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Resenha FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Os homens livres na ordem escravocrata. São Paulo, Unesp, 1997.

Por:   •  25/6/2017  •  Resenha  •  444 Palavras (2 Páginas)  •  1.112 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO

Aluna: Alexa Mesquita de Oliveira, 20151530091.

FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Os homens livres na ordem escravocrata. São Paulo, Unesp, 1997.

            O objetivo da Maria Sylvia na tese é comprovar que os conceitos tradicionais de relação comunitária, de autoridade tradicional, e de sociedade estamental, não são os melhores parâmetros para o estudo da sociedade brasileira.  Segundo a autora a utilização de mão de obra externa (negra) foi fundamental para a instalação do sistema de produção – capitalista -mercantil, mas no momento da produção cafeeira do século XIX, a manutenção do escravo foi uma opção, visto que, no território, já existia mão de obra livre disponível suficiente para o trabalho.

            O livro é dividido em quatro capítulos e na conclusão. Em cada um desses capítulos vão sendo mostrado em como o uso de conceitos weberianos são imcompativeis com a análise real da sociedade brasileira, mostrando, por si só, uma análise, considerada pela autora, real e possível.

            A violência institucionalizada e costumeira, que se torna legitima por vários aspectos é o tema do primeiro capítulo, e se torna o gancho para o segundo, que trata da relação entre os dois extratos da sociedade: o extrato inferior e o superior, que seriam os fazendeiros. Nesse capítulo, é mostrada uma relação de troca de favores, onde se percebe a dominação pela parte superior da socidade. Aqui, a autora mostra que não é possível utilizar a analise weberiana de uma dominação tradicional de caráter patriarcal, pois, apesar de existir diferentes camadas sociais e dominação de um sobre a outra, não vemos a relação “senhor – súdito” descrita por Weber.

            No terceiro capítulo, ela muda um pouco de foco, indo para a demonstração de que não existe uma diferenciação real entre o que é público e o que é privado e, em como a classe dominante se aproveitada disso afim de manter seus poderes políticos.

            Ainda sobre os poderes políticos, o quarto capítulo mostra o primeiro ciclo do café, suas relações e suas formas de organização de produção e de mercado. Com isso, já na conclusão, a autora apresenta que a dominação dos fazendeiros, acabava por, se limitar ao seu latifúndio e região, dificultando, assim,  a organização em grupos e a caracterização desta sociedade como sendo uma sociedade estamental de fato.

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