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CULTURA, LEIS FAMILIA E COSTUMES

Por:   •  28/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.299 Palavras (22 Páginas)  •  454 Visualizações

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Este trabalho aborda a relevância da cultura e dos costumes no desenvolvimento das leis e sua relevancia dentro do aspecto familiar. Os valores, crenças, mitos, costumes e tradições, enfim a cultura do indivíduo e o seu contexto sociofamiliar, acabam por se completar dentro de um cliclo vital e para o desenvolvimento da sociedade e criação das leis. Estas por sua vez não existiriam se não fossem a cultura e os costumes, transmitidos através das familias e nas relações sociais entre os indivíduos. O positivismo e o legislador não criam leis, mas simplesmente “escrevem” ou “trasncrevem” os costumes. Ainda entenderemos o porque a familia é fundamental para o controle social existente dentre a sociedade e qual sua importancia na formação dos individuos.

A CULTURA:

A cultura que iremos abordar não é a mesma aplicada ou tratada no senso comum, que em resumo traduz uma forma de “conhecimento” onde o homem que a detém possuim maior sabedoria. A ideia proposta nesta concepção serve para definir quem possuiu maior “conhecimento” acerca de tudo, determinando uma espécie de hierarquia entre a sociedade, onde quem tem mais “cultura” é visto como referencia de sabedoria.

A cultura abordada na sociologia trata especificamente daquilo que o homem cria, ou seja, tudo aquilo que o homem por natureza faz ou concebe, desde as coisas mais simples até as mais complexas. Neste sentido podemos entender melhor quando falamos por exemplo da criação das armas, seja usada para caça ou outro fim o homem criou tal artefato que ao longo dos anos foi sendo melhorado, as armas até hoje estão presentes em nossa sociedade. Embora na antiguidade primitiva usada como artefato para caça, ela se perpetuou e assim foi sendo desenvolvida ao longo dos anos, perpetuou-se ao longo dos anos, tendo sua finalidade totalmente alterada pela natureza humana (ser predatório) e faz parte da sociedade moderna. Além dos artefatos temos as criações do homem acerca das crenças, costumes, ideias, leis e conhecimento, todos adiquiridos atraves do convivio social. As “culturas” estão presentes tanto em sociedades complexas ou simples, elas determinam como as pessoas se expressam, agem e sentem, criando assim uma cultura própria no modo de vida das pessoas. Duas questões estão implicitas neste afirmação, a de que não existe uma só cultura e a que reafirma a teoria de Émile Durkheim sobre a consciencia coletiva.

Para melhor entendimento podemos citar exemplos
 presente em algumas sociedades; Enquanto nas Coréias se criam cachorros para consumo da carne, no Brasil criamos o gado para consumo. A exemplo disso na índia a vaca é considerada sagrada e as pessoas não consomem carne de gado. Podemos perceber o quanto a cultura pode variar e ordenar a vida daquela ou desta sociedade de forma diferenciada, enquanto no Brasil o consumo de carne de cachorro é considerado algo “desumano” e até passivo de “punições pelas normas”, para os Coreanos é algo normal. Os indianos tambem nos mostram a adversidade cultural, eles tratam a vaca como um animal sagrado, uma espécie de “animal divino”, cultura baseada na religião Hinduista, onde o animal era usado como montaria ou veículo de um dos deuses mais populares do país, o Shiva. Imaginemos um Hinduista fazendo uma visita em um frigorifico no Brasil, com certeza ele ficaria chocado, o mesmo ocorreria se nós fossemos convidados para um churrasco na Coreia e ao olhar para churrasqueira, vissemos cachorros sendo assados, seria algo chocante e iinconcebivel do ponto de vista moral e cultura. Em alguns países o chamado “Sincretismo Religioso” torna-se uma questão conflitante e perigosa, onde existe a obrigatoriedade de crença em uma só religião, isso transforma a religião em uma espécie de “obrigação de fazer”, diferente do que ele representa dentro de nossa sociedade onde a religião ela está intrinsecamente relacionada com a cultura.

Isso ocorre dentro do próprio país em que vivemos, diferenças culturais e de costumes, obviamente por conta da colonização de cada estado e das culturas difundidas através de costumes. Enquanto no Nordeste o estilo musical “Forró” predomina, no Sul o “Vanerão” e “Fandango” são preferencias.

Nas regiões norte e nordeste, a predominância é das tradições indígenas e africanas, sincretizadas com os costumes dos povos europeus, que colonizaram o país.Na região centro-oeste, onde predomina o Pantanal, existe ainda uma grande presença da
diversidade cultural indígena, com forte influência da culinária mineira e paulista.No sudeste e sul destacam-se costumes de origem europeia, com colônias portuguesas, germânicas, italianas e espanholas que, ainda hoje, mantêm a cultura típica de seus países de origem. Estas diferenças culturais são chamadas de “Diversidade cultural”, que esta ligada a identidade cultural, ou seja, uma é pluralidade, variedade e diferenciação, conceito que é considerado o oposto total da heterogeneidade, enquanto a outra uma é a "marca" que personaliza e diferencia os membros de determinado lugar do restante da população mundial (a soma das culturas de um povo no ambito local).

Sendo assim temos pessoas com pensamentos individuais (culturas diferentes) onde cada um contrbuiu com sua cultura pessoal para a construção desta consciencia social. Neste sentido, A consciência coletiva, segundo Émile Durkheim (sociólogo francês, 1858-1917), é a força coletiva exercida sobre um indivíduo, que faz com que este viva de acordo com as normas da sociedade na qual está inserido. Para Durkheim, a consciência coletiva é o conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média da população de uma determinada sociedade, formando um sistema com vida própria, que exerce uma força coercitiva sobre seus membros, como o devoto que, ao nascer, já encontra as crenças e práticas religiosas estruturadas e em plena atividade. Se estas práticas já existem, é porque estão fora dele, mas mesmo assim, exercem influência sobre seu comportamento e crenças. É um sistema que existe fora do indivíduo, mas que o controla pela pressão moral e psicológica, ditando as maneiras como a sociedade espera que se comporte. O indivíduo se submete à sociedade e é nessa submissão que ele encontra abrigo. Se tomarmos com exemplo a educação dada pelos pais aos seus filhos entendermos de forma objetiva o que Durkhein afirma, pois quando as forçamos as crianças a comer, beber, vestir-se e falar de acordo com as normas e padrões vigentes na sociedade em que estamos inseridos. Qualquer desvio dos padrões dessa sociedade, pode provocar o isolamento do indivíduo, comparável a uma pena imposta por lei ou mesmo um castigo aplicado de forma comum entre os pais aos filhos. Essa pressão sofrida pela criança, é a pressão da sociedade tentando moldá-la à sua imagem e semelhança. Durkhein afirma que essa dependência da sociedade traz consigo o conforto de pertencer a um grupo, um povo, um país. Nesse sentido, não há contradição alguma na relação submissão-libertação. O processo pelo qual as crianças, ou outros novos membros da sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado socialização.

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