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A Historicidade do processo educacional

Por:   •  11/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.666 Palavras (11 Páginas)  •  291 Visualizações

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A historicidade do processo educacional

Objetivo de estudo da filosofia.: existência. Filosofar é uma disposição para o pensar e um prestar atenção à vida, ao mundo real, para compreender o real! Oferece um direcionamento para a ação, um rumo para seguir; estabelece um quadro organizado e coerente de visão de mundo. Uma concepção geral do mundo da qual decorre uma forma de agir. Todos têm uma forma de compreender o mundo, ninguém pode agir no “escuro”, sem saber para onde vai e por que vai. Só se pode agir a partir de um esclarecimento do que se apresenta no mundo e na realidade. Todos possuem uma filosofia de vida, uma concepção de mundo. Pode não ser manifesta, estar inconsciente na mente e de lá norteia toda a sua vida. É uma força de um modo de agir. O pensamento filosófico pode servir aos interesses do poder dominante, mas pode também servir à luta de transformação. O pensamento filosófico é embebido de história e de seus problemas, de seus interesses e aspirações. Compreender a relação entre filosofia e educação. Reconhecer as contribuições da filosofia para o contexto histórico educacional. A educação se caracteriza por uma preocupação, uma finalidade a ser atingida. Em uma sociedade se manifesta como instrumento de manutenção ou transformação social. Ela necessita de conceitos que orientem seus caminhos, valores norteadores. O que estabelece os fins educacionais é a reflexão filosófica. A educação é o meio de se transmitir a visão de mundo e de homem. A filosofia fornece à educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada. Não há ação pedagógica sem reflexão filosófica. Se a reflexão filosófica não for realizada será o senso comum que a norteará. Filosofia e educação estão vinculadas, porque é preciso refletir sobre o tipo de educação que queremos proporcionar. Tendências pedagógicas: Que sentido pode ser dado à educação dentro da sociedade? Liberais Progressistas. Conhecer a historicidade do processo educacional. Período Colonial Educação Jesuítica – Companhia de Jesus. Educação - responsabilidade da Igreja e da família. Objetivo principal - catequizar os índios. Focada no ler, escrever e contar. Criação de colégios destinados à formação da elite, os quais ocupariam cargos de administração. Aulas Régias - atender aos interesses do Estado. Período Imperial Educação - direito de todos os sujeitos e está sob a responsabilidade do Estado – Constituição 1824. Gratuidade da instrução primária para todos os cidadãos. Criação de colégios e universidades. Preparar para a administração e a política. Falta de escolas públicas. Divisão da escola para pobres e para ricos, homens e mulheres. Extinção das aulas régias – foco no ensino superior. Período Republicano Constituição de 1934 - ensino primário e secundário; gratuidade; frequência obrigatório; extensivo aos adultos. Constituição de 1937 - Ensino Primário e secundário. Formação da classe trabalhadora - cursos técnicos e dos dirigentes - ensino secundário – Ensino superior. Lourenço Filho – reformas na educação LDB 4024/61. LDB 4024/61 – Primário – Ginásio – Científico: Propedêutico e Profissionalizante – Ensino Superior. Obrigatoriedade de 04 anos – exame de Admissão. LDB 5692/71 – Reformula o ensino de 1º e 2º graus - objetivos do Estado capitalista militar – mão de obra para as indústrias - educação para o civismo. LDB 9394/96 – desvalorização da escola pública e valorização do privado - descentralização dos poderes e das responsabilidades. Controle pelas avaliações externas. Compreender a concretização da educação a partir da LDB 9394/96 Contribuir para o desenvolvimento do educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania, além de procurar fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Educação Básica: Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio. Desvalorização da escola pública e valorização do privado - descentralização dos poderes e das responsabilidades – competitividade entre os Institutos de Educação Superior. Bem estar social Regulador Avaliações externas. SAEB: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. ENEM: Exame Nacional do Ensino Médio. ENC: Exame Nacional de Cursos (Provão), substituído pela. ENADE: Exame Nacional de Desempenho do Ensino Superior. ENCEJA: Exame Nacional de Certificação da Educação de Jovens e Adultos. SINAIS: Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior PROVA BRASIL: Educação Básica. IDEB: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Educação Básica. Educação Especial. Educação de Jovens e Adultos. Educação Profissional. Educação formal Requer tempo e local específico; pessoal especializado e organização curricular. Educação não formal Espaços e em formatos diversos. Compreender a relação entre as políticas públicas e a educação. Indicam para onde vai a Educação Divisão da escola – conforme a divisão social. Estudar é coisa para rico. Olhar para as políticas e identificar o que favorece e o que não estabelece melhorias na educação, tendo em vista formar alunos reprodutores ou transformadores. Identificar a prática pedagógica como decorrente do processo histórico. Foco na memorização. Civismo. Erradicação do erro. Centrada no aluno. Focada no professor. As maneiras de desenvolver o ato de ensinar vai depender de como está o contexto do país, visto que as políticas públicas indicam o caminho da educação, conforme as necessidade do mercado econômico. Não existe prática pedagógica neutra, todas elas estão embasadas em uma concepção teórica. Transformar ou manter a realidade. Escola de qualidade para todos ou uma escola para ricos e outra para os menos privilegiados. Identificar a concepção que embasa a prática pedagógica na concepção tradicional. Professor Preocupa-se em ensinar bem, pois acredita bastar a sua explicação para ter como consequência a aprendizagem Supervalorização da escola e do professor, como figura responsável pela transmissão do saber acumulado. Aluno Papel passivo de receptor . e reprodutor de informações. Reconhecido como uma tábula. rasa, ou folha em branco a ser preenchida. Recepção passiva dos conhecimentos transmitidos pelo professor. Avaliação Pretende identificar o que foi retido pelo aluno. Verificação é para medir o quanto o aluno absorveu dos conteúdos propostos pelo professor, no intuito de produzir escores a demonstrarem a sua aprendizagem. Identificar a concepção que embasa a prática pedagógica nas tendências progressistas. Professor Cumpre-lhe assegurar que as condições necessárias para sua efetivação estejam presentes no contexto da sala de aula. As práticas pedagógicas devem ter por fundamento o contexto de vida, enfocando problemas emergentes do dia a dia. Aluno Cabe elaborar ideias e discuti-las, ao invés de ouvir e repetir. Assume uma postura mais ativa, por participar de diversificadas experiências, observar e levantar hipóteses que, ao serem confrontadas com os saberes já existentes, apropria-se de novos saberes. Avaliação É reconhecida como um processo a permitir a identificação dos rumos a serem corrigidos. Permite “[...] levantar informações, refletir acerca dos resultados, repensar percursos e implementar a jornada para chegar ao destino antevisto” (SOUZA; BORUCHOVITCH, 2009, p. 208), tendo em vista favorecer a aprendizagem. Compreender a função social da escola. Função social da escola: Garantir efetivação da educação como um “direito social”. Garantir aprendizagem significativa aos seus alunos. Através de estrutura didático-metodológica, auxiliar na construção do conhecimento. Incentivar alunos a participarem até a conclusão do curso. A escola, no desempenho de sua função social de formadora de sujeitos históricos, precisa ser um espaço de sociabilidade que possibilite a construção e a socialização do conhecimento produzido, tendo em vista que esse conhecimento não é dado a priori. Trata-se de conhecimento vivo e que se caracteriza como processo em construção. Compromisso com a formação do cidadão com fortalecimento dos valores de solidariedade, compromisso com a transformação dessa sociedade. A historicidade do processo educacional Compreender que a educação se concretiza a partir de um conjunto de documentos. Constituição é o conjunto de leis, normas e regras de um país ou de uma instituição. Regula e organiza o funcionamento do Estado. É a lei máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos. Constituição Federal Constituição Federal de 1988 Educação nos artigos 205 ao 214. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB Legislação da educação 4024/61 5692/71 9394/96. Contribuir para o desenvolvimento do educando, assegurandolhe a formação indispensável para o exercício da cidadania, além de procurar fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. LDB 9394/96: Todo cidadão brasileiro tem o direito ao acesso gratuito ao Ensino Fundamental (9 anos de estudo). • Determina a função do Governo Federal, Estados e Municípios no tocante a gestão da área de educação. • Estabelece as obrigações das instituições de ensino (escolas, faculdades, universidades, etc). • Determina a carga horária mínima para cada nível de ensino. • Apresenta diretrizes curriculares básicas. • Aponta funções e obrigações dos profissionais da educação (professores, diretores, etc.). Outros documentos PNE - Plano Nacional de Educação. PDE - Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação. PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais. DCNs - Diretrizes Curriculares Nacionais. ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Proposta Curricular. Projeto Político Pedagógico. Regimento Escolar. Regulamento Interno da escola. Identificar a maneira como a LDB 9394/96 indica a concretização da gestão escolar. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Conferência Mundial de Educação para Todos (Jomtien-Tailândia, 1990). Conferência de de Nova-Delhi (1993). Indicaram a necessidade de construção de um novo modelo de gestão educacional capaz de assegurar, para todos, uma educação básica de qualidade, vista como uma das condições essenciais do desenvolvimento humano. A gestão na escola pública deve contribuir para a organização do trabalho pedagógico com vistas à realização do processo educativo. Conselho Escolar. Equipe: Direção, Pedagógica, Docentes, Técnico-Administrativa APMF, Grêmio Estudantil. Conselho de Classe. Compreender as ações ensinar, aprender e avaliar concretizadas nas teorias pedagógicas liberais. Tendência Tradicional ENSINAR É TRANSMITIR CONTEÚDOS  O PROFESSOR FALA, APRENDER É ESCUTAR ATENTAMENTE O ALUNO ESCUTA. AVALIAR É: • VERIFICAR O QUANTO DOS CONHECIMENTOS FOI RETIDO • CONSTATAR O RETIDO PARA ATRIBUIR UM ESCORE DE RENDIMENTO, FUNDAMENTANDO APROVAÇÃO OU RETENÇÃO. Tendência Renovada Progressivista ENSINAR É DESEQUILIBRAR COGNITIVAMENTE – ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO O PROFESSOR É FACILITADOR, APRENDER É APRENDER A APRENDER O ALUNO ESTÁ MENTALMENTE ATIVO. AVALIAR É: • DIAGNOSTICAR AS DIFICULDADES PARA ORIENTAR A ELABORAÇÃO DE NOVAS SITUAÇÕES DESEQUILIBRANTES. AVALIAÇÃO IDENTIFICAR OS EMPECILHOS A SEREM SUPERADOS. Tendência Não Diretiva ENSINAR É RESPEITAR AS CAPACIDADES INATAS O PROFESSOR LAISSEZ-FAIRE, O APRENDER É SE AUTO REALIZAR O ALUNO É RESPONSÁVEL PELA PRÓPRIA APRENDIZAGEM. AVALIAR É: • PROPORCIONAR A ANÁLISE DO PRÓPRIO DESENVOLVIMETO, AUTOAVALIAÇÃO. Tendência Tecnicista ENSINAR É PLANEJAR E ORGANIZAR A APRENDIZAGEM O PROFESSOR PROPÕE EXERCÍCIOS / TREINAMENTO , APRENDER É ATINGIR O COMPORTAMENTO PLANEJADO O ALUNO EXECUTA AS TAREFAS / CONDICIONAMENTO. AVALIAR É: •VERIFICAR O GRAU DE MUDANÇA DO COMPORTAMENTO. DIAGNOSTICAR ACOMPANHAR VERIFICAR O PRODUTO.  Compreender as ações ensinar, aprender e avaliar concretizadas nas teorias pedagógicas progressistas. Tendência Libertadora ENSINAR É PROMOVER A CONSCIÊNCIA POLÍTICA O PROFESSOR É COORDENADOR DE DEBATES, APRENDER É CONHECER A REALIDADE CONCRETA O ALUNO É SUJEITO ATIVO NO GRUPO. AVALIAR É: • PROMOVER O PROGRESSO DO GRUPO A PARTIR DE UM PROGRAMA DEFINIDO COLETIVAMENTE. • AUTOAVALIAÇÃO EM TERMOS DE COMPROMISSO ASSUMIDO COM O GRUPO.

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