Resenha do Caso de Harvard intitulado “Prospecção Internacional em Calçado Esportivo:Nike e Reebok

REFERÊNCIA: Rosenzweig, Philip M. PROSPECÇÃO INTENACIONAL EM CALÇADO ESPORTIVO: NIKE E REEBOK. Escola de Negócios da Harvard, 14 de julho de 1994.

PROSPECÇÃO INTERNACIONAL EM CALÇADO ESPORTIVO: NIKE E REEBOK

O caso em comento trata-se sobre o panorama econômico em que se desenvolveu a indústria de calçados esportivos nos EUA, retratando o modo de contratação de serviços sob à ótica internacional das Empresas Nike e Reebok, bem como os impactos sociais desse mercado em países asiáticos, como Coréia do Sul, Taiwan, China, Indonésia etc.

As empresas citadas destacavam no mercado, sendo líderes no segmento de calçados, ganhando visibilidade com suas campanhas publicitárias e apoio de atletas famosos, mas efetivamente não produzia os calçados. Contavam com uma rede de contratadas na Coreia do Sul, Taiwan, China, Indonésia, Tailândia e Filipinas, que faziam calçados de acordo com as especificações exatas e entregavam um bem de alta qualidade, seguindo cronogramas de entrega precisos.

É válido citar, que os países asiáticos escolhidos para realizar a referida produção dos calçados, não tinham outra opção de trabalho, ocorrendo consequentemente o aceite das condições impostas pelas referidas empresas, inclusive com o salário bem mais inferior pelo praticado nas mesmas empresas nos Estados Unidos da América

Assim, as referidas empresas tinham um custo baixo e mão de obra barata e abundante, propiciando à Nike e Reebok alta lucratividade em comparação com sua produção no país de origem, tendo como consequência positiva a minimização de custos no contexto geral, como consequência negativa a exploração de mão de obra barata, submetendo inclusive seus trabalhadores às circunstâncias violadoras dos princípios da dignidade da pessoa humana, com inobservância das leis trabalhistas locais, exploração do trabalho infantil, ambientes insalubres e jornadas de trabalho excessivas.

O fato da grande expansão empresarial pelas empresas e a busca incessante pelo aumento dos lucros fez com que as Contratadas se tornassem alvo de investigações no que concerne à exploração de mão de obra e violação dos direitos humanos. Tais alegações foram veemente negadas pela Nike e Reebok, sob argumentação de que as fábricas eram contratadas de forma independente, e que a orientação dada a estas eram no sentido de aplicar fielmente a lei local, tanto trabalhistas, quanto ambientais, dentre outras.

Ademais, quando demandadas a prestar esclarecimentos, se esquivavam de tais acusações, sob o argumento de que a contratação da produção em países estrangeiros facilitava o desenvolvimento econômico desses, com reflexos positivos em índices de exportações e uma transição industrial significativa.

Importante mencionar que a Nike realizou uma política de tutela de direitos através do Memorando de Entendimento da Nike, no qual solicitou várias certificações de suas contratadas e fornecedores, no que tange a regulamentações laborais, segurança e saúde ocupacional, e seguro do trabalhador. Exploração do trabalho infantil , discriminação de sexo, raça ou outras diferenças.

Na mesma seara, a Reebok através da implantação dos Padrões de Produção em Direitos Humanos da Reebok adotou um modelo de política de direitos humanos, declarando que não

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