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O Projeto de Trabalho

Por:   •  4/11/2021  •  Projeto de pesquisa  •  2.500 Palavras (10 Páginas)  •  103 Visualizações

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1 IDENTIFICAÇÃO

Nome do Projeto: BANDA MARCIAL DA ESCOLA MUNICIPAL “PROFESSORA ADÉLIA FIGUEIRA”

 Instituição proponente: CONSELHO ESCOLAR DA ESCOLA MUNICIPAL “PROFESSORA ADÉLIA FIGUEIRA”

 Endereço: RUA LAURO SODRÉ, 1653

Município: Oriximiná                       UF: PA

 Tel: 93 99178 7376

E-mail: adeliafigueira@yahoo.com.br

 Entidade responsável: CONSELHO ESCOLAR DA ESCOLA MUNICIPAL “PROFESSORA ADÉLIA FIGUEIRA”

 Endereço: RUA LAURO SODRÉ, 1653

               UF: PA

 Tel: 93 99178 7376

E-mail: adeliafigueira@yahoo.com.br

 Responsável Técnico: MARIALDA DE MATOS SANTOS

Formação: LICENCIATURA PLENA EM LETRAS/ LICENCIATURA PLENA EM MÚSICA

 Tel: 93 99195 2615

E-mail: marialdasantos@yahoo.com.br

 Localização: Bairro de Santa Luzia

Abrangência: alunos da referida escola

Duração do Projeto: Indeterminada

Ciclo do Projeto: Anual

Valor total do projeto (R$): 21.000,00

Investimento no último ano (2019):

2 APRESENTAÇÃO

A Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Adélia Figueira”, está localizada no Bairro de Santa Luzia, no município de Oriximiná. Conta, atualmente, com cerca de 1025 alunos distribuídos nas séries de 6º ao 9º ano, nos turnos da manhã e tarde, e é muito conhecida no município devido aos seus desfiles da Semana da Pátria e por conta de sua Banda Marcial, que contou no último ano com mais de 90 instrumentistas.

Por conta de uma parceria com o Programa Mais Educação, a escola dispõe de instrumentos de metais: cornetas, trompetes, trombones, tubas e bombardinos. Porém, para que os referidos instrumentos possam ser tocados pelos alunos da escola, fazem-se necessárias aulas de música durante o ano letivo, uma vez que os estudantes devem dominar aspectos teóricos e práticos para que haja a execução instrumental.

No entanto, a escola não dispõe de recursos para manter seu programa de música, tendo de recorrer todos os anos a rifas, bingos, doações, e demais promoções para conseguir remunerar os monitores.

O programa de música da Escola Adélia Figueira transformou-se em um atrativo para os alunos da escola, pois muitos procuram esse estabelecimento de ensino com a finalidade de tocar na Banda Marcial, e tornou-se uma ferramenta eficaz de combate à evasão de alunos, devido ao fato do desfile da Semana da Pátria ocorrer somente no segundo semestre, o aluno participa por quase todo o período das aulas das atividades do projeto.

3 JUSTIFICATIVA

A música é uma opção e uma linguagem artística que promove o acesso a tradições culturais, e isso dentro do âmbito escolar promove cada vez mais a inserção de novas possibilidades de aprendizagem, pois “A escola precisa da arte para estar viva. [...]” (OLIVEIRA, p. 32, 2006)

A aula de música que desconsidera a realidade experiencial em que vive o aluno, contraria as teorias e tendências educacionais e/ou pedagógicas mais recentes, que centralizam a atenção no educando e nas suas necessidades, para assim, resultar a um ensino humano e expressivo, tendo em vista sua formação integral (SILVA, 2002, p. 14).

A música vinculada a cultura de determinada sociedade ou grupo social, torna-se uma maneira plural de construção de conhecimento, Oliveira (2006, p. 33) afirma que “Nossa vida é alimentada com a cultura. [...]”, é evidente que nossas vidas estejam sempre acompanhadas por elementos peculiares a nossa cultura.

Desta forma, a educação musical que visa o cotidiano do aluno e considera suas características sociais e culturais dentro da aprendizagem, é uma maneira de torna-lo mais próximo de sua realidade e de seu centro comum, sua zona de conforto, portanto, mas aberto a aprender. Assim, a cultura não é vista apenas como entretenimento, mas também como uma ferramenta importante na contribuição do processo ensino-aprendizagem dos indivíduos, isso possibilita uma forma de conhecer as mais diversas características culturais através dos espaços de cultura, incluído a escola.

A música hoje está presente nas mais diversas possibilidades educacionais, e dentro do campo da educação esta pode ser compreendida e repassada nas mais diferentes formas e temas, que a ela estão relacionadas. Joly e Santiago (2001) apresentam a educação musical como uma ferramenta importante no processo de formação. Eles nos dizem que:

A inserção das artes, incluindo a música, no processo de formação do indivíduo tem sido bastante valorizado atualmente. Na grande maioria dos países desenvolvidos há um reconhecimento de que a educação musical seja ela formal ou informal, ensina às crianças, requisitos importantes para a vida adulta. Ela estimula a criatividade, desenvolve a comunicação, oferece ferramentas básicas para uma visão crítica do mundo que nos rodeia e valoriza a disciplina, o comprometimento, a organização e o trabalho em equipe (JOLY; SANTIAGO, 2001. p. 115).

Para Gillo Dorfles (1987, p.25), “toda a nossa capacidade significativa, comunicativa e fruitiva é baseada em experiências vividas – por nós ou por outros antes de nós, mas, de qualquer modo, feitas nossas”. Assim, só aprendemos aquilo que, por meio da experiência, se torna significativo para nós.

“A experiência é algo que nos passa, ou que nos acontece, ou o que nos toca. Não o que passa ou o que acontece, ou o que toca, mas o que nos passa, o que nos acontece ou nos toca”, diz Larrosa (2004, p.154). Não passa por nós, mas em nós. O termo experiência, em todas as línguas latinas e germânicas, está relacionado com travessia e perigo, pois nos envolve em um acontecimento.

Dessa forma, para que a aprendizagem seja realmente significativa e que possa ser incorporada à experiência de vida do aluno, faz-se necessária a plena união entre teoria e prática, isto é, a práxis (atividade e ação).

Augusto Cury (2003, p.119), em Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, ressalta que a música gera no educando a concentração, a educação emocional, melhora a assimilação de informações e relaxa a síndrome do pensamento acelerado (hiperatividade).

Além disso:

“Certamente que sem a ‘arte’ nossa vida seria incompleta, por que não teríamos essa ‘linguagem’ para expressar plenamente todas as nossas emoções e paixões. A linguagem cotidiana ou a linguagem científica dão conta de uma parte da realidade. No entanto, só a arte é capaz de dar conta daquilo que não pode ser enunciado, mas que ainda assim e por isso mesmo é essencial” (ECO apud. Ferreira, 2008).

Desta forma, a música é um instrumento que possibilita o ensino aprendizagem, aguçando a criatividade e viabiliza o estimulo e o desenvolvimento de aspectos importantes na vida do indivíduo aprendiz.

Figueiredo e Pedroso (2002, p. 48) afirmam que “As pessoas precisam de música. E gostam. O som, o ritmo, a melodia fazem parte de sua vida. Envolvem-nas como o ar. É a vida”. É neste sentido, que a educação musical é vista como um importante agente educacional, como uma possibilidade de aprendizagem.

É importante ressaltar, que a música está constantemente na vida das pessoas, é comum que o indivíduo cante, ouça músicas dos mais distintos estilos, isso é da natureza do ser humano. Ela também se apresenta como uma alternativa de aprendizagem como ressalta Tanaka quando afirma que:

[...] é nessa direção que empreendemos esforços, na busca de novas alternativas para uma prática de ensino e aprendizagem mais estimulante tanto para o aluno quanto para o professor, mas, também mais condizente com o entendimento dessa necessidade de se ampliar a visão sobre a educação musical, hoje em dia (TANAKA, 2001, p. 113).

A educação musical quando relacionada a fatores correspondentes a cultura do indivíduo, pode ser um importante instrumento de construção de conhecimentos, pois ela está ligada as raízes está relacionada ainda com um importante fator, a memória cultural e musical de uma determinada sociedade.

Aproximar educação musical e cultura é trazer para o ambiente de ensino a possibilidade de abordar as relações do indivíduo com o contexto cultural que o mesmo vive, possibilitando ainda, compreender o desenvolvimento cultural da sociedade na qual este indivíduo está inserido.

Oliveira (2006) destaca a música com aspecto de socialização e mobilização com a cultura:

[...] uma formação musical que mobilize o poder da cultura, pretende estar afinada tanto com a visão da escola enquanto processo de construção social, quanto com o novo humanismo, centrado na pessoa, que inclui natureza e sociedade. Paradoxalmente, nesta nova era globalizada, onde o acesso à informação é rápido e amplo, a sociedade tende a ser particularista e quer estar preocupada com os seus próprios interesses. Mas nós, professores, que lidamos com processos educacionais em música, gostaríamos de vivenciar processos menos isolacionistas e mais cooperativos. E a música pode ser uma opção socializante poderosa para ajudar nesse processo de construção social do conhecimento na diversidade cultural (OLIVEIRA, 2006, p. 32).

É importante trazer a realidade escolar ao convívio educacional do aluno elementos da cultura em que vive, para que se construa uma aprendizagem de conhecimento a cultura que rodeia, assim proporcionando aspectos sociáveis, pois educação e cultura são fatores componentes da vida do individuo que não estão e nem poderão estar separados.

Zagonel e Romanelli (2001) destacam, ainda que a educação musical quando baseada em aspectos regionais possibilitam a tradição e a cultura. Assim, Zagonel e Romanelli (2001) ainda afirmam que aspectos de manifestação musical popular, “pode fornecer subsídios para o ensino da música, a partir da ideia de que se pode usar elementos da cultura local na educação”. (ZAGONEL; ROMANELLI, 2001, p. 26). Isso reafirmar, a ideia de aproximar e relacionar educação e cultura, enfatizando elementos vivenciados e próximos do convívio do indivíduo.

É importante que a escola constitua em seus fundamentos o estudo da cultura musical, pois nela, é possível trocas de experiências, segundo Loureiro (2003):

[...] é fundamental o papel da escola no estudo da cultura musical, pois nela, como terreno de mediação, poderão ocorrer as trocas de experiências pessoais, intuitivas e diferenciadas. Daí a necessidade de não perdermos de vista as práticas musicais que respondem a movimentos sociais e culturais que vão além dos muros da escola [...] (LOUREIRO, 2003, p. 36-37).

Nesse aspecto, Dallanhol e Guerini (2003) destacam que é necessário enfatizar a teoria e a prática “[...] acreditamos favorecer a democratização do acesso à cultura musical, possibilitar ao aluno apreender criticamente as várias manifestações musicais de seu universo cultural e ampliá-lo significativamente” (DALLANHOL; GUERINI, 2003, p. 447).

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