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Resenha Critica Olhos Que Condenam

Por:   •  31/10/2022  •  Resenha  •  612 Palavras (3 Páginas)  •  83 Visualizações

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No primeiro capítulo da série já podemos notar a seletividade penal e a criminalização racial, pois esses jovens foram detidos somente porque eram negros e a polícia precisava de alguém para culpar. O que nos faz remeter à obra de Michele Alexander no capítulo 3 intitulado A Cor da Justiça, a autora sustenta que, sob o manto da neutralidade racial, se produz o encarceramento em massa de pessoas negras nos Estados Unidos. Discorrendo sobre a política de combate às drogas, aponta dados impressionantes de como o alvo eleito não é a substância entorpecente, mas sim um grupo específico, percebe-se a estigmação do negro e pobre como uma figura de criminosos, criando assim uma dificuldade enorme para usufruir do direito de ampla defesa e presunção de inocência por conta dessa criminalização racial existente.

Neste segundo capítulo o tema abordado foi quanto a questão da crise no sistema de justiça criminal, na qual podemos perceber o preconceito contra os negros por parte dos agentes do sistema de justiça, contextualizando com os estudos de Adorno (1995) que trata da discriminação racial perante a distribuição da justiça, constatamos que o racismo compromete a neutralidade dos julgamentos e a universalidade na aplicação das leis penais, a justiça condena negros em maior proporção que brancos. Fica claro e evidente na série que os meninos foram condenados porque eram negros e não porque eram culpados.

A minissérie norte-americana ambienta-se na cidade de Nova York discorre sobre os fatos e consequências do ocorrido no parque daquela cidade ano de 1989. Com efeito, após ocorrido o estupro de uma mulher branca, a polícia da cidade se vê pressionada a achar culpados a qualquer custo. A narrativa progride enquanto a polícia investiga todos os cidadãos novaiorquinos que por algum motivo cruzaram o caminho daquele crime na mesma hora e lugar. Entretanto, numa sociedade ainda bastante racista, optou-se por a todo custo incriminar cinco jovens negros e de classe média baixa. Nesse diapasão, os cinco do Central Park, como ficaram conhecidos passaram por todo tipo de lesão a sua dignidade e a sua moral, seja por parte da mídia ou parte do próprio sistema policial. Assim sendo, os cinco, à época menores de idade, foram coagidos a prestarem testemunhos incriminando a si próprios mesmo que fossem completamente inocentes. A promotora Linda McCarey, veementemente, tenta conduzir a investigar no intuito de condenar os jovens mesmo sem provas, clara violação a ampla defesa e ao contraditório e obviamente ao devido processo legal. Ademais o caso mais repudiável é a prisão do jovem Corey Wise que nem sequer tinha estado no aludido parque no dia do crime. Pise literais, por todos os outros 4 serem menores, Korey acaba por responder por todas as acusações, de modo que ficou anos preso até que o verdadeiro culpado viesse a público e se confessasse seus crimes. Observa-se aqui o que acontece com uma sociedade racista que está mais preocupada na condenação deum culpado do que na absolvição de um inocente. Ademais o jovem Korey teve outros direitos alheios a sua privação de liberdade, tendo inclusive sua integridade física e moral completamente abaladas e violadas.

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