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Análise de uma Situação Social na Zululândia Moderna

Por:   •  23/12/2018  •  Resenha  •  1.110 Palavras (5 Páginas)  •  1.745 Visualizações

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GLUCKMAN, Max. Análise de uma Situação Social na Zululândia Moderna. Em: Feldmann-Bianco, B.(org.) Antropologia das Sociedades Contemporâneas. SP: Global, 1987.227-334.

Neste ensaio o autor Max Gluckman analisa as relações entre africanos e brancos do norte da Zululândia, baseando-se em dados coletados durante dezesseis meses de pesquisa de campo, realizado entre 1936 e 1938.

Definição da situação social:

O Comportamento, em algumas ocasiões, de indivíduos como membros de uma comunidade, analisando e comparando. O comportamento em outras ocasiões. A análise revelou o sistema de relações subjacente, as partes da estrutura social da comunidade, o meio ambiente físico e a vida fisiológica dos membros da comunidade.

Descrição da inauguração da ponte:

Descreveu a inauguração cerimonial de uma ponte, na qual guerreiros postavam-se como guias junto a uma encruzilhada e estavam à frente dos carros que atravessaram a ponte. Os guerreiros podem ter sido originários do exército Zulus que devastavam Natal: eles e esse exército não nos forneciam nenhum entendimento importante um em relação ao outro. Elementos de proveniência mais complexa não podem nem mesmo se assim dissociados e remontados a suas culturas originais. Seria difícil fazer o mesmo com as seitas separatistas da Igreja Zulu, com suas disfarçadas tendências anti-brancos dogmas cristãos, crenças em bruxaria e adivinhação.

Os presentes à cerimônia dividiam-se em dois grupos raciais, os Zulus e os europeus. A separação transparece através de todos os padrões de comportamento Zulu- europeu. Na Zululândia, um africano nunca poderá transforma-se num branco. Para os brancos, a manutenção desta separação é um valor dominante que transparece na política da assim chamada segregação e desenvolvimento paralelos.

Análise Situacional: 

A análise revela o sistema de relações subjacente entre a estrutura social, o meio ambiente físico e a vida fisiológica dos membros da comunidade.

 Max Gluckman afirmou que é possível tratar da Zululândia como uma única comunidade de Zulus e brancos:

O autor salienta que a situação principal estava se configurando pela primeira vez de uma forma particular na Zululândia. O fato dos Zulus e dos europeus poderem cooperar na inauguração da ponte mostra que formam conjuntamente uma ideia de comunidade com modos específicos de comportamento.

A diferença entre brancos e europeus e Zulus é sentida na Zululândia: Apesar dos Zulus e europeus estarem organizados em dois grupos na ponte, seu comparecimento ao evento implica estarem unidos na celebração de um assunto de interesse comum. Os Zulus não podiam entrar nas reservas dos grupos brancos exceto pedindo permissão, como no caso dos criados domésticos encarregados de servir chá.

A posição dominante dos europeus transparece em qualquer, situação em que indivíduos dos dois grupos reúnem- se devido a um interesse em comum, abandonando a separação, como, por exemplo, na discussão  verificada entre o veterinário do governo e os dois indutnas. Além disso, os dois grupos também –se diferenciam em relação a cor, raça, língua, crenças, conhecimento, tradições e posses materiais. O funcionamento da estrutura social da Zululândia pode ser observado nas atividades política e ecológicas.

Politicamente, fica claro que o poder dominante está investido no governo do grupo branco, sob o         qual os chefes são, num de seus papéis sociais funcionários subordinados. Os zulus que ocupam posições governamentais constituem uma parte importante da máquina judicial e administrativa do governo.

Os zulus e europeus estão igualmente interligados no que se refere ao aspecto econômico mais amplo da vida e da Zululândia. A relação particular entre os zulus e os europeus, que também constitui uma divisão social dentro do grupo africano, a divisão entre pagão e cristão.

A cisão entre pagão e cristão está entremeada por laços de parentesco, cor, aliança, política e cultura. O grupo de Zulus cristãos está associado em certas situações e sob certos critérios ao grupo de europeus, opondo-se ao grupo de pagãos. Os zulus dividiam-se em tribos que mais tarde foram divididos em seções tribais e distritos administrativos. Através da organização política que os zulus têm reagido à dominação europeia.

Documentos históricos:

Em conformidade com esta abordagem metodológica, usou dados históricos obtidos em diferentes fontes para reconstruir equilíbrios passados, O propósito dessas reconstruções, que são prejudicadas pelo material sociológico deficiente, foi o de proporcionar análises semelhantes àquelas que realizou com os dados coletados no campo moderno e não o de construir algum marco zero da cultura. As reconstruções explicam ás formas particulares de equilíbrio moderno. Não foi necessário recorrer ao material histórico para analisar o padrão do sistema.

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