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OS ESTILOS DE LIDERANÇA

Por:   •  3/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.708 Palavras (11 Páginas)  •  180 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Acreditava-se que as pessoas já nasciam com o poder de liderança, durante muito tempo foi difundido este pensamento. As características pessoais naturais das pessoas, em um dado momento, surgiriam e elas assumiriam posições de liderança. Atualmente, o pensamento não é assim, pois acredita-se que qualquer pessoa pode se tornar um líder através do aprendizado. Ao longo dos tempos, diversos autores trataram deste tema de acordo com seus estudos, contexto cultural, social e ambiental. Dentre várias teorias podemos citar a Teoria dos traços. Ela vê a liderança como resultado de uma combinação de traços, enfatizando especialmente as qualidades pessoais do líder, onde o mesmo deveria possuir certas características de personalidade especiais que seriam facilitadoras no desempenho da liderança e que de certa forma os diferenciasse dos que não possuíssem nenhuma habilidade para exercer uma liderança, o que concluía que os líderes já nasciam prontos, não havendo a possibilidade de ‘fazê-los’ posteriormente por meio do uso de técnicas de desenvolvimento pessoal.

Essa ideia prevaleceu até a década de quarenta, o que passou a ser estudada dentro de uma perspectiva acadêmica. Como alternativa a esta teoria, os estudos de liderança procuraram enfatizar o comportamento do líder perante determinada situação, onde o enfoque da abordagem situacional é o comportamento tal como é observado, e não alguma hipotética habilidade ou potencialidade inata ou adquirida de liderança.

Desde estudos antigos, o homem fazia uso da habilidade de liderar, e em vários momentos da história no mundo vimos líderes impondo suas marcas distintas de liderança que destacaram protagonistas com um poder decisivo nas mais diversas situações, desenvolvendo princípios fundamentais de liderança, influenciando e motivando seus seguidores.

Liderança é a capacidade de comandar. Comando que provoca e estimula pessoas a realizarem, produzirem de forma decidida mental e comportamental. “É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente como sendo para o bem comum.” (JAMES HUNTER).” “É um fenômeno de influência interpessoal exercida em determinada situação através do processo de comunicação humana, com vista à comunicação de determinados objetivos.” (FACHADA, 1998).

Liderar é conduzir, conduzir pessoas dentro de um mesmo ideal. Este modelo de liderança é de grande valor, pois enaltece a participação do líder no desenvolvimento de seus liderados. Sendo, muitas vezes resultado de valores pessoais, naturais do líder. (LACOMBE, 2011).

“Liderança é um dos papéis dos administradores. A pessoa ou grupo que desempenha o papel de líder influencia o comportamento de um ou mais liderados ou seguidores. A capacidade de liderar está intimamente ligada ao processo de motivação. Há uma situação de dependência mútua entre líder e liderados”. MAXIMIANO (2007).

2 LIDERANÇA AUTOCRÁTICA

 

Dentro do modelo de uma liderança autocrática quero mostrar o fenômeno do assédio moral nas relações de trabalho como consequência deste. Infelizmente, o conhecimento acerca da existência deste fenômeno nas relações sociais, e nas relações de trabalho ainda é escasso. O comportamento ético é ideal se for focado na moral e definido como padrão de convivência a ser seguido por qualquer sociedade.

O trabalho, como sabemos, é considerado uma forma de projeção social, pois é por meio da atividade profissional que o homem tende a identificar-se como ser social e produtivo. A autorrealização do homem ainda está ligada ao esforço que ele realiza para manutenção de sua subsistência. No entanto, os elementos que remetem um profissional a sofrer frustração e humilhação, nos casos de assédio, representam claramente o desrespeito aos direitos fundamentais do trabalhador.

Liderança autocrática pode ser traduzida como "uma pessoa com poder ilimitado ou autoridade". Autocracia não é uma coisa do passado. Você ainda pode vê-lo no trabalho em muitos tipos de governos, organizações e indústrias. Embora muitas pessoas acreditem que a autocracia não tem lugar em uma sociedade moderna, há certas funcionalidades em muitas organizações onde a autocracia é necessária. Muitas organizações empresariais e de negócios com tempo pequeno de atuação executam com êxito esse tipo de liderança, e possuem um chefe autoritário. Quando um líder tem poder absoluto sobre seus empregados, há chances para que os distúrbios e desentendimentos aconteçam. Funcionários e membros da equipe acabam por ter pouca ou nenhuma oportunidade de fazer sugestões, mesmo que estas sejam para desenvolver a equipe para um melhor interesse da organização.

Liderança Autocrática também conhecida como autoritária ou diretiva, acredita-se que a sua origem remonta a Pré-história, quando os primeiros agrupamentos humanos se organizaram e surgiram os primeiros chefes.

Tem como característica o papel do líder absoluto, pois somente ele toma as diretrizes sem prévia consulta aos liderados, escolhe a quem elogiar ou criticar, mas de forma pessoal. Destrói a confiança devido ao seu comportamento ambíguo, com atitudes incoerentes ou desonestas. Pressupõe que os outros nada farão se não lhes for ordenado. Não estimulam inovações. Apenas a sua forma de agir está correta. Não é adepto da partilha de atividades, prefere agir só. Agressivo, incompreensivo com erros, enérgico a ponto de causar temor nos liderados. Toma decisões com rapidez, o que pode ser positivo.

O líder autocrata quando termina seu mandato, o grupo acaba se perdendo, já que não adquiriu a habilidade de tomar decisões ou de andar sozinho. Isso acontece em organizações de mão de obra intensiva, não especializada e sem muitos recursos tecnológicos.

Por assédio moral em um local de trabalho entende-se que seja, toda e qualquer conduta abusiva que se manifesta, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade, ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, colocando em perigo seu emprego ou degradando o seu ambiente de trabalho. Essa definição de Marie-France Hirigoyen expressa de maneira resumida, mas dinâmica, o fundamento do assédio moral.

“O assédio moral pode ser definido como a exposição de trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função, de forma repetitiva e prolongada ao longo da jornada de trabalho. É uma atitude desumana, violenta e sem ética nas relações de trabalho, que afeta a dignidade, a identidade e viola os direitos fundamentais dos indivíduos.” (BARRETO)

“A escolha do termo moral implicou uma tomada de posição. Trata se efetivamente de bem e de mal, do que se faz e do que não se faz, e do que é considerável aceitável ou não em nossa sociedade. Não é possível estudar esse fenômeno sem levar em conta a perspectiva ética ou moral, portanto, o que sobra para as vítimas do assédio moral é o sentimento de terem sido maltratadas, desprezadas, humilhadas, rejeitadas” (...) HIRIGOYEN (2005), p. 31.

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