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Resenha: A Aproximação mais evidente entre Rousseau

Por:   •  7/12/2017  •  Resenha  •  1.984 Palavras (8 Páginas)  •  243 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITARIO LUTERANO DE SANTARÈM CEULS/ULBRA

EDINEZIA DA SILVA RODRIGUES

FILME RELATOS SELVAGENS

Santarém-Pará

2017

EDINEZIA DA SILVA RODRIGUES

FILME RELATOS SELVAGENS

Trabalho apresentado a Universidade Luterana de Santarém Ceuls Ulbra, como parte para a obtenção da nota do g2.

Santarém, 23 de outubro de 2017

Prof. Misa Arruda (avaliadora).

  • Descreva suscintamente as aproximações e os distanciamentos entre os clássicos Hobbes, Locke e Rosseau. Identificando o enfoque quanto a organização social e o poder politico.

A aproximação mais evidente entre Rousseau, Hobbes e Locke é que ambos são contratualistas, que quer dizer que o estado surgiu de um contrato: antes disso os seres humanos viviam sem poder e sem organização, sendo possível isso apenas depois de um contrato firmado por eles, definindo a as regras de convívio social e subordinação politica.

Rousseau diz que a natureza fez os homens tão iguais tanto em estado físico como de espirito, e mesmo que aparentemente um pareça mais forte fisicamente que o outro isso não e suficiente para que se possa reclamar, essas diferenças se acentuam quando caba um aceita o que lhe é devido por direito, Vejo aqui uma base teórica para se justificar o poder monárquico e até ditatorial ilimitado, para que as pessoas se contentem com seu lugar na sociedade.

Autor da frase o homem é lobo do próprio homem, ele considera que os homens são tão iguais que não podem aceitar o triunfo de outro homem sobre si, sendo assim acabam um atacando o outro, ou para vencê-los ou para evitar um possível ataque. Nesse contexto, para que não haja guerra entre o seres humanos, é necessário um estado que controle e reprima a todos para o bem comum.

Hobbes diz que o indivíduo almeja honra e não a propriedade e para garanti-la ele pode entrar em guerra com outro homem, a convivência entre os homens é conflituosa, por isso Hobbes sugere que estudar a natureza humana é fundamental para compreensão dos conflitos sociais. Como solução para guerra de todos contra todos o filosofo defende que apenas o Estado Monárquico absoluto pode garantir que o contrato social seja eficaz, a repressão do soberano é capaz de deter as tensões entre os homens e garantir-lhes o direito a vida.

Hobbes defende a ideia que a sociedade nasce com o estado, ou seja, o estado é condição para que se possa existir a sociedade. Também afirma que a única maneira de se garantir a paz, evitar as invasões barbaras e injurias uns para com os outros, é transferir todo seu poder e vontade a um único homem ou representantes, que possam garantir sua própria vontade e decisões como sendo de uma pessoa só. Aqui a organização social funciona uma unidade, um só, como se fosse uma pessoa somente chamada de Estado.

Aquele que porta  dessa pessoa se chama soberano, possuindo o poder de soberania, todos os demais são considerados súditos. Liberdade para Hobbes significa ausência de oposição, e deixa implicito que a falsa liberdade nas democracias leva a discórdia, a revolta dos governados contra seus governadores, e ao derramamento de sangue. Para ele só a uma forma verdadeira de liberdade, quando o homem aceita o contrato social, renunciando seus próprios direitos, o estado soberano entra com o papel de assegurar a segurança da vida do individuo, não sendo garantido pelo soberano essa garantia, o súdito não terá  a obrigação de obedece-lo.

Aqui o poder politico defendido por Hobbes, é aquele exercido por uma monarquia com direitos ilimitados, a qual o povo tem a obrigação de obedece-los sem constestar. Um governo forte, não deve haver oposição e nem descontamento, tudo isso em nome da paz e bem comum de todos. É bem evidente que esse teórico é a favor do governo da época em que ele vivia.  

Outro filosofo importante da ciência politica é John Locke, também considerado contratualista, no entanto diferente de Hobbes, defende a ideia do liberalismo. Defensor da liberdade e da tolerância religiosa ele defende a ideia do empirismo, em que todo conhecimento advém da experiência.

Em seus escritores, Locke descrevia sobre os dois tratados: o primeiro Tratado é o da refutação do patriarca, em que dizia que os monarcas eram descendentes da linhagem de Abraão, e por isso designados por Deus para terem poderes reais. E o segundo tratado, dizia que nem a tradição nem a força, mas apenas o consentimento dos governados, era capaz de legitimar o poder político. Diferentemente de Hobbes que afirmava que o povo não tinha vontade própria expressa, pois esse direito estava nas mãos de um estado soberano, que decidia por todos. Está ai uma diferença muito contrastante entre os dois filósofos.

Igualmente como Hobbes também um defensor do Jusnaturalismo ou direitos naturais, em que a sociedade no seu estado de natureza através do contrato social, passa para o estado civil. No entanto, diferente do que dizia Hobbes, afirmava que sociedade precede o estado, e antes viviam em um período pré social e pré politico, onde a paz e harmonia reinavam. Esses povos já eram dotados de razão e de noções de propriedade, e o direito a vida e propriedade eram direitos naturais do homem. É interessante ver a tão distancia entre esses dois pensadores, Hobbes falava totalmente o contrário, considerava um povo sem governo, como tiranos e somente controlados se governados medo, ao contrário se viviria em estado de guerra.

Quando se trata da teoria da propriedade divergem novamente, para Hobbes a propriedade inexiste no estado de natureza, instituída somente após o estado na formação do estado civi, sendo assim o estado pode subtrai-las de seus súbitos. Para Locke, a propriedade já existia no estado de natureza, sendo anterior a sociedade é um direito natural e não pode ser extinta pelo estado.

Outra divergência entre eles é quanto ao contrato social, para Hobbes funcionava como ato de submissão, em que os governados transferenciam seu poder de liberdade para um terceiro, em troca da segurança das suas vidas. Em Locke, o contrato social é um ato de consentimento, em que os governados concordavam em formar uma sociedade civil, para garantir ainda mais os seus direitos naturais, assim se dava a organização social.  Consideravam-se aqui como direitos inalienáveis, o direito a vida, a liberdade e aos bens.

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