinos árabes, mas também mostrando os judeus que não viam legitimidade nos atos do governo, no entanto que desejavam de todo o coração um lugar para esquecer os campos de concentração nazistas. Como não se emocionar com essa história? Como não sentir o amor pulsando nas veias daqueles que não tinham nada além do amor? Ein Hod era o sonho, o campo de refugiados era a realidade, a morte já “se tornara um ente familiar”, e a fé continuava inabalável.

Em 1947 a família Abuheja e os demais palestinos se viram em um inferno, sem casa, ou alimentos e humilhados em um campo de refugiados, eles experimentaram o ódio do exército judeu. Os árabes estavam sendo exterminados, porque os nazistas exterminaram os judeus, e este povo queria um lugar onde voltasse a se sentir seguro e livre das arbitrariedades do mundo. Ein Hod o “sonho” de Yehya se tornara em recanto dos multimilionários judeus que viram na região um lugar afastado que se transformaria em uma colônia de férias para eles.

O mundo assistiu e continua assistindo o extermínio dos árabes palestinos de forma inerte. Nos anos subsequentes da guerra as recomendações da ONU, foram sumariamente desconsideradas e descumpridas sem nenhuma sansão ao Estado de Israel. A esperança de Yehya, e de sua família, ao ler que a ONU, nada fazia de concreto para ajuda-los é um ponto imensuravelmente importante na trama. Neste momento a família Abuheja, já não tem esperanças que o mundo intervenha no conflito ao favor dos palestinos, mas não é por isso que eles perdem a fé. Sempre nas 5 orações diárias obrigatórias, e nas demais pedem a Alá “O misericordioso”, que os dê forças para conseguirem voltar para suas casas.

Yehya conseguiu, voltar para sua terra, e lembrou-se de seu passado glorioso, dos velhos tempos em que sua fazenda sustentava a metade da vila. No fundo de sua mente, recordava que sua maior preocupação era a colheita, voltou a saborear um figo e umas azeitonas, que dançavam em sua boca sem dentes. Por algumas horas, ele viveu um sonho, ou melhor seu maior sonho, que era voltar para Ein Hod. Ao regressar ao campo de refugiados, as famílias fizeram uma festa, e as músicas tocadas foram as dos tempos alegres, antes que os judeus retirassem a alegria de suas vidas. Aquele povo vivia para o trabalho na fazenda, o motivo para qual “respiravam”, era para cuidar de suas oliveiras quase milenares, plantadas por seus ancestrais ao logo das 40 gerações, 800 anos de história, que foi apagada em poucos anos de ocupação israelense. Voltar para sua terra, e andar dentre as olivas de sua família era uma audácia que nenhum israelense poderia admitir.

A emoção de Dalia, fechada dentro de seus maxilares travados,

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