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Resenha: Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: Nike e Reebok

Por:   •  10/8/2017  •  Resenha  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  401 Visualizações

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Resenha: Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: Nike e Reebok

A venda de calçados esportivos nos Estados Unidos triplicou em 10 anos, em 1992 a cifra para o mercado alcançou o montante de 11.6 bilhões e dólares. Destacam-se no ramo duas empresas: Nike e Reebok, as quais totalizaram em 1993 uma arrecadação de quase 7 bilhões de dólares, com uma rentabilidade de mais de 20%. Contudo, não fabricavam os calçados, dedicavam-se ao projeto, ao desenvolvimento do design, e a divulgação do produto. Suas obras primas eram fabricadas nos altos padrões de qualidade por contratadas distribuídas em países com baixo valor de mão de obra: Coreia do Sul, Taiwan, China, Indonésia, Tailândia e Filipinas. A Nike enviava cópias dos protótipos testados e aprovados a sua rede de contratadas para produção.

Essa terceirização permitia o baixo custo de fabricação, além de não ter atrelado ao capital social a matéria-prima e o trabalho. Outra vantagem era poder definir, em determinado momento econômico, qual contratada efetivaria a produção.

Os altos lucros alcançados contrastavam com as miseras condições em que o trabalhador das contratadas era exposto, com ínfimos salários. Essa situação paradoxal trouxe a lume o questionamento de como uma empresa pode respeitar os trabalhadores de países em desenvolvimento e negar os mesmos direitos àqueles pertencentes ao mundo subdesenvolvido.

Em 1970, a Nike se enveredou na produção de calçados de trilha. Passou assim, a operar com pequenas fábricas em Taiwan e Coréia do Sul, pra onde enviou técnicos para acompanhar de perto a produção. Nesse período outras empresas norte-americanas entraram no mercado de calçados produzidos na Ásia, surgindo grandes e pequenas fábricas na Coréia do Sul. Tais empresas eram responsáveis por todo processo de produção, contratação de trabalhadores, estabelecimento de questões salariais.

A fabricação dos calçados era complexa, baseada na transformação de insumos brutos em itens de alto padrão de qualidade, por meio de técnicas manuais.

Com a quase totalidade dos calçados norte-americanos produzidos na Ásia, duas empresas, uma delas a New Balance, permaneciam com a produção nos Estados Unidos, por esse motivo declarou a impossibilidade de auferir lucros com a venda de calçados em valor abaixo de 50,10 dólares.

A demanda gerou aumento no valor da mão de obra em Taiwan e na Coréia do Sul em comparação com outros países asiáticos. Assim, o diretor da Nike propôs às contratadas a mudança das fábricas para países com custeio operacional menor: China e Indonésia. O que foi seguido.

Seis fábricas da Indonésia passaram a produzir para a Nike, ao tempo que iniciou diversas apurações sobre regime exploratório dos trabalhadores: carga horária excessiva, salários abaixo do mínimo, além, de ser acusada de criar um clima de competição entre as empresas, pra produzirem o calçado mais barato. Nesse clima, a Nike se esquivava das denúncias relatando que não tinha qualquer controle sobre a produção e regime de trabalho, no entanto, elaborou um Memorando de Entendimento com requisitos específicos sobre condições de trabalho, preservação do meio ambiente, os quais deveriam ser adotados pela contratada, mas na prática não resolveu a questão.

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