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Resenha MEARSHEIMER (2001) - A Tragédia das Grandes Potências

Por:   •  13/6/2016  •  Resenha  •  668 Palavras (3 Páginas)  •  1.070 Visualizações

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Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA

Teoria das Relações Internacionais II

Lucas Duarte Guerra

01/05/2016

Resenha 06: MEARSHEIMER, John (2001). Tragedy of Great Powers Politics. In: VIOTTI, KAUPPI. 2010. pp. 97-107.

No contexto do fim da Guerra Fria, com a eclosão de novos temas e protagonismo de novos atores no cenário internacional, as teorias realistas das RI passaram a receber fortes críticas no sentido de uma suposta obsolescência, refletida na incapacidade destas de explicar as novas dinâmicas da realidade internacional. No entanto, a eclosão de novos conflitos e manutenção da segurança como um dos hot topics da agenda internacional abriram espaço para novas abordagens realistas do cenário contemporâneo.

Dentre elas, se destacam o Realismo Estrutural Defensivo e Ofensivo, que tem como características em comum o nível de análise sistêmico, partindo da premissa de que a estrutura anárquica do Sistema Internacional é a principal determinante do comportamento dos Estados. Assim, é a estrutura que molda os agentes, de modo que os Estados tendem a uma constante busca pela garantia da sobrevivência no cenário de anarquia, competição e incerteza que configura o ambiente internacional. A garantia da sobrevivência está diretamente relacionada à quantidade de poder – entendida majoritariamente em termos de capacidade militar – possuída por cada Estado.

Em seu artigo, Mearsheimer defende o Realismo Estrutural Ofensivo, contrapondo-o ao Defensivo proposto por Waltz. De acordo com o Realismo Estrutural Defensivo, a melhor maneira de os Estados garantirem sua segurança e sobrevivência é esforçarem-se pela manutenção do equilíbrio na balança de poder. Nessa lógica, cada Estado possuiria uma “quantidade apropriada de poder”. A preservação dessa posição “adequada” na balança de poder, ou em outras palavras, a manutenção de uma postura defensiva, seria mais vantajosa aos Estados do que a busca por maximização do poder, postura ofensiva que, em geral, traria mais custos que benefícios. Isso porque a postura agressiva de uma potência tenderia a ser percebida como ameaça por outros Estados, levando-os a formar alianças para contrapor as investidas iniciais. Em suma, a busca pelo aumento do poder levaria à instabilidade e insegurança no Sistema Internacional, enquanto que a manutenção do status quo na balança de poder seria o posicionamento estrategicamente mais inteligente a ser adotado pelos Estados.

Mearsheimer, enquanto expoente do Realismo Estrutural Ofensivo, defende um posicionamento contrário. Para o autor, as Grandes Potências – atores determinantes da política internacional – deveriam buscar sua sobrevivência a partir da maximização de poder em detrimento das demais potências sempre que possível. A lógica imperante seria a de “soma zero”, ou seja, o aumento de poder de um Estado necessariamente se daria às custas da perda de poder de outros. Assim, partindo das premissas de anarquia do Sistema Internacional, posse de recursos militares pelas potências, incerteza quanto às intenções uma das outras, sobrevivência enquanto objetivo central dos Estados e ação racional destes, o comportamento

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