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Leitura E Escrita

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Por:   •  21/10/2014  •  2.104 Palavras (9 Páginas)  •  979 Visualizações

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AS DIFICULDADES NA AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA NAS SÉRIES E SUAS POSSÍVEIS CAUSAS

Ana Maria

Priscila Paixão Soares

RESUMO

O presente trabalho trata das dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e da escrita. O objetivo é refletir sobre as causas encontradas no contexto escolar que dificultam o aprendizado das mesmas. Vislumbrar a leitura e a escrita como essencial para o exercício da cidadania é compreender que as mesmas estão indissociavelmente ligadas interligadas, e que, sua atividade constante estabelece comunicação com o mundo tornando o indivíduo que a utiliza um agente de conhecimentos. O estudo é de cunho bibliográfico, buscando fundamentação em autores de nomes renomados.

Palavras-chave: Escrita; Leitura; Dificuldade de Aprendizagem.

ABSTRACT

¹ Graduando no Curso de Extensão a Pedagogia pela Faculdade Integrada do Brasil.

² Graduando no Curso de Extensão a Pedagogia pela Faculdade Integrada do Bras

1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos, a educação vem buscando desenvolver no aluno as competências da leitura e da escrita, o que é indispensável para vivermos num mundo onde o acesso às informações é cada vez mais rápido e nossa participação como cidadãos, mais exigente. Entretanto, a aprendizagem da leitura e da escrita é um processo complexo que envolve vários sistemas e habilidades como: lingüísticas, perceptuais, motoras e cognitivas.

Contudo, em virtude de não se desenvolver o hábito da leitura, encontra-se algumas dificuldades nesse contexto, o que causa preocupações, pelo fato da leitura assumir um certo destaque no processo de aprendizagem. É através desta que o aluno desperta para interpretação dos fatos e ainda sente-se estimulado para desenvolver a aprendizagem, posto que a leitura se encarrega de amadurecer o intelecto.

Assim, reconhecendo a importância de se discutir acerca das principais causas das dificuldades aprendizagem referentes a leitura e a escrita objetiva-se através deste, apresentar alguns direcionamentos significativos voltados ao estímulo, da capacidade do aluno desenvolver a prática da leitura e escrita um dos pontos preponderantes ao caminho da aprendizagem, até porque o aluno encontra-se inserido no contexto que exige uma interpretação sistemática advinda do hábito de ler e escrever.

O presente trabalho desenvolveu-se por meio da pesquisa bibliográfica, considerando que esta abordagem proporciona resultados significativos na área educacional, no sentido de oportunizar ao pesquisador uma visão mais ampla no cotidiano escolar, além de produzir conhecimentos e contribuir para a transformação da realidade estudada.

1. O PROBLEMA DA APRENDIZAGEM NA PRÁTICA DE LEITURA E ESCRITA

As dificuldades de leitura e escrita, em geral, e da dislexia, em particular, vem suscitando desde há muito tempo o interesse de psicólogos, professores e outros profissionais interessados na investigação dos fatores implicados no sucesso e/ou insucesso educativo.

Segundo Smith (2001):

Dificuldades de aprendizagem (D.A.) são “problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro para entender, recordar ou comunicar informações”. Considera-se que, tem-se estudado muito sobre o tema, mas as informações obtidas penetram no âmbito educacional de forma lenta.

Assim, as dificuldades de aprendizagem referem-se não a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do desempenho escolar. Raramente, elas podem ser atribuídas a uma única causa, e muitos aspectos diferentes podem prejudicar o funcionamento cerebral, até o ambiente doméstico contribui para isso. (SMITH, 2001).

Por isso, na maioria dos casos de dificuldades de aprendizagem observam-se também comportamentos diferenciados tais como: hiperatividade; fraco alcance de atenção; dificuldade para seguir instruções; imaturidade social; dificuldade com a conversação; inflexibilidade; fraco planejamento e habilidades organizacionais; distração; falta de destreza e falta de controle dos impulsos. Já estes comportamentos citados são causados pelas mesmas condições neurológicas que originam as dificuldades de aprendizagem.

Então, as dificuldades de aprendizagem “referem-se às situações difíceis enfrentadas tanto pela criança normal quanto pela criança com desvio do quadro normal”. (COELHO, 1991).

As dificuldades de leitura e escrita são uma queixa freqüente tanto no âmbito escolar quanto no atendimento clínico por psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos. Segundo levantamento conduzido por Andrade (2001) com cerca de 10.000 casos, atendido gratuitamente em clínicas-escola de psicologia e psicopedagogia, 78% deles incluíam queixas relacionadas a problemas de leitura e escrita.

A análise das dificuldades cognitivas relacionadas aos problemas de leitura e escrita é de fundamental importância para o desenvolvimento de modelos teóricos explicativos que identifiquem as diversas habilidades necessárias para que a leitura e a escrita ocorram de forma competente, permitindo diagnóstico e intervenção eficaz.

Diversas teorias foram desenvolvidas buscando explicar as causas dos problemas de leitura e escrita. A tradicional Hipótese do Déficit Visual (Ajuriaguerra, 1953; Orton, 1937), por exemplo, atribuía problemas de leitura e escrita a dificuldades com o processamento de padrões visuais. Tal hipótese perdurou por cerca de 50 anos, da década de 1920 à década de 1970 (Capovilla & Capovilla, 2004b), com a ênfase no estudo da percepção, discriminação e organização visuais como fatores causais dos problemas de leitura e escrita. Não obstante, estudos como os de Bonnato e Piérart (1990) sugeriram que os distúrbios de organização visoespacial não têm, com as dificuldades de linguagem escrita, relação causal, mas sim, meramente correlacional. Ou seja, eles não são responsáveis pelas dificuldades de leitura e escrita, mas estão meramente associados a elas. Isto é demonstrado pelo fato de que, embora a reeducação visoespacial seja capaz de elevar o desempenho visoespacial de disléxicos para níveis normais, de acordo com os testes de Rey, Kohls, Edfeldt, e Piaget-Head, ela é inócua com respeito aos distúrbios de leitura. Tal estudo, juntamente com os do grupo de Vellutino (Vellutino, 1979), levaram

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