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O QUE ESTÁ EM JOGO NA QUESTÃO DAS IDENTIDADES? – UM ESTUDO DE CASO.

Por:   •  18/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  236 Visualizações

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1) Baseado no estudo de caso, o que você entende por política de afirmação das diferenças?

A política de afirmação das diferenças é uma tentativa de integração de grupos que são minorias, mas que fazem parte de uma sociedade de direito estruturado, feita, porém, de forma correta. O objetivo é tentar anular as consequências negativas que a hierarquização de culturas, que esteve presente durante todo o desenvolvimento da humanidade, trouxe para as sociedades, onde grupos diferentes, ao se sentirem melhores que outros, cometeram crimes e injustiças contra aqueles que consideravam inferiores. Portanto, a política de afirmação das diferenças fomenta o reconhecimento e a valorização dos diferentes aspectos socioculturais entre os grupos que compõem uma determinada sociedade.

Há muito tempo se vem discutindo sobre o fenômeno da globalização e sobre a tendência da criação de uma cultura global. As distâncias têm se encurtado e, ainda que de forma deficiente, as pessoas vêm tendo cada vez mais acesso a tudo. Neste cenário os meios de comunicação em massa exercem papel fundamental na difusão de informação para as identidades. A globalização aproxima culturas, mas não de forma igual e justa uma vez que a ideologia propagada vem dos países ricos para os demais, em uma configuração de dominadores e dominados. A mídia se torna, por exemplo, um instrumento de dominação cultural utilizado pelas culturas dominantes sobre culturas dominadas, processo conhecido como neocolonialismo, pressionando as culturas locais a se homogeneizar. Quem se beneficia mais com tudo isso são as empresas multi e transnacionais do mundo capitalista que fazem de tudo para crescer através da competitividade. Através dos meios de comunicação divulga sua ideologia consumista à massa. Ideologia esta que chega cada vez mais rápido através devido às facilidades providas pelo avanço tecnológico.

Quando essas culturas locais se vêem ameaçadas por culturas externas propagadas pela globalização, elas começam a buscar formas de se afirmar. Esta é a forma que as identidades encontram para resistir ao domínio e a pressão sobre elas, buscando visibilidade. É importante salientar que quem não é visto não é lembrado ou conhecido. E a afirmação da identidade só se dá através da alteridade, na interação com o outro. Daí elas travam uma luta para proteger o seu território, sem no entanto, terem uma atitude etnocêntrica, pois elas vêem o mundo como um lugar para existência de todos.

2) Como se estabelece a dialogicidade e conflitualidade entre as identidades apresentadas no estudo de caso?

No estudo de caso, o ex-presidente Bush indica um representante cuja identidade poderia trazer apoio de outras identidades, garantindo assim a força política de seu grupo sobre a nação. Neste caso, o apoio de brancos se identificando com o conservadorismo, e negros se identificando com a questão da raça. A partir do momento em que se dá o escândalo de assédio sexual as identidades, cujos laços haviam sido estabelecidos pelo sentimento de pertencimento, entram em conflito. O sentimento de pertença de cada identidade fica estremecido, e consequentemente a defesa de território também. Todos esses laços de identidades entre os diferentes grupos são postos em questão, e daí surge todo o conflito. Sai-se então de uma política de identidade para uma política de diferença.

O juiz Thomas e o ex-presidente Bush focavam no domínio político. A população, na diferença. E o que guia o debate é o jogo de identidades e as consequências políticas que poderiam prejudicar Thomas e Bush depois do escândalo de assédio sexual, como as questões sexistas, raciais e, também, de classe, visto que a acusadora era uma subalterna. As pessoas se baseavam em princípios estigmatizados sistematizados como a filiação a um partido ou outro, ou sua cor de pele. Tudo dependeria da identidade que prevaleceria dentro de cada indivíduo.

A dúvida em manter ou não o laço e apoiar o senador, dependia de qual aspecto o sentimento de pertença era mais forte, como por exemplo o sexismo, o liberalismo, o racismo, etc... E era isso que definiria a ocupação do cargo de poder ou não.

O conflito surge internamente dentro de cada um e passa a ser refletido externamente nos momentos de discussão, onde se baseia nos princípios internos adquiridos ao longo da vida, e o que prevalece é o que de fato se acredita e no que se participa, pois os seres humanos vivem em grupos e estes exercem influência direta ou indiretamente.

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