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O Lúdico e a Psicopedagogia

Por:   •  22/8/2019  •  Artigo  •  3.056 Palavras (13 Páginas)  •  93 Visualizações

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FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

O LÚDICO E A PSICOPEDAGOGIA

ALBERICE, Luzmarina Barbosa de Oliveira[1]

RESUMO

Este artigo analisa as contribuições do lúdico na execução da prática da Psicopedagogia para a obtenção de uma aprendizagem significativa. Por meio deste estudo, busca-se relacionar os pressupostos da ludicidade atrelado as atribuições do psicopedagogo em sua área de atuação, possibilitando uma nova abordagem baseada na diversidade humana para a aprendizagem. A pesquisa se baseia na revisão bibliográfica do tema, apresentando uma abordagem qualitativa, fundamentada nas contribuições teóricas em estudo para o desenvolvimento da ação pedagógica de intervenção na aprendizagem dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade; Psicopedagogia; Aprendizagem;

INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta como tema “ O lúdico e a Psicopedagogia” e tem como objeto de estudo a relação e contribuições da ludicidade na execução das práticas do psicopedagogo. Diante dessa relação, busca-se refletir sobre as novas possibilidades da ação educativa na área de atuação da psicopedagogia.    

A pesquisa se justifica pela necessidade de refletir sobre a educação no Brasil, apresentando como foco da pesquisa o ramo da psicopedagogia e as contribuições do lúdico para a atuação do psicopedagogo na suas intervenções para obter uma aprendizagem significativa e contribuir para o desenvolvimento educacional do aluno.

Atingir o sucesso no desenvolvimento da educação e combater o fracasso escolar são objetivos constantemente traçados e discutidos nos campos governamental e educacional brasileiro. Diante das necessidades apresentadas pela sociedade contemporânea, observa-se que a escola, cada vez mais, vem apresentando a necessidade de profissionais especializados para compor sua equipe profissional para a efetivação da aprendizagem dos alunos, consolidando dessa forma uma formação cultural e humana de acordo com o almejado pela sociedade.

Nesse contexto, marcado pela diversidade cultural, capitalização dos indivíduos e dos valores, diminuição dos laços familiares, democratização do ensino público, avanços tecnológicos, a escola precisa estar se atualizando e estabelecendo parcerias para realizar sua função social e buscar alternativas de ensino que possa atender toda essa diversidade e anseios presentes nesse contexto.

A partir desse desafio, a Psicopedagogia é concebida como um ramo de contribuição ao campo educacional, pois seus estudos e intervenções especializadas contribuem de forma significativa e direcionada para atender situações que a escola sozinha não conseguiria, além de apresentar subsídios teóricos e práticos que reforçam e auxiliam na consolidação do processo de ensino-aprendizagem, buscando uma intervenção mais individualizada às necessidades do aluno.

Assim sendo, a pesquisa apresenta como objetivo geral analisar as contribuições da Ludicidade na área da Psicopedagogia, destacando o lúdico como essencial para a obtenção de uma aprendizagem significativa. Esse objetivo será redirecionado, formando objetivos específicos que se seguem:

  • Conceituar o lúdico;
  • Contextualizar a Psicopedagogia no campo educacional;
  • Relacionar as contribuições do lúdico na área de atuação da Psicopedagogia;

A pesquisa foi desenvolvida por meio bibliográfico,  apresentando uma abordagem qualitativa, partindo do seguinte questionamento: quais as contribuições do lúdico nas ações de intervenção propostas pela psicopedagogia?  A partir dessa reflexão, foi realizado um planejamento estrutural para a coleta, seleção e análise de dados, utilizando artigos e outros materiais escritos sobre o tema, constituindo a revisão bibliográfica do tema. Após isso, eles serão organizados, de forma que a pesquisa seja clara e objetiva, facilitando a compreensão e servindo de apoio para refletir.

O LÚDICO

        O lúdico é uma ação presente nas diferentes culturas ao longo da história da humanidade. Huizinga (1971) concebe o lúdico como um ato de expressão da liberdade do indivíduo, proporcionando prazer. Nesse sentido, o autor situa o lúdico como elemento cultural presente em todas formas de organização social, apresentando uma função social que transcende as necessidades materiais do cotidiano, possibilitando experiências de trocas sociais entre o indivíduo e o meio físico-social, marcado pelas representações dos sonhos, da criatividade e expressividade.

Assim,

O lúdico é apresentado como recurso da criança para se comunicar, para se relacionar com o outro, para compreender a si mesma e as “coisas” que ocorrem a sua volta de modo a contribuir com o seu processo de desenvolvimento. (ALVES, PG. 50, 2009)

Por meio dessas abordagens, pressupõe-se que o lúdico, enquanto ação cultural, torna-se um processo de designação e interpretação complexo, pois se constitui em elemento cultural, sendo subjetivo e flexível ao tempo, à localidade e aos diferentes contextos em que se processa.

Ao analisar a evolução do lúdico ao longo do tempo, atividade esta que acompanha o indivíduo desde as comunidades primitivas, Brougere (1998) ressalta a importância da ressignificação da concepção do termo. De acordo com o autor, o lúdico até a revolução do romantismo no século XIX, marcada pela abordagem de um homem emotivo, intuitivo e psicológico, que necessita de uma liberdade para seu desenvolvimento pessoal. A partir dessas novas abordagens sociais, a concepção do lúdico passou a apresentar um caráter mais positivo, libertando-se do estigma de futilidade, passando a ter um caráter mais formal em seu trato e em sua essencialidade na constituição do indivíduo e na formação cultural da sociedade.

Reforçando a análise do autor,

a palavra lúdico se origina do latim ludus que significa brincar. O brincar esteve presente em todas as épocas da humanidade, mantendo-se até os dias atuais. Em cada época, conforme o contexto histórico vivido pelos povos e conforme o pensamento estabelecido para tal, sempre foi algo natural, vivido por todos e também utilizado como um instrumento com um caráter educativo para o desenvolvimento do individuo. (SANT’ ANNA; NASCIMENTO, PG. 20, 2011)

        Conforme afirma Santos (2004), no lúdico estão inclusos os jogos, brinquedos e divertimentos, que de forma natural apresenta uma função educativa pois oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.

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