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Resenha Do Filme: O Juri

Por:   •  19/6/2018  •  Resenha  •  546 Palavras (3 Páginas)  •  1.200 Visualizações

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O filme em questão já se inicia chamando atenção dos telespectadores, uma vez que o longa começa com o assassinato de um empresário e outras 10 pessoas, mortas causada por uma pistola. Até aí ‘tudo normal’, no entanto, a viúva do empresário decide entrar com um processo na justiça contra as empresas de armas, por considera-las coparticipante na morte de seu marido.

Porém, existe um problema, visto que como sabemos a indústria armamentista nos EUA possui um lobby fortíssimo no congresso norte-americano. Justamente por isso que para defender seus interesses, a indústria de armas contrata o experiente Rankin Fitch que é um especialista em escolher jurados que o favoreça, e tem à sua disposição toda uma equipe de investigadores. É importante destacar o papel dessa equipe, tendo em vista que eles analisam o perfil psicológico de cada um dos jurados, estudam cada aspecto envolvido no julgamento e se for necessário usam a espionagem e suborno. Nesse sentido, para ter certeza que seu lado irá vencer, Fitch usa de todos os meios legais e ilegais: invade a casa dos jurados, grampeia seus telefones, investiga seus passados etc. Do outro lado está o idealista Wendell Rohr (Dustin Hoffman), um experiente advogado que busca derrotar a indústria das armas, que por sua vez nunca perdeu um julgamento. Com o desenrolar da trama surge um novo personagem, Nicholas Easter um dos jurados, tem seus planos para manipular o júri. E, com o apoio de Marlee, pretende chantagear a dupla, em troca da compra de um veredito, mas na realidade se trata de uma vingança contra Rankin, pelo julgamento da morte de Gabriele irmã de Marlee, que morreu de forma trágica e parecida ao caso atual, e a mesma empresa havia sido absolvida.

Como estudante de Direito um ponto me chamou muito minha atenção no filme, o forte uso da linguagem, não só a linguagem falada ou escrita, como também a linguagem corporal e quão útil a mesma pode ser. Além disso, outro aspecto que pode ser percebido foi o uso do poder de convencimento e as táticas usadas tanto pelo advogado da viúva quanto pelo jurado Easter para levar algumas pessoas a dizerem algo que não queriam revelar e assim conseguir o resultado que estavam querendo ao provocá-los.

Mesmo o filme sendo do ano de 2003, pude perceber que existem muitos interesses por trás de uma arma de fogo, de cunho político, econômico e social na maior economia do mundo. Dessa forma, capitalismo é cada vez mais avassalador e por isso existe uma luta de interesses entre empresários e políticos, não tendo o povo por alvo de atenção das políticas públicas, onde a justiça só funciona para os mais abastados financeiramente. Infelizmente, esse cenário se repete em diversos países no mundo.

Mesmo não sendo tão fascinante quanto o filme da unidade passada, 12 Homens e uma Sentença (1957), que possuía uma tensa expectativa com a deliberação de um júri, este filme é muito bem produzido, pois o autor fez com que os expectadores sempre ficassem atentos com o desenrolar da historia, mas sem se preocupar na dicotomia entre o lado bom e o lado ruim. Além disso, mesmo o filme possuir uma posição sobre o comércio de armas isso não comprometeu o desenvolvimento da história, o que o deixou ainda mais incrível.

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