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Disciplina: Sistema Financeiro Internacional

Por:   •  2/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.237 Palavras (9 Páginas)  •  232 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE BACHARELADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Disciplina: Sistema Financeiro Internacional

Docente: Elói Martins Senhoras
Discente: Alokike Gael Chloe Hounkonnou

Matrícula: 2020015784

Atividade: “Discurse sobre o sistema financeiro internacional”

O conceito de Sistema Financeiro Internacional (SFI) é um conjunto de instituições, mercados e recursos de um determinado país, e seu principal objetivo e propósito é repassar o dinheiro ganho pelos credores aos devedores. Esse trabalho de mediação é realizado por esses órgãos que constituem o sistema financeiro e são considerados muito importantes na conversão de ativos financeiros distribuídos por investidores em ativos financeiros indiretos.

O sistema financeiro compõe-se de ativos financeiros, bem como as instituições, os intermediários e os mercados financeiros. A tarefa específica do sistema financeiro de uma economia de mercado é retirar o excedente dos poupadores e canalizá-lo para os tomadores de empréstimos, públicos ou privados. Essa canalização ocorre por meio dos ativos financeiros. Ativos financeiros são títulos ou registros contábeis que pulverizam o custo das unidades econômicas e, de certa forma, constituem o meio de preservação do patrimônio de quem o possui e criam um passivo. As características desses ativos são: a liquidez, o risco e a rentabilidade.

No âmbito nacional e internacional, existem aqueles que chamamos de órgãos reguladores do sistema financeiro que são encarregados de supervisionar a aplicação das leis promulgadas pelo Parlamento, bem como as que emitem os reguladores do próprio sistema cujo principal objetivo consiste a exercer a função de controlador dentro do sistema financeiro.

O surgimento do sistema financeiro internacional se insere no contexto da Segunda Guerra Mundial, em 1944, com a realização da Conferência de Bretton Woods, que se torna o marco na organização da economia mundial. Como resultado desta conferência, a Carta de Bretton Woods cria duas instituições importantes:

  • Fundo Monetário Internacional (FMI)
  • Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

Ambas as instituições começam a funcionar apenas em 1947, por causa do tempo necessário para as ratificações (ONU começa com 51 Estados, as instituições começaram com 45 membros).

O FMI é uma instituição de grande projeção internacional, que influencia todo o sistema financeiro internacional e voltou a ganhar destaque com a crise financeira de 2008. Suas principais funções estão voltadas a:

  • Garantir a estabilidade do mercado de câmbio
  • Evitar grandes oscilações na cotação entre as moedas; um compromisso de equilíbrio monetário. (A FMI passa a desenvolver essa atividade a partir do padrão dólar-ouro)
  • Prover liquidez aos Estados através de empréstimos, desequilíbrios nos balanços de pagamentos.
  • Orientador do comportamento financeiro dos Estados
  • Estimula ou crítica determinadas práticas
  • Atua para uma boa governança financeira.

Em segundo lugar, o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial), é o maior e mais renomado banco de desenvolvimento no mundo. Por ser uma grande agência financeira internacional, o Banco Mundial é composto por cinco instituições que os auxiliam em suas atividades: o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), a Associação Internacional de Desenvolvimento, a Corporação Financeira Internacional, a Agência Multilateral de Garantia de Investimento e o Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos. Atualmente, cerca de 150 países colaboram com recursos financeiros. Suas principais funções são:

  • inicialmente atua para prover a reconstrução da Europa, sua recuperação econômica. Tem papel secundário devido à presença do Plano Marshall, administrado pela Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE);
  • Promoção do desenvolvimento. É onde ganha maior projeção.

O BM atua sobre diversos temas de desenvolvimento, consultorias para os governos sobre políticas públicas voltadas para o crescimento econômico, além de empréstimos que são concedidos a uma taxa de juros inferiores aos praticados pelo mercado internacional. As decisões sobre os investimentos e as alocações dos empréstimos são realizadas através de votos das nações associadas.

O Banco Mundial é, na prática, um intermediador, atuando junto ao mercado financeiro para conseguir recursos com taxas preferenciais que serão repassados aos Estados. Cobra apenas uma “taxa de administração”. Essa prática acaba criando um dilema, pois o Banco seria uma instituição financeira, que deveria atuar com rigor para garantir o retorno de seus investimentos ou seria uma agência para o desenvolvimento devendo pautar-se por uma lógica de flexibilidade, para facilitar o desenvolvimento dos Estados.

É devido a esse dilema que o Banco Mundial, nos últimos tempos, tem levado o Banco a atuar em outras áreas, se consagrando como um provedor de bens públicos, globais ou regionais, atuando junto a organismos financeiros e até com ONGs, principalmente na área do meio ambiente.

Apesar de todas as entidades criadas e estabelecidas visando a manutenção da ordem econômica global, o Sistema Financeiro Internacional não foi suficiente para evitar um grande problema em meados de 2008, quando explodiu a chamada Crise do Subprime. Alguns comportamentos justificaram o caos que vivenciamos recentemente. Um deles foi o relaxamento das medidas e das restrições visando a preservação econômica mundial.

Neste ponto, vale lembrar que o principal problema veio do mercado hipotecário dos Estados Unidos. Vivendo um momento de ampla prosperidade, os bancos relaxaram suas exigências para empréstimos, algo que se converteu em uma grande crise financeira.

Além disso, ainda que sejam vitais para a manutenção do Sistema Financeiro Internacional, FMI e BIRD não são suficientes para impedir, sozinhos, uma crise global. Os recursos não são infinitos e, em cenários muito adversos, a exigência de capital é extrema.

Partindo do pressuposto de que cada Estado-Nação possui a sua autonomia financeira, bem como diferentes vias de regulamentação da economia e diferentes estruturas econômicas, pode-se conceituar o sistema financeiro internacional como fluxos econômicos de moedas, comércios, aplicações, pagamentos, empréstimos transfronteiriços, realizados por governos, bancos, empresas ou até mesmo pessoas, e cuja principal finalidade é facilitar e regulamentar essa cadeia de atividade de maneira a maximizar os ganhos dos principais atores (credores).

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