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Resenha Filme Transcendente

Por:   •  13/11/2018  •  Resenha  •  980 Palavras (4 Páginas)  •  223 Visualizações

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Inteligência Artificial: empresas aprendendo a inovar

O capítulo 4 do livro de Morgan apresenta uma metáfora para compreender as organizações como o cérebro humano. O autor enfatiza o cérebro como um sistema capaz de aprender e onde todas as capacidades estão embutidas no todo. Para comprovar sua teoria, é utilizado como exemplo um experimento de um psicólogo americano, Karl Lashley, onde eram removidas partes cada vez maiores dos cérebros de ratos que tinham sido ensinados a correr num labirinto. Os resultados mostraram que, mesmo após a remoção de 90% do cérebro dos animais, ele ainda eram capazes de percorrer o labirinto.

Fazendo uma analogia às organizações, o experimento do psicólogo levanta algumas questões intrigantes: “É possível criar “organizações que aprendam”, com capacidade de serem tão flexíveis, elásticas e engenhosas quanto o funcionamento do cérebro? e É possível distribuir as capacidades de inteligência e controle através de uma empresa, de modo que o sistema em sua totalidade passa auto organizar-se e evoluir de acordo com os novos desafios?” (MORGAN, 2002, p. 91) Partindo-se do pressuposto que as organizações devem tentar, cada vez mais, se assemelhar ao funcionamento de um cérebro holográfico (consegue criar processos em que o todo pode ser armazenado em todas as partes, de tal modo que ele pode ser reconstruído de qualquer uma das suas partes individuais), surge a cibernética.

A cibernética é uma ciência centrada no estudo da informação, comunicação e controle que emergiu do desafio de criar máquinas com a capacidade adaptativa e de integração com os organismos de forma auto-reguladora (feedback negativo) a fim de se manter uma interação estável.

É nesse contexto que o roteiro do filme se encaixa no estudo. Transcendente conta a história de Will Caster, um neurocientista especializado em inteligência artificial que possui como principal objetivo o desenvolvimento de uma máquina autoconsciente. O pesquisador descobre, através de experimentos com macacos, que consegue duplicar uma consciência e transferi-la para uma máquina, criando um robô com inteligência superior (P!NN).

Após sofrer um atentado e prestes a morrer, Will tem sua consciência transferida para a plataforma P!NN e, a partir do momento em que é colocado On-line, ele se torna uma superinteligência em nuvem, capaz de integrar sociedade e natureza numa gigantesca rede neural por meio da nanotecnologia. No caso do pesquisador, ele avança com o uso da nanotecnologia para se espalhar pelo mundo e para “curar” pessoas, transformando-as em seres híbridos, que ficam conectados em rede com ele. Com isso, é formado um exército de pessoas interligadas que passam a ser comandadas por Will, fazendo suas vontades e contribuindo para que ele tenha cada vez mais poder. Mesmo estando bem intencionado a princípio, o filme nos mostra de forma exagerada a vontade de poder das grandes corporações, que seria promovido através da detenção desse tipo de tecnologia.

Traçando um paralelo com o mundo real, podemos inserir a internet das coisas como o principal elo entre os humanos e as máquinas. A cada clique, milhares de informações são geradas, enviadas e armazenadas em um big data. O desafio atual é a criação de uma inteligência artificial que consiga realizar a análise desses dados levando em conta não apenas alguns pressupostos vigentes, mas tendo que analisar todo um contexto de fatores externos e internos, bem como diferentes pontos de vista a fim de fazer a melhor escolha. Para isso introduz-se o conceito de máquinas/organizações que aprendem e aprendem a aprender, como visto no livro A quinta disciplina de Peter Senge. Tanto as organizações quanto as máquinas que aprendem e aprendem a aprender, devem ter algumas capacidades básicas que lhes permitam: “perscrutar e antecipar mudanças no ambiente mais amplo e detectar variações significativas; desenvolver uma capacidade de questionar, desafiar e mudar as normas e pressupostos vigentes; e permitir o surgimento de um padrão de organização e direção estratégica” (MORGAN, 2002, p. 104).

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