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Resenha Encarceramento em Massa

Por:   •  10/4/2021  •  Resenha  •  399 Palavras (2 Páginas)  •  241 Visualizações

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     Aristóteles acreditava que o fundamento da sociedade é a justiça. Mas diante do encarceramento em massa atual, nos abre o questionamento sobre o crime e o criminoso, quem os define? O que nos leva à esse aprisionamento geral? A classificação social implica no encarceramento?

     Nosso pensamento é condicionado a pensar nas prisões como algo inevitável e fundamental, cujo objetivo é a submissão do criminoso a condições precárias de vida como forma de pagar o mal que fez à sociedade, tratar o mal com o mal, gerando a naturalização do aprisionamento.

      A prisão, como a conhecemos hoje, por construção histórica e social, a reconhecemos como um lugar de reclusão, de recuperação e de justiça. Ao decorrer da resenha, faremos levantamentos sobre esse pensamento.

      O filósofo Michel Foucault, apresentou uma genealogia da punição e das prisões em sua obra Vigiar e Punir, se preocupando em buscar entender processos e mudanças ocorridas no sistema punitivo e em seu decorrer histórico, a maneira em que ele foi se reinventando e revolucionando.

       Na França por volta do século XVI, o processo criminal transcorria sem a participação do acusado, além da linguagem rebuscada e termos em latim afastavam o acusado no acompanhamento do processo, dificultando sua defesa e a busca por seus direitos no caso.

      Com o passar dos séculos, é possível dizer que o sistema criminal punitivo é construído e ressignificado historicamente, reconfigurando, mas mantendo a opressão na hierarquia social.

      O que nos chama atenção no primeiro capítulo do livro “encarceramento em massa” escrito por Juliana Borges, é a abordagem sobre a falta de discussão sobre o sistema de justiça criminal, é notório e de extrema importância citar a deficiência do mesmo, a reprodução de injustiças e desigualdades étnico-raciais, sociais, políticas e econômicas dentro desse sistema.

    O déficit no sistema é uma herança social, que apesar de sua denominação neoliberal, ainda é racista, preconceituosa e com desigualdade de gênero. A opressão, a condenação e o julgamentos são características importantes para a definição da nossa sociedade.

    A cultura da punição e encarceramento é um fenômeno social que se prendem ao campo jurídico, no ordenamento social e é ligada diretamente à sustentação de determinados grupos sociais em detrimento de outros.

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