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A ESCOLHA PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA.

Por:   •  5/6/2021  •  Ensaio  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  90 Visualizações

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ESCOLHA PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: experiência profissional, formação do professor, pesquisa e prática educativa¹

Dayse Thiare Lima Guedes²

RESUMO

O presente trabalho discorre a respeito da escolha profissional, tendo como foco a opção pelo exercício da docência em educação matemática, desde o processo de formação acadêmica até as práticas educativas e experiências vivenciadas nesse campo de atuação. Problematizando os desafios sociais, políticos e econômicos enfrentados, Com ênfase no papel primordial do professor diante do exercício de sua prática docente, considerando que o educador matemático, utiliza a matemática como meio para a formação educacional e social de crianças, jovens e adultos (de nível fundamental e médio), tendo como principal objetivo a formação do cidadão. Apartir de diferentes referenciais teóricos, pretende-se estabelecer aqui uma sucinta e relevante contribuição para a ánalise do papel e da identidade profissional do professor.

Palavras - Chave: Escolha Profissional - Formação de professor - Educação Matemática - Experiências Profissionais

INTRODUÇÃO[1]

A necessidade de construção de um projeto de vida é algo primordial diante do modelo social vigente, além disso, está intimamente relacionada à escolha de um ofício. A escolha profissional é uma decisão complexa e pela qual inevitavelmente, em geral, todos passam por esse importante processo, independente da profissão a seguir. O indivíduo ao escolher sua carreira profissional, passa a fazer projetos, mesmo diante de diversos fatores como, situação social, econômica e política, que de forma indireta e as vezes até direta podem interferir nessa realidade, a construção desses projetos são constantemente repensados de acordo com as transformações e necessidades que possam surgir.  

Embora não seja uma profissão valorizada atualmente, optar por um curso na área de educação se dá na maioria das vezes, por “vocação”, por encantameto pela arte de ensinar ou por afinidade a certa área do conhecimento. A profissão docente é claramente uma área de partilha, de troca de conhecimentos, de experimentação, onde as relações intra e interpessoais são de suma importância, isso por serem fatores preponderantes para a consecução de uma aprendizagem seja significativa. Hoje, em função dos graves problemas que enfrentamos com relação às aprendizagens escolares, a qual se torna mais complexa e discutida a cada dia, aumenta-se ainda mais a preocupação com os cursos de formação de professores, tanto pelo alto índice de evasão durante a formação acadêmica, quanto pelo exercício da profissão, em que o docente tem seu trabalho rendido à falta de incentivo social/econômico, o que gera insegurança e desmotivação.

Por outro lado, é possível encontrar muitos professores satisfeitos com a sua profissão, entusiasmados, motivados, visando um ensino de qualidade, empenhados em contribuir cada vez mais para a formação dos discentes e melhorar a sua atuação em sala de aula.

O DESAFIO DA ESCOLHA PROFISSIONAL PARA OS DOCENTES DE MATEMÁTICA: DA FORMAÇÃO INICIAL AO EFETIVO EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA.

Uma das mudanças mais marcantes na vida de alguém, e que normalmente ocorre na adolescência é a decisão sobre qual profissão seguir. Esta escolha, se apresenta de forma decisiva para a vida dos adolescentes, de tal forma que o ingresso na faculdade e/ou no mercado de trabalho passa a ser visto como uma "necessidade" não apenas por eles, mas também pelas famílias e pela sociedade ao qual está inserido (Lucchiari, 1993, p. 11).

A socialização, é um processo de produção do mundo social que leva em consideração as influências sociais, culturais, econômicas e políticas que difenrenciam o mundo natural ao do homem como ser social.

O processo histórico – social de humanização do ser humano foi precedido pelo processo de evolução biológica, o processo de humanização que resultou no aparecimento de características biológicas  necessárias ao surgimento da atividade especificamente humana – o trabalho.  (OLIVEIRA, 1996, p. 77). 

A escolha por cursos na área de formação de professores tem sido cada dia mais escassa, talvez por se tratar de uma profissão socialmente desvalorizada, com salários, na maioria das vezes, incompatíveis com a responsabilidade da função. O início da carreira representa uma fase crítica em relação as experiências anteriores e as mudanças a serem feitas em função da realidade do trabalho, a instabilidade profissional é uma delas.

        A atividade docente é efetivada a partir das interações com outras pessoas, num contexto onde o ser humano é determinante por apresentar valores, sentimentos, atitudes, passíveis de interpretação e decisão que possuem normalmente, um caráter de urgência, se levarmos em consideração a precariedade do trabalho docente o que torna o exercício da profissão cansativo e desanimador podendo afetar o amor pelo ensino e até mesmo o vigor do professor, deixando-o muitas vezes amargurado.

O peso desmotivador não apenas da falta de condições de trabalho, da instabilidade no emprego, das relações hierárquicas, do universo burocrático, da condição de simples assalariado a que vem sendo submetido o profissional do ensino, nada de tudo isso é levado em conta quando se identificam as determinantes do fracasso escolar. (ARROYO,1995,p.11)

Nos cursos licenciatura em matemática, essa realidade não é diferente, a mudança da condição de aluno para a de professor é um grande desafio, principalmente no que diz respeito a busca pela experiência profissional. Falar de experiência é de cara saber esta se origina na prática cotidiana, através da partilha de conhecimentos e vivências entre jovens aspirantes com os professores mais experientes, e no contexto de sala de aula, enfrentando as circunstâncias que serão apresentadas constantemente na sua rotina, todas essas são situações que permitem objetivar os saberes experienciais.

        Ora, se o trabalho modifica o homem e sua identidade, modifica também, com o passar do tempo, o seu “saber trabalhar”. A prática não só favorece o desenvolvimento de certezas “experienciais”, mas também permite uma análise de outros saberes, como os disciplinares, os curriculares e pedagógicos, incorporando-os de forma significativa as suas práticas educativas.  

Todas as autobiografias mencionam que experiências realizadas antes da preparação formal para o magistério levam não somente a compreender o sentido da escolha da profissão. Mas influem na orientação e nas práticas pedagógicas atuais dos professores e professoras. (RAYMOND, 1993 P.149).

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