TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha de Um Filme em Ética

Por:   •  14/1/2022  •  Resenha  •  567 Palavras (3 Páginas)  •  70 Visualizações

Página 1 de 3

Resenha do documentário


        
De acordo com o documentário, a grande questão é: seria ético desenvolver produtos para falharem em um curto período de tempo?

        O documentário aborda o tema da obsolescência planejada, e o conceito desse termo sugere que os produtos seriam desenvolvidos e fabricados para durarem pouco tempo, fazendo os consumidores nunca pararem de consumir novos produtos, isso quer dizer, eles são planejados para se tornarem obsoletos. Na maioria dos exemplos, um produto estragado ou que supostamente não estaria funcionando mais, é levado para assistência técnica e seu reparo sairia mais caro que a aquisição de um produto novo.

        Dois exemplos que aborda a implantação desse conceito contado no documentário: na indústria de lâmpadas de Tungstênio, e no resistente fio de nylon. A primeira lâmpada, criada por Thomas Edison em 1881, tinha uma duração prevista de 1500 horas, e o desenvolvimento e pesquisas das empresas resultou numa melhora progressiva do desempenho das lâmpadas de tungstênio. Em 1924, a vida média chegava a 2500 horas, só que a melhoria contínua da vida útil das lâmpadas poderia arruinar a economia, pois diminuiria a compra de novas lâmpadas a longo prazo. E pensando nisso, em 1925 foi criado o "Comitê das 1000 horas" que estipulou que todas as empresas deveriam fazer que as suas lâmpadas durassem uma média de 1000 horas. Violando esse "acordo", que seria fazer uma lâmpada que durasse mais, as empresas eram multadas proporcionalmente ao tempo excedido.

        Na empresa de fio de nylon, um pesquisador descobriu o nylon como um fio muito resistente e duradouro, fazendo que os empresários ficassem insatisfeitos, pois como é um fio resistênte, eles durariam muito mais que os outros tipos de fios, e os produtos novos acabariam não sendo comprados com mais frequência, diminuindo o lucro das empresas gradativamente. Assim os pesquisadores e engenheiros tinham que buscar a piora do desempenho do seu produto ao invés da melhora!

        O modelo econômico atual é baseado no consumo de produtos. As indústrias geram uma série de empregos para o desenvolvimento de novos projetos, para a produção, para a distribuição, para manter a estrutura organizacional, entre outros empregos e funções. Esses produtos abastecem as lojas e geram empregos e a manutenção dessa estrutura toda depende da venda do que se produz. Com o consumo dos produtos, deve-se aumentar a produção para atender a demanda, e isso somente é possível com a contratação de mais empregados e assim por diante, se tornando um ciclo vicioso.

        Caso os produtos fossem sendo melhorados progressivamente até ficarem indestrutíveis, toda essa estrutura seria abalada, a demanda e a produção seriam menores, as indústrias empregariam menos ou até demitiriam os já empregados e resultado seria mais desemprego e menor poder de compra da população, e tudo isso agravaria mais a demanda e o ciclo vicioso acabaria.

        Esse modelo econômico do aumento do consumismo acarreta um imenso dano colateral na vida dos seres vivos do planeta: a geração de lixo é estrondosa, o agravamento do aquecimento global é eminente e nossos recursos naturais são finitos e extremamente escassos, podendo fazer nossa vida se tornar insustentável caso continuemos insistindo neste modelo econômico.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.3 Kb)   pdf (24.2 Kb)   docx (7.9 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com