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Projeto trabalho democratico

Por:   •  3/4/2015  •  Artigo  •  562 Palavras (3 Páginas)  •  408 Visualizações

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A UTOPIA DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

( Vitor Henrique Paro)

Para o autor, toda vez que se propõe uma gestão democrática de escola pública de 1º e 2º grau que tenha uma efetiva participação de pais, educadores, alunos e funcionários da escola, acaba sendo considerado como utópica. De acordo com o autor, se quisermos uma escola transformadora, precisamos transformar a escola atual. E a transformação da atual escola passa necessariamente por apropriação pelas camadas trabalhadoras. É neste sentido que precisa ser transformado o sistema de autoridade e a distribuição do próprio trabalho no interior da escola.

 O que temos hoje, segundo Paro, é um sistema hierárquico que pretensiosamente coloca o poder nas mãos do diretor. Não é possível falar das estratégias de se transformar o sistema de autoridade no interior da escola, em direção a uma efetiva participação de seus diversos setores, sem levar em conta a dupla contradição que vive o diretor de escola. Esse diretor por um lado, é considerada a autoridade máxima: e isso pretensiosamente, lhe daria poder e autonomia; mas por outro lado ele acaba se constituindo, em virtude de sua condição de último responsável pelo cumprimento da lei e da ordem da escola proposto pelo Estado.

Esta é a primeira contradição, a segunda ocorre do fato que, por um lado, ele deve deter uma competência técnica, e um conhecimento dos princípios e métodos necessários a uma moderna e adequada administração dos recursos da escola, mas, por outro lado, falta de autonomia em relação aos escalões superiores e a precariedade das condições em que se desenvolvem as atividades no interior da escola torna uma utopia à utilização dos belos métodos e técnicas adquiridos em sua formação de administrador escolar, já que o problema das escolas públicas no país não é o da administração de recursos, mas o de falta de recursos. Para o autor, conferir autonomia à escola deve consistir em conferir poder autonomia e condições concretas para que a escola alcance objetivos educacionais articulados com os interesses das classes trabalhadoras. Afirma Paro que, é preciso lutar contra o papel autoritário do diretor não contra a pessoa do diretor.

 É preciso perceber que distribuir a autoridade entre os vários setores da escola, o diretor não estará perdendo poder já que não pode perder o que não tem, mas dividindo responsabilidades. E nesse contexto quem estará ganhando poder é a própria escola.

Na medida em que se conseguir a participação de todos os setores da escola, educadores, alunos, funcionários e pais nas decisões a respeito de seus objetivos e de seu funcionamento, terão melhores condições para pressionar os escalões superiores no sentido de dotar a escola de autonomia e de recursos.

De acordo com Paro, em relação à participação da comunidade na escola, não basta permitir formalmente que os pais dos alunos participem da administração da escola; é preciso que haja condições e materiais propiciadoras dessa participação. O autor considera que deva ser tomadas medidas em nível de Congresso Constituinte de forma a instituir um dispositivo que facilite a participação dos pais nos conselhos escolares. Por exemplo, abonar o dia de trabalho dos pais nas datas das assembléias escolares. E é nesse sentido que o autor pensa na utopia de uma escola participativa. Ou seja, a classe trabalhadora contribuir para a educação de seus filhos de forma efetiva Não ficando a serviço da classe dominante e dos mecanismos de controle do Estado.

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