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Resenha Seremos história?

Por:   •  2/10/2019  •  Resenha  •  1.810 Palavras (8 Páginas)  •  2.073 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO – CAMPUS SÃO PAULO

TECNOLOGIA EM SISTEMAS ELÉTRICOS

Danilo Junqueira Gomes

Resenha Crítica:

Documentário: “Catching the Sun”.

São Paulo

2019

REFERÊNCIA

CATCHING the Sun. Direção: Shalini Kantayya. Produção: Shalini Kantayya, Aarti Tandon e Cedric Troadec. Interpretes: Van Jones, Zhongwei Jiang, Debbie Dooley entre outros. Roteiro: Shalini Kantayya. Estados Unidos, China, Alemanha e Índia. 7th Empire Media e New Day Films. 12 de Junho de 2015 (Los Angeles Film Festival) e 22 de Abril de 2016 (Netflix mundial). Documentário. Cinema e streaming. 73 minutos.

INTRODUÇÃO

O documentário “Catching the Sun” (Captando o Sol) de 2015, nos apresenta através das histórias de trabalhadores e empresários nos EUA e na China, a iniciativa de exploração da energia solar. Shalini Kantayya diretora do documentário traz um programa de treinamento em empregos solares,  mostrando a esperança e o desgosto dos trabalhadores americanos desempregados que procuram emprego na indústria solar. Com países como a China investindo em tecnologias inovadoras e capitalizando essa oportunidade, “Catching the Sun” conta a história da transição energética global da perspectiva de trabalhadores e empreendedores que constroem soluções para a desigualdade de renda e as mudanças climáticas com as próprias mãos.

Apresentando grande apelo político e ressaltando a influência das grandes empresas extratoras de combustíveis fósseis, citando o “lobby” que elas realizam na política e na mídia americana e ainda revelando uma enorme resistência à aprovação de leis que beneficiariam a produção de energias renováveis. Em cidades pós-industriais como Richmond na Califórnia, o sonho de mobilidade ascendente está corroendo. A economia do petróleo criou monopólios e concentrou riqueza e poder nas mãos de poucos. Inspirado pela idéia de que a energia solar poderia democratizar e descentralizar a energia de uma maneira que cria oportunidades econômicas para trabalhadores e empresários e coloca a energia diretamente nas mãos das pessoas, Catching the Sun é sobre pessoas que ousam liderar uma transição energética global maciça que já está ocorrendo.

Percebemos que o principal objetivo deste trabalho foi o de levantar discussões e trazer esclarecimentos, além de citar ações que todos devem tomar para enfrentarmos as mudanças climáticas.

DESENVOLVIMENTO

Catching the Sun no seu inicio, retrata a dura realidade de Richmond no estado da Califórnia, cidade esta que tem instalada uma refinaria da empresa Chevron e que no ano de 2012 teve uma explosão que resultou em um grande incêndio com terríveis conseqüências para a saúde de sua população. Segundo Gordon (2016) 15.000 pessoas precisaram de atendimento médico devido à fumaça tóxica inalada.

Este incidente acendeu um sinal de alerta nos habitantes, para a necessidade de mudanças na produção de combustíveis fósseis e sobre a necessidade de adotar fontes de energia limpas. O documentário relata que grande parte da energia elétrica dos EUA provém de termoelétricas alimentadas com carvão. O carvão é uma das formas de produção de energia mais agressivas ao meio ambiente. Ainda que a extração e posterior utilização na produção de energia gerem benefícios econômicos (como empregos diretos e indiretos, aumento da demanda por bens e serviços na região e aumento da arrecadação tributária), o processo de produção, da extração até a combustão, provoca significativos impactos sócio-ambientais. De acordo com  Aneel (2015), o efeito mais severo é o volume de emissão de gases como o nitrogênio (N) e dióxido de carbono (CO2), também chamado de gás carbônico, provocado pela combustão. Estimativas apontam que o carvão é responsável por entre 30% e 35% do total de emissões de CO2, principal agente do efeito estufa. Pensando nesses danos ao planeta e nos habitantes uma empresa chamada Solar Richmond que executa instalações de painéis para captação de energia solar começou a oferecer treinamento para moradores locais, unindo a necessidade ambiental de mudança na geração de energia com a recolocação de pessoas no mercado de trabalho, dando-lhes uma nova oportunidade profissional.

A diretora Kantayya nos apresenta Anthony Kapel "Van" Jones, um advogado e escritor. Jones publicou seu primeiro livro, The Green Collar Economy ( A economia do colarinho verde) em 2008. Ele descreve seu "plano viável para resolver os dois maiores problemas que o país enfrenta atualmente a economia e o meio ambiente". Em suas idéias ele argumenta que pode gerar empregos e energia sustentável simultaneamente, no livro Jones diz ser necessário: invenção e investimento para fazer a transição de uma "economia cinzenta" baseada na poluição para uma nova "economia verde" saudável. Em 2009 Jones foi convidado pelo recém eleito presidente Barack Obama para servir na Casa Branca como consultor especial para empregos verdes, porém Jones não conseguiu ficar por muito tempo neste cargo, a direita política, e em particular a indústria de combustíveis fósseis, lançou na imprensa uma onda de noticias contra Jones, acusando-o de ser um radical, um anarquista, um comunista enfim, tudo para atacar sua imagem. Com o intuito de brecar a votação no senado da Lei Americana de Energia Limpa e Segurança de 2009 (uma política pela qual os poluidores que excederem seu limite poderiam compensar suas operações com pagamentos monetários) que já havia sido aprovada no congresso. Segundo Muniz (2009) a votação no senado não ocorreu e o projeto de lei não foi adiante. De acordo com  Mann (2016):

  Não podemos aprovar uma lei climática através de nosso congresso porque é controlada por negadores da mudança climática, financiados por empresas de combustíveis fósseis que estão bloqueando qualquer projeto de lei que tentaria lidar com este problema.

Observamos que a diretora do documentário nos apresenta outra visão a respeito da energia solar, a ótica chinesa. Enquanto nos EUA o governo não se esforça para incentivar a geração solar, na China é totalmente o oposto, como citado no documentário pelo empreendedor Wally Zhongwei Jiang (dono da Westech Solar Energy) “Na China temos apoio do governo, empréstimos a juros baixos e incentivos fiscais para implantação e produção de componentes para a geração solar.” De acordo com o Portal Solar (2018)  a China já é o líder mundial na fabricação de células fotovoltaicas, que são utilizadas para a obtenção de energia solar. O ritmo do crescimento de energia solar fotovoltaica na China é grande por conta das usinas de energia solar que são instaladas no seu território, formando uma grande área de instalação de painéis fotovoltaicos para a geração de energia. Outro fator que influencia o crescimento da energia solar fotovoltaica no país são os subsídios governamentais e a queda da energia fotovoltaica, que atualmente começa a ser uma opção mais barata que outras fontes de energia, tanto a preços varejistas como comerciais. Fontes do governo chinês têm afirmado que a fotovoltaica apresentará preços mais competitivos que o carvão e o gás. 

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