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BOURDIEU, Pierre. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Editora Unesp, 2004. p. 17-48.

Por:   •  27/9/2016  •  Resenha  •  302 Palavras (2 Páginas)  •  2.148 Visualizações

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De início, pode-se dizer que o texto trata de uma abordagem reflexiva acerca do funcionamento da ciência, isto é, de como opera a cientificidade. Segundo Bourdieu (2004, p. 19), todas as mais variadas ciências (filosofia, história, física, química, arte, literatura...) possuem pretensões científicas, já que para cada uma delas existe uma “história” com pretensões universais. Neste sentido, podemos falar na existência de uma história da filosofia, história da arte, história da física. Ademais, Bourdieu defende um plano intermediário entre texto e contexto. Este plano intermediário é chamado por ele de “campo científico”. Trata-se de um mundo social tal como os demais, mas que obedece a determinadas leis e convenções dentro da sociedade. Este plano intermediário surge como uma tentativa de evitar a “ciência pura” e a “ciência escrava”. A primeira, independente de contexto sócio-político; a segunda, totalmente dependente das questões político-econômicas (BOURDIEU, 2004, p. 21). Em suma, a ciência deve ter um movimento pendular entre teoria e prática social.

Acerca do capital científico, Bourdieu afirma que não se trata apenas de valores e investimentos financeiros para garantir o progresso de uma pesquisa, mas também dos valores de credibilidade e reconhecimento por parte da comunidade científica - inclusive da comunidade científica concorrente. Em relação aos campos científicos existem duas formas de poder que se coadunam com duas espécies de capital científico: o poder político/ temporal e o poder específico/ “prestígio”. O primeiro, diz respeito ao status e às posições institucionais que são ocupadas hierarquicamente dentro do cenário científico. Trata-se, grosso modo, da direção de laboratórios, departamentos, comitês de avaliação etc. O segundo, diz respeito ao reconhecimento por parte dos pares. Versa sobre uma espécie de prestígio e notabilidade dentro do espaço científico. Por exemplo, o reconhecimento mútuo entre duas instituições por conta das semelhanças científicas que elas possuem. (BOURDIEU, 2004, p. 35).

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