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Estudo sobre a Evasão escolas

Por:   •  1/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.107 Palavras (5 Páginas)  •  232 Visualizações

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ECO- UFRJ

Técnicas de Reportagem

Professor: William Braga

Reportagem Final

Aluno: Lucas de Araújo Rodrigues

É necessário combater e prevenir a evasão escolar

        

        O que começa como alguns dias de falta se transformam rapidamente em semanas, logo passam para meses, e então o abandono. A evasão escolar á anos está na pauta das políticas públicas, mas o problema está longe de se resolvido. Segundo os últimos dados do IBGE 1.7 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola, valor que representa cerca de 16% dessa faixa etária. Esses Jovens tiveram diversos motivos para não concluir os estudos, mas algumas dessas razoes poderiam ter sido evitados, enquanto outras parecem tão complicadas quanto a própria evasão.

        A precarização das escolas é um dos motivos que leva os alunos a abandonarem os estudos. Repetência, falta de professores e infraestrutura ruim transformam a escola em um ambiente hostil para os alunos. Esse foi o caso de João Campos, sobre a escola ele diz que “não tinha porque ficar ali, me sentia inútil, ai sai comecei a trabalhar ajudando meu tio na oficina” disse o garoto de 19 anos que somente agora voltou a cursar o primeiro ano do ensino médio. Segundo o professor Marcelo Prado “um dos maiores motivos do abandono é essa garotada jovem atrás de emprego, muitos desses não tem pai e acabam tendo que sustentar sua mãe e irmãos. Com a infraestrutura precária que nos temos na escola fica difícil dar razões pra esse aluno ficar. A desigualdade social é nosso maior rival” conclui o professor do CIEP 169 em São João de Meriti, que já viu ótimos alunos nunca mais voltarem as aulas.

        Se a procura de empregos tira em sua maioria os garotos da escola, a maior causa de abandono das meninas é a gravidez precoce. Conciliar a maternidade com a vida escolar e a necessidade de aumentar a renda é uma tarefa complicada. Esse problema, em muitos casos, ainda piora devido a falta de creches. Foi o que quase aconteceu com Emannuele Miranda, que engravidou em 2011 durante o primeiro ano do ensino médio segundo ela “a decisão de continuar a

estudar foi bastante difícil, tive que tirar licença e quando voltei todos com que estudei já estavam um ano na minha frente, ganhei o apelido de “Emãenuele” o que pra mim fazia parecer que eu estava no lugar errado. Mas tive apoio da minha família, e quero apoiar meu filho no futuro então não podia parar ” disse a garota que agora tem 23 e terminou o ensino médio em 2016. Um fim surpreendente já que apenas 2% das adolescentes que engravidaram deram sequência aos estudos.

Enfrentando a evasão:

        Mesmo que pareçam bastante complicados há formas de se combater os motivos que levam esses alunos a abandonarem os estudos. O primeiro ponto necessário seria uma mudança nas formas em que as matérias são passadas. A professora de português Gabriela Gonçalves adotou uma ótima estratégia para suas aulas de redação e interpretação de texto, ela diz que a partir do momento em que começou a aproximar as aulas a uma linguagem que o jovem entenda, os interesses em suas aulas cresceram muito. Gabriela diz que tudo começou quando na TV  “estava passando a reportagem de uma funkeira chamada MC Carol, achei curioso a maneira como ela falava com gírias e alguns erros de concordância mais sempre buscando se adequar as normas-padrão, peguei uma transcrição de uma entrevista dela e levai a sala de aula, os alunos adoraram, desde então tento mesclar textos presentes na cultura deles além de grandes escritores” concluiu a professora que teve seu método adotado por outros professores do colégio em que trabalha em Queimados.

        Outra forma de incrementar os estudos é o uso da tecnologia em sala de aula, não só para chamar a atenção dos alunos como a possibilidade de a ferramenta online dar uma atenção mais individualizada para o aluno. Segundo a professora da UFRJ Cristina Haguenauer “a tecnologia pode ajudar sim em sala de aula, desde que seja bem usada. Para adultos o ensino a distância é sim uma boa opção de continuar os estudos, mas para jovens e crianças a ideia é uma mescla dos dois, pois nessa idade a interação com os outros alunos e o professor é essencial para o desenvolvimento pessoal, e isso a tecnologia não substitui” conclui a professora que dá aulas de ensino a distância.

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