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RESENHA OS ATRIBUTOS DE DEUS

Por:   •  5/3/2020  •  Resenha  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  1.352 Visualizações

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Resenha

Daniel dos Santos Souza Ruvenal*[1]

PINK, Arthur Walkington. Os atributos de Deus. São Paulo: PES, 1985. 136p.

A obra publicada originalmente em inglês (The atributes of God, 1961), foi traduzida e publicada em 1985. De lá para cá vemos que esta obra se tornou um clássico na literatura cristã.

A obra escrita pelo autor é profunda e ao mesmo tempo acessível a todos cristãos independentemente do grau de conhecimento teológico, pois Arthur Pink com uma maestria singular consegue comunicar verdades profundas e sublimes, não trazendo dificuldades ao entendimento do leitor, fazendo assim um tratado teológico que se tornou referência no meio cristão pela sua clareza e acessibilidade.

Falando agora sobre o autor, Arthur Walkington Pink (1886 – 1952) foi um dos autores evangélicos mais influentes da segunda metade do século XX. Erudito bíblico de persuasão reformada e puritana, Pink escreveu várias obras literárias e pastoreou diversas igrejas nos EUA, além de ter servido como ministro na Inglaterra e Austrália, e tendo sua formação teológica na Moddy Bible Institute (http:// voltemosaoevangelho.com/blog/autor/a-w-pink).

O autor no capitulo 15 de sua obra vai tratar sobre um assunto por vezes muito mal entendido no seio religioso que é o amor de Deus, conforme J.I Packer “Ideias falsas têm crescido ao redor [deste atributo] como uma sebe de espinhos, ocultando da visão o seu sentido real, e não é tarefa fácil atravessar este emaranhado de vegetação mental”[2]. Nesta mesma linha o Dr. Heber Campos em sua obra sobre os atributo de Deus trará um alerta sobre o estudo e o entendimento popular acerca deste atributo “Atualmente é muito necessário que expressemos uma ideia correta do amor de Deu, especialmente quando nos círculos cristãos a frase que mais se lê é: Sorria Deus ama você. Precisamos estar alertas quanto às implicações errôneas deste grande e precioso atributo”.[3]

Então Arthur Pink começa o capitulo 15 trabalhando a ideia que amor não é um sentimento em Deus e sim a sua própria natureza (1 João 4:8), da mesma forma que Deus é espirito (João 4:24) e também é luz (1 João 1:5). O autor segue falando que muitas pessoas hoje falam muito acerca do amor de Deus, mas são completamente alheios ao Deus que é amor, fazem deste atributo uma “fraqueza” em Deus, como se fosse um sentimento que Deus tenha com verniz de sentimentos humanos, fazendo então do amor de Deus seu calcanhar de Aquiles.

 O autor conclama crentes professos que se deixaram levar pela onda secular do desconhecimento de Deus, e então convoca-os a se atentarem no que diz as escrituras sobre este grandioso atributo de Deus, e isto ele faz com o pressuposto de que é a única maneira pela qual o crente consegue amar a Deus verdadeiramente é tendo um conhecimento real e verdadeiro do amor de Deus em sua própria natureza.

Arhur Pink pontuará neste capítulo, sete aspectos do amor de Deus. Em primeiro lugar ele dirá que o amor de Deus é imune de influência alheia, com esta afirmação o autor trabalha sobre o aspecto incondicional do amor de Deus, afirmando que o amor de Deus não é regido por algo existente na criatura, mas governado por sua soberana vontade, sendo assim deixa claro que não há nada nas criaturas que motivasse a Deus a ama-las, pelo contrário as ações dos seres humanos e suas paixões dão motivo o suficientes para Deus detesta-los, mas Deus sendo amor e não influenciado por nada decide por sua vontade amar incondicionalmente seres que não mereciam seu amor.

Em segundo lugar Arthur Pink pontuará que o amor de Deus é eterno, o autor destacará que o amor de Deus é eterno, pois estamos tratando da natureza de um ser eterno. Sendo assim seu amor não teve começo de dias, este amor extrapola a linha temporal, da mesma forma que Deus não teve início de tempo nem de dias seu amor também não tem um ponto na história, pois sempre existiu. O autor exclama dizendo “Esse conceito transcende o alcance das nossas frágeis mentes, contudo, quando não podemos compreender, podemos inclinar-nos em adoração” (PINK, pg 59). Segue o raciocínio do autor buscando e alertando o povo de Deus a adora-lo, porque antes do cronos existir Deus já os amava.

Em terceiro lugar o autor diz que o amor de Deus é soberano, com texto como Efésios 1.4-5 que diz “Em amor nos predestinou para filhos de adoção  por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” e também Romanos 9.13 “ Amei a Jacó, porém aborreci de Esaú”, o autor desenvolve o conceito de Soberania aplicado ao amor de Deus, afirmando que Deus não deve nada a ninguém e por isso ama que lhe apraz, destacando que não há norma ou lei acima de Deus, sendo assim Deus não é governado por nada muito menos seu amor.

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