Resenha do filme EU SOU TODAS ELAS
Por: Millena.Vieira • 29/4/2022 • Resenha • 1.384 Palavras (6 Páginas) • 109 Visualizações
Centro de Educação Superior de Brasília[pic 1]
Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília
Curso: Biomedicina/Farmácia Campus: Sul
Professor: Luiz Fernando Data: 22/04/22
Disciplina: Bioética
Nome: Millena Vieira Martins RA: 2212250001
Nome: Luisa Oliveira de Paulo RA: 2212210029
Nome: Alân Silva dos Santos RA: 2212250018
Resenha do filme “Eu sou todas as meninas”
EU SOU TODAS AS MENINAS. Direção: Denovan Marsh. Produção de Nthibah Pictures. Joanesburgo, África do Sul. Netflix, 2021. Netflix. (107min)
EU SOU TODAS AS MENINAS é um drama policial, inspirado em fatos reais da Netflix e lançado mundialmente em 2021. A história se baseia em fatos que aconteceram no Apartheid da África do Sul (1948-1994), mesmo a história em si sendo fictícia. Em específico é baseado nos crimes de Cornelius Gerhardus van Rooyen (1938-1990), mais conhecido como Gert van Rooyen que com sua cúmplice Joey Haarhoff foram responsáveis pelo sequestro, estupro e assassinato de pelo menos 6 garotas (que tinham idades entre 9 e 16 anos) no leste da África do Sul. Os corpos das vítimas nunca foram encontrados e nem os responsáveis julgados pelos crimes, pois quando a última vítima de Gert conseguiu fugir ele matou sua esposa e cometeu suicídio.
O filho do assassino em série, afirmou na época que Gert tinha envolvimento com três ministros do governo sul-africano, dos quais tinham envolvimento com tráfico de crianças.
No drama, a inspiração de Van Rooyen é bastante explicita, tanto que o principal antagonista se chama Gert van Jarger. O enredo começa com o antagonista sendo condenado e confessando os crimes, revelando fazer parte de um grandioso esquema de tráfico de crianças, e sobre fortes ameaças nunca entregou seus responsáveis, sendo morto em pouco tempo na cadeia.
Anos depois a trama se desenrola e mostra o dia a dia da divisão de tráfico de humanos da África do Sul onde podemos acompanhar a luta por falta de recursos para manter casos importantes da detetive Jodie (Erica Wessels). Tudo muda quando ela entra em um novo caso que aparentava ser apenas mais um caso banal de homicídio quando na verdade, revela uma violenta represália contra criminosos sexuais e traficantes de pessoas, e entre eles grandes representantes do governo africano.
O filme também nos apresenta Ntombizonke Bapai (Hlubi Mboya), perita criminal também da divisão de tráfico de humanos. Ela e Jodie tem uma relação próxima, tanto que em alguns momentos do filme a Jodie acaba por confidenciar informações importantes sobre a operação com Ntombi. No desenrolar da trama, Jodie descobre que a Ntombi já foi vítima de tráfico de humanos e foi inclusive pelo próprio Gert van Jager.
O filme, de forma muito interessante, traz a personagem Ntombi momentos antes de ceifar a vida dos criminosos revelando o significado de seu primeiro nome Ntombizonke que significa “todas as meninas” que faz referência ao título do filme e a responsabilidade que ela sente de punir os responsáveis por tais crimes a outras vítimas como ela foi um dia.
O filme não apresenta muito mistério com quem seria o violão (no caso a Ntombi). Nas primeiras cenas em que o assassino aparece com uma máscara da cultura africana e com roupas sem deixar pista de quem seja o vilão, não fica claro quem seja o assassino, porém quase na metade da trama já fica evidenciado que o papel de vilã era de Ntombi. A partir disso é aparente a ajuda e o interesse de Ntombi para que a Jodie continuasse a investigar o caso, mesmo após ter sido afastada por estresse pós-traumático e agir por impulso e pela emoção em diversos momentos. De volta ao caso ela acaba descobrindo o real interesse por trás de Ntombi e começa a investigar a amiga e acaba caindo de paraquedas em outra cena de homicídio, mas não encontra a vilã. Então algo chama a atenção de Jodie, atraída para uma pista de pouso particular, em que estava sendo feita uma negociação de crianças para tráfico internacional.
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