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Gestão de Pessoas FGV

Por:   •  18/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.419 Palavras (10 Páginas)  •  225 Visualizações

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        MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

Disciplina: Gestão de pessoas

Módulo:

Aluno: Marcus Virgilio Ratier Martins

Turma:

Introdução

   Atualmente nosso mundo passa por diversas mudanças gerando um impacto na maneira que as organizações encontram para gerir seus colaboradores. Essas mudanças são perceptíveis na gestão de pessoas, devendo o gestor ser visto como um líder e não apenas como chefe, para que assim possa conciliar o alcance dos objetivos de sua organização com a satisfação de quem nela trabalha. Nas palavras de Chiavenato (2009, p.89) a "liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada situação".

  No século XXI os ambientes de trabalho são altamente mutáveis, exigindo que os gestores saibam lidar com diferentes tipos de desafios, porém cada gestor se encaixa em um perfil de liderança diferente, desta maneira, o foco deste trabalho é analisar os perfis de liderança estudados. Para Maximiano (2010) no sucesso de uma organização é extremamente importante que se tenha um líder engajado com a empresa, tendo em vista que ele é quem faz com que os objetivos e metas sejam alcançados, essa grande importância do papel de líder tanto na sociedade como no mundo empresarial, será demonstrado neste trabalho. Portanto, o estudo de perfis de liderança são de extrema importância para o entendimento do papel de gestor na sociedade comptemporânea.

  De acordo com Ferreira et.al (2017), na medida em que a sociedade fica mais complexa, bem como o exercício do poder mais difuso e coletivo, se faz necessário líderes que inspirem e oferençam alternativas a seus liderados, passando a maturidade de suas lideranças a representar a evolução das instituições e sociedades onde estão localizadas. Assim, temos que as mudanças constantes da sociedade influenciam diretamente nos perfis de liderança que possam ser considerados mais benéficos para dado momento da atualidade.

  Este estudo encontra-se estruturado da seguinte forma: a primeira seção se dá  nesta introdução; a segunda seção o conceito de líder e a análise dos diferentes perfis de liderança, com foco principal nos definidos por Kurt Lewin, Maximiano, entre outros, enquanto a terceira seção trata-se das considerações finais a serem apresentadas.

Desenvolvimento – análise de diferentes perfis de liderança

Na atualidade os líderes devem dar um especial destaque para os tipos de liderança existente, visando promover o alinhamento das estratégias corporativas com a conciliação dos interesses individuais e os da organização.

No entendimento de Chiavenato (2009) a capacidade de um líder ser prestativo está diretamente relacionada a uma boa tática de liderança, pois desta forma é possível que reflita, de melhor forma, seus atos para seus funcionários. De acordo com o autor, para ser considerado um um bom líder se faz necessário uma boa obersvância do comportamente de sua equipe, para que, assim, sejam direcionados de maneira que tenham maior rendimento na organização.

 Para Maximiano (2010), a motivação dos colaboradores está relacionada com a liderança, tendo em vista que o líder é o principal servidor da organização, afetando diretamente quem trabalha com ele. Desta forma, a motivação deve estar relacionada com o jeito de ser do funcionário, não devendo, entretanto, o líder influenciar mudanças em sua personalidade, devendo se ater apenas à direcionar seus subordinados, os orientando pelo caminho mais benéfico.

 Ao passo que depende do líder manter a motivação dos trabalhadores, na visão de Maximiano (2010), é isto que levará ao alcance dos objetivos pretendidos pela empresa. Na visão do autor, o líder é um administrador empenhado em desenvolver o melhor crescimento para seus subordinados, aliados à sua participação na empresa e à criatividade que possuem, podendo, desta forma, delegar funções pertinentes à capacidade de cada um.

Temos então, que há uma diferenciação entre ser um líder e um chefe, para Maximiano (2010) chefe exerce o poder de uma maneira autoritária e oficiosa, já o líder é um dirigente, tendo uma personalidade diferenciada capaz de orientar um grupo de colaboradores com o fim de atingir o objetivo da organização.

 A maneira que o gestor motivará seus funcionários e os orientará, irá definir, junto com sua personalidade, se é de fato um líder ou um chefe, sendo os tipos de personalidade de liderança extremamente importantes para o entendimento das dirigências nas organizações atuais.

 Um dos pioneiros nos estudos sobre estilos diferentes de liderança é Kurt Lewin (1973), este autor propôs três tipos de liderar uma equipe, sendo estes: estilo autocrático (autoritário), estilo participativo (democrático) e o estilo liberal (conhecido também como laissez-faire). Para o autor, o estilo autocrático é usualmente adotado por líderes que tomam decisões por si só, definem as responsabilidades e mantem rígido controle sobre todo e qualquer processo dentro da organização, sendo este o tipo de líderes centralizadores, que gostam da centralização do poder. No estilo autocrático o líder esclarece de forma concisa o que deve ser feito, quando deve ser feito e como deve ser feito, com foco no controle que o líder possui sob seus seguidores, havendo uma clara divisão entre o líder e estes. Com a liderança autocrática podemos notar que há menos fluxo de criatividade permitido nas tomadas de decisões, tendo em vista que o poder fica centrado ao líder, podendo desanimar quem não apresenta resultados esperados por ele, criando até mesmo um ambiente de trabalho mais hostil para os subordinados, porém, em determinadas situações pode ser uma personalidade benéfica, ao passo de que existem situações em que são necessárias decisões que sejam rápidas e decisivas, criando assim situações em que o líder necessita estar, de fato, no controle. Lewin (1973) descobriu que é difícil a transição do estilo autoritário para o estilo democrático.

 O estilo de liderança democrático, ou participativo, se dá na forma da participação dos integrantes da equipe na tomada de decisões, com o líder recebendo sugestões e delegando tarefas, se aproveitando de um feedback de seus subordinados para que possa tomar melhores decisões. Para Lewin (1973) é o estilo de liderança mais eficaz, ao passo que o líder oferece uma direção, orientação, aos subordinados, permitindo destes contribuição e participação nas tomadas de decisões esperando que tenham uma maior maturidade e conhecimento. Neste tipo de liderança, os membros do grupo sentem-se mais engajados nos projetos, sendo assim mais participativos e motivados, o que leva à uma maior criatividade na equipe e um maior comprometimento com os objetivos das organizações, dando contribuições de maior qualidade, entretanto, se não há, de fato, maturidade e conhecimento por parte do grupo, o líder pode acabar aumentando sua indecisão nas tomadas de decisões e com isso diminuir a produtividade do grupo.

 Na liderança liberal (laissez-faire), na visão de Lewin (1973), há a permissão para que os subordinados tenham livre decisão em relação a metas e métodos, afinal, o termo laissez-faire em francês significa deixar acontecer. Este estilo se prova útil em situações diversas que necessitam de especialistas qualificados em determinadas áreas, para que se complementem e atinjam o objetivo da organização, assim sendo, se faz necessária uma grande maturidade para saber lidar com a responsabilidade pessoal que cada um pode vir a ter. Nesta liderança, Lewin (1973) notou que os subordinados careciam de orientação, resultando numa falta de progresso do projeto escolhido caso não haja constante acompanhamento do líder. Desta forma, se vê necessário um acompanhamento direto do líder para que se alcance os objetivos pretendidos.

 Como visto, há situações em que se faz necessário o uso de um estilo de liderança ou de outro, podendo se combinar e não se excluir. No quesito de combinação, Cavalcanti e colaboradores (2009 apud FERREIRA et.al., 2017) denominam de visão bidimensional da liderança, constatando a influência de situações variáveis para a determinação de um ou outro estilo de lideranção, não sendo necessariamente de acordo com a vontade do líder. Como há mudanças repentinas na sociedade do conhecimento, o gestor deve ser flexível em relação ao estilo que adota perante a equipe. Os autores afirmam que o bom líder deve ter comportamento adequado e variado dependendo das circunstâncias postas, sendo mais assertivo ou mais motivador, ou podendo adotar ambos os comportamentos.

 A flexibilidade de adotar estilos nos leva ao modelo situacional, devendo o líder utilizar o estilo mais compatível com o grupo que lidera, para Cavalcanti e colaboradores (2009 apud FERREIRA et.al., 2017), em grupos com baixa maturidade deve-se ter uma postura mais autoritária com o estilo mudando para um mais participativo na medida em que a maturidade do grupo aumenta, e quando esta maturidade atinge níveis altos o líder poderá delegar plena e facilmente as tarefas necessárias, adotando um estilo liberal (laissez-faire). Porém, como crítica, há o fato de poder existir uma relativização em relação ao desempenho gerencial.

 Temos que os estilos de liderança podem ser alternados dependendo da necessidade apresentada no momento, até mesmo pelas constantes mudanças de cenários na atual sociedade, o que nos leva a um modelo amplamente difundido nos dias atuais: a liderança carismática.

 A liderança carismática é um sistema baseado nas características pessoais do líder, percebidas pela equipe. Para Maximiano (2010), o líder carismático comumente é visto como inspirador, transformador e revolucionário. Possui características como a autoconfiança, boa articulação e fortes convicções, consegue romper alguns padrões e ter boa comunicabilidade para indicar a direção a ser seguida, sento visto pelos colaboradores como um forte agente de mudanças, apesar disso, é passível de conter certo narcisismo e não ter facilidade para entender a perspectiva ou conselhos de terceiros, manifestando uma certa fragilidade a respeito desta abordagem.

 Além da liderança carismática também há a visionária, a qual consiste em ir além do cotidiano organizacional e cria projetos a longo prazo, que sejam construtivos e benéficos para a organização. Segundo Johann (2013 apud FERREIRA et.al., 2017), este estilo poderá ser transformado em um propósito estratégico, porém deve ser desafiante, com data definida e indicadores para as metas que materializam a visão de futuro proposta. Este estilo pode trazer problemas motivacionais à equipe, tendo em vista que o líder poderá ter problemas a curto/médio prazo para realizar tarefas pertinentes, o que pode levar a um desânimo dos colaboradores. Assim, o líder deve inspirar os seguidores para se desafiarem e alcançarem os objetivos das empresas, de maneira transformacional.

 O estilo de liderança transformacional por sua vez exerce uma forte empatia à seus subordinados, dando atenção individual para cada um dos membros de sua equipe, de acordo com Robbins, Judith e Sobral (2010 apud FERREIRA et.al., 2017), quem é liderado por líderes transformacionais acabam procurando metas mais ambiciosas, se aliando com os objetivos das organizações. Porém, estes líderes podem possuir necessidade de auto-afirmação, podendo ter problemas com jovens profissionais que possuam personalidade forte, ou até mesmo com profissionais mais experientes.

 Outro método a ser destacado é o estilo de líder que trabalha como coach, esta palavra remete às equipes esportivas, que possuem um treinador com a função de incentivar os atletas, no meio organizacional é um líder que incentiva e promove um autodesenvolvimento dos liderados por ele, os ensinando a irem atrás dos objetivos da companhia bem como apresentarem resultados. (FERREIRA et.al., 2017)

 O estilo coaching pode ser benéfico em alguns pontos, como incentivar o autodesenvolvimento dos gerenciados, mas devemos lembrar que cada um possui seu limite, não podendo levar alguém à exaustão para que cumpra metas e objetivos da empresa.

 Com os estilos de liderança aqui apresentados podemos ter uma visão mais ampla de como cada estilo pode influenciar os subordinados e até mesmo o líder da organização e a organização como um todo, devendo ter os cuidados necessários para que se tenha uma liderança saudável e conforme a necessidade do momento atual.

Considerações finais

 Os diversos tipos de liderança aqui apresentados nos fazem crer que existem processos de transição dentro de uma organização, devendo os líderes darem especial atenção a eles, pois são eles que conduzem os subordinados e levam consigo o peso de dirigirem a organização ao sucesso.

 É necessário conhecer as diferentes abordagens para que se possa chegar ao objetivo de cada organização, sempre lembrando que líderes não estão adistritos à apenas um ou outro tipo de liderança, como o mundo atual passa por transformações contantes e rápidas se faz necessária uma maior percepção dessas mudanças, para que se possa conciliar os interesses pessoais com os interesses da organização e aplicar os diferentes estilos conforme a necessidade presente.

 Com a conciliação dos interesses, as diversas técnicas de abordagem de liderança se fazem importante para que se tenha um crescimento e desenvolvimento da inteligência emocional dos líderes, para que possam ser utilizadas de forma benéfica e alinhada com os objetivos e necessidades da organização, tendo em vista suas características, bem como a maturidade de cada equipe para que assim seja aplicado o estilo mais vantajoso.

 A descentralização da gestão, com o líder sabendo delegar as tarefas de acordo com as competências de cada um na equipe, bem como sabendo inspirar seus seguidores a buscarem metas mais ambiciosas, os aliando com interesses da empresa e fazendo transcenderem os interesses individuais, com a capacidade de mostrar o alinhamento entre eles se faz mais benéfica. É necessário que quem lidera saiba lidar com os subordinados, não sendo extremamente autoritário, nem carismático demais, mas sim um líder que consiga influenciar a maneira de trabalhar de cada um da equipe.

 O líder na atualidade deve ter conhecimento dos pontos fracos de cada um em sua equipe, sendo os pontos a serem melhorados e os pontos fortes que devem ser mantidos para que assim atinja o sucesso esperado, para isto deve-se ter uma notável inteligência emocional, capacidade para inspirar e motivar os colaboradores, conseguindo impactar e alterar suas vidas através da forma que usam a liderança, fazendo com que sintam orgulho de participar daquela organização.

 Neste trabalho abordamos alguns estilos de liderança, sendo notável a diferença entre cada um, bem como pontos benéficos e outros negativos, também sendo notável a necessidade de conhecer quais os desafios apresentados no ambiente profissional para que possa ser utilizado o estilo mais adequado ao dado momento, tendo em vista a complexidade do mundo atual e os complexos processo de transição que são passados tanto dentro da organização quanto na sociedade como um todo.

Referências bibliográficas

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2009

FERREIRA, V. C. P. [et.al]. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2. Ed. Rio de Janeiro: FGV, 2017.


LEWIN, Kurt. 
Princípios de psicologia topológica. Trad. Original: principles of topological psychology, de 1936. São Paulo: Cultrix, 1973.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da escola científica à competitividade em economia globalizada. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MELLO, Fábio. Os 10 perfis de liderança mais comuns. 2010. Disponível em: https://administradores.com.br/noticias/conheca-os-10-perfis-de-lideranca-mais-comuns. Acesso em 3.ago.2019

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