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DIFICULDADES APRESENTADAS POR ALUNOS DE FÍSICA

Por:   •  10/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.101 Palavras (9 Páginas)  •  200 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS

GEDEON LIMA DA SILVA

DIFICULDADES APRESENTADAS POR ALUNOS DE FÍSICA

ANÁPOLIS - GOIÁS

2015

GEDEON LIMA DA SILVA

DIFICULDADES APRESENTADAS POR ALUNOS DE FÍSICA

Trabalho avaliativo, como requisito parcial para obtenção de nota do curso de Matemática.

ANÁPOLIS - GOIÁS

2015

INTRODUÇÃO

Nesse trabalho, apresenta algumas dificuldades apresentadas pelos alunos, no conteúdo de física, juntamente com algumas sugestões para a melhoria do ensino e aprendizagem.

DIFICULDADES APRESENTADAS POR ALUNOS DE FÍSICA

          Desde a infância a criança desenvolve crenças e explicações sobre o mundo em que vive e que não são simples ideias isoladas; apresentam-se como partes de estruturas conceituais que proporcionam uma compreensão sensível e coerente do mundo, do seu ponto de vista. Porém, essas estruturas intuitivas muitas vezes estão em desacordo com as teorias científicas existentes.

          Pesquisas recentemente realizada na área de têm demonstrado que o senso intuitivo dos alunos faz com que deem respostas "erradas" do ponto de vista científico. Ocorre que, como o estudante já tem uma explicação deduzida de como as coisas funciona, a visão da ciência frequentemente não é aceita por ele. Este pode, inclusive, obter a solução correta de alguns problemas que exigem a aplicação direta de equações, demonstrando uma aparente compreensão acerca daquilo que lhe foi ensinada no entanto, na maioria das vezes em que se depara com perguntas em que são necessários cálculos para as suas respostas, o aluno dá explicações próprias para os fenômenos, dentro do seu esquema intuitivo, deixando de lado aquilo que lhe foi ensinado.

          A observação diária das pessoas e suas experiências em relação ao movimento de objetos fazem com que o considerem coerente, junto as suas causas, com o mundo em que vivem, que é um mundo com atrito. Esta vivência induz as pessoas (e o estudante em particular) a estabelecerem relações intuitivas entre força e movimento. Como os conceitos de força e velocidade vão se formando desde a infância, o estudante já os tem bem arraigados quando começa a estudar Física. Viennot (1979) detectou, entre alunos franceses, belgas e ingleses do último ano do secundário e dos três primeiros da universidade, a existência de uma lei intuitiva que relaciona força e velocidade, que pode ser expressa por F = kV. Mais recentemente, Clement (1982), numa pesquisa rea1izada com graduandos de Engenharia, verificou entre eles a ideia intuitiva de que para haver o movimento de um objeto é necessário que sobre ele haja uma força continuamente aplicada na direção desse movimento. Resultados como os obtidos por Viennot e Clement contribuem para que se entenda os problemas encontrados por muitos alunos no estudo das duas primeiras leis de Newton. Para uma aprendizagem significativa destas é preciso substituir o esquema intuitivamente estruturado V = O se F = O; F = kV, por V = constante se F = O; F = ka.

SUGESTÕES DE MUDANÇA

Têm sido apontadas diversas sugestões como forma de favorecer a mudança conceitual. Entre outras, encontram-se:

  1. O uso de experiências de laboratório, tanto em nível qualitativo quanto quantitativo;
  2. A apresentação de exemplos e contraexemplos;
  3. A utilização da resolução de problemas não de formas como normalmente são propostas aos alunos, como nas tradicionais listas de problemas com simples exercícios de aplicação de teorias, que frequentemente não são entendidas por eles, mas sim com um meio através do qual os alunos possam discutir mais a situação física envolvida e suas possíveis ideias intuitivas a respeito do que estão estudando;
  4.  A discussão de aspectos ligados à História da Ciência como estratégia para estabelecer um paralelismo entre algumas concepções espontâneas dos estudantes e importantes ideias mantidas no passado. Isso também funciona como forma dos alunos perceberem a evolução dos conceitos e os desenvolvimentos das teorias que estudam.

Posner e outros, tomando por base que a aprendizagem é um processo que envolve compreender e aceitar ideias que sejam inteligíveis e racionais, postularam quatro condições necessárias a uma mudança conceitual:

  1. Deve haver descontentamento com as concepções existentes;
  2. Uma ideia ou conceito novo deve ser inteligível;
  3. Uma ideia ou conceito novo deve parecer inicialmente plausível;
  4. Uma ideia ou conceito novo deve ser útil.

          O modelo proposto por Posner, Solis Villa justifica a relutância de estudantes, tanto de 2° grau como universitários, em abandonar o esquema intuitivo (V = 0, se F = 0; F = kV) e substituí-lo, integralmente, pelo esquema newtoniano (V = cte, se F = 0; F = ka). Isso ocorre porque é difícil para o aluno considerar o esquema newtoniano inteligível, verossímil e mais útil que o anterior na interpretação de eventos e situações-problema.

O ENSINO DE FÍSICA NO DIA-A-DIA.

A Física, como disciplina do ensino médio, vem acompanhada da "fama" de ser uma disciplina, em que, a grande maioria dos alunos apresenta dificuldades. O que acontece, é que o ensino de Física, está voltado muito para a matemática ou fora do contexto do aluno. O fenômeno físico e os conceitos recebem uma atenção muito pequena. Como professores de Física, sentimos um desconforto ou insegurança, quanto aos conteúdos que realmente são relevantes de se trabalhar, pois sabemos que na grande maioria das escolas o número de horas é reduzido.

A formação do professor, é outro ponto importante para ser considerada no contexto da discussão. Para saber, qual é o conteúdo mais importante, precisamos ter um conhecimento, ou uma boa formação, ou seja, o professor precisa ter um conhecimento aprofundado na Física, que lhe permite distinguir entre um outro conteúdo e outro. Percebemos que vários colegas nossos não tem formação específica em Física e certamente não terão a visão para determinar os conteúdos mais significantes.

A educação em massa, com um grande número de alunos por sala de aula, certamente dificulta a interação professor aluno. As turmas são heterogêneas e o ambiente de aprendizagem (lugar – sala de aula) fica prejudicado com as conversas que não são pertinentes ao assunto trabalhado naquele momento. As aulas de Física, não estão sendo atraentes o suficiente, para manter a atenção do aluno e levar a uma conjugação, onde se possa crescer no conhecimento em Física.

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