TEORIA DOS JOGOS - CAP 7 - ESTABELECER A COMUNIDADE DE JOGADORES DO PROCESSO

TEORIA DOS JOGOS - CAP 7

ESTABELECER A COMUNIDADE DE JOGADORES DO PROCESSO

Através das normas, é definido quem pode jogar com possibilidade de atuação direta na partida. Os jogadores têm suas próprias funções no jogo, que só eles exercem, estabelecendo, assim, estratégia e tática de ações dentro de sua competência.

Para estabelecer tática e estratégia, necessita-se de adversário, assim formando uma comunidade de jogadores de um processo. O desafio proposto pelo processo penal é o que compensa, assim os jogadores externos e internos podem desempenhar papéis importantes em face da interação dos jogos processuais e a modificação das recompensas.

Os jogadores e julgadores dependem de regras processuais que estabelecem o modo de participação. Depois da narrativa do fato para o advogado ou autoridade policial, a vítima e acusado, deixam de se destacar nos argumentos processuais, porém ouvi-los é de extrema importância. Os afetados com a relação judicial poderão auxiliar os jogadores processuais, por serem concernidos da decisão, além de terem direito de saber o que se passa no processo.

É possível diferenciar jogadores profissionais dos amadores; a qualidade do jogador pode influenciar o resultado da partida. Em qualquer jogo de informação incompleta, quanto mais se sabe dos jogadores, das regras, das recompensas, das táticas e estratégias, melhor se gerencia o risco processual.

A maioria dos jogadores são amadores e não percebem a dimensão da preparação. A competição acontece em um período específico, e cuidados devem ser observados, pois jogadores profissionais sabem que treino é treino e jogo é jogo, sendo o foco a condição para obter resultados vitoriosos. Alguns fatores poderão ocorrer e prejudicar o desempenho do jogador, sendo variável os riscos.

Pode-se pensar de diversas maneiras, as táticas e estratégias de cada processo e, no fim, comemorar ou lamentar as escolhas.

Uma partida processual disputada entre profissionais e amadores é desigual, e fere o princípio do devido processo legal substancial. Não se pode ter defesa formal, é necessário que seja material, tendo em vista que a paridade, é condição do processo, e deve ser analisada antes.

Há alguns advogados que não atuam no crime, mas aparecem para “quebrar o galho”, sem que entendam a dimensão e importância da AIJ no crime.

A distinção do jogador habitual, do eventual, é importante; uma vez que, o jogador habitual, realiza atividade no jogo através de ofício, e os jogadores eventuais jogam o processo penal sem prática regular.

Uma jogada agressiva pode gerar efeitos nefastos, pois o que é evidente para uns, pode não ser para outros; a atenção aos sinais argumentativos e posturais, devem ser especiais.

 O olhar do julgador e suas expressões corporais, podem ser decisivas. Perder ou ganhar, faz parte de cada jogo, já sentir-se injustiçado, é uma possibilidade especial, quando todos os jogadores se convencem de suas teses.