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Como chegar ao SIM - Estudo de Caso

Por:   •  8/2/2019  •  Resenha  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  297 Visualizações

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Como chegar ao SIM – Estudo de caso

Nome: Roberta Klaes

  1. Como já esperado, o primeiro caso trata de uma não flexibilização dos EUA em uma situação que poderia ser facilmente amenizada- a corrida armamentista. Tratava-se de EUA e União Soviética chegarem a um acordo sobre quanto a inspeções feitas nos dois territórios com o intuito de notar eventos sísmicos suspeitos deveriam ser feitas, a URSS mostrou-se a aberta a três vezes ao ano e os EUA queriam no mínimo dez, o que levou ao fracasso da negociação com dois países que não concordaram nem em propor algo mais plausível para ambos sobre como iriam ocorrer essas inspeções e como eles teriam que lidar com isso. O caso mostra o que ocorre quando algum país foca demais em sua posição, buscando em qualquer resultado possível seu próprio benefício, esta posição se torna mais importante que de fato chegar a um denominador comum e a negociação não tem condições de obter sucesso para ambas as partes.

  1. Em uma negociação, alguns pontos podem passar despercebidos por não serem os mais importantes e por não causarem nenhum tipo de problema na transação, porém, nesses pontos podem se encontrar maneiras inteligentes, eficientes e de fácil entendimento que irão trazer benefícios aos dois lados, basta deixar claro seus propósitos em relação aquele assunto. Como por exemplo as negociações sobre transferência tecnológica que ocorreram na Conferência Das Leis dos Oceanos entre 1974 e 1981, criada para desenvolver regras internacionais sobre diversos temas em relação aos Oceanos. Nessa conferencia alguns países em desenvolvimento e com menos poder de exploração se mostraram interessados em adquirir dos países desenvolvidos equipamentos de mineração do solo marítimo e know-how avançado. Os países desenvolvidos concordaram, mas não deram a devida importância e não desenvolveram mais propostas sobre a questão, que poderia levar a um ótimo negócio de baixo custo para os mais ricos e grande abertura de avanço aos países menos desenvolvidos.
  1. A comunicação é um ponto importantíssimo pelo qual se dá a negociação e deve ser utilizada com cautela visto que qualquer frase dita pode ser interpretada de diversas maneiras por pessoas que estão ali não de forma robótica, mas como seres humanos que também tem emoções, medos, orgulhos e outros sentimentos. Os negociadores não devem agir como se estivessem em um debate, ou tentando convencer o outro de algo, devem deixar claro suas divergências e conversar para que entrem em acordo. Terceiros podem atrapalhar o debate de modo que tirem o foco principal do negociador em compreender o outro. Para amenizar esses pontos podem ser feitas reuniões confidenciais ou diminuir o grupo que irá comparecer nos encontros. Como por exemplo em 1954, quando tentava-se chegar a um acordo sobre a cidade de Trieste em que não conseguiam obter um ajuste, até que os três principais negociadores resolveram se encontrar no privado e desistiram de suas enormes delegações para conseguirem uma resolução.
  1. Em uma discussão, não deve ser dar atenção apenas as posições, mas sim aos princípios que levaram aquela posição, ou seja, os interesses, se estes forem analisados e estudados da melhor forma, o problema pode ser revolvido, mas se o impasse ficar travado entre uma posição “x” ou uma posição “y”, não terá como se chegar a um meio termo. Um caso ocorrido entre Israel e Egito pode explicar essa situação de forma bem clara: Trata-se de um acordo que os dois países deveriam chegar na Conferência de Camp David, em 1978, sobre a Península do Sinai, território pertencente ao Egito, mas que havia sido ocupado pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Quando os dois foram negociar, Egito não queria abrir mão de uma só parte de seu território que tanto havia lutado para recuperar e que era parte de sua soberania desde o tempo dos faraós, assim como Israel insistia em manter parte do território ocupada, mas por trás dessa atitude israelense não estavam contidos desejos de ir contra o Egito por puro gosto de iniciar desentendimentos com este Estado, mas sim de preservar a segurança do próprio Estado pois temiam ataques de fronteira vindos daquela região de Sinai. A solução foi encontrada visando os interesses dos dois países: o Egito teria direito a todo o território, porém as grandes áreas deveriam se manter desmilitarizadas, tendo Israel sua segurança garantida.
  1. A eficiência da operação também está diretamente ligada a forma como se dá a solução para os diferentes interesses, que deve ser feita pensando de forma autônoma das vontades das partes, que só iriam dificultar a negociação, ao invés disso, devem ser empregados critérios objetivos, que irão dar maior segurança na operação, utilizando padrões que já foram utilizados, visando maior justiça para ambas as partes com modelos baseados em princípios pré-existentes. Novamente um caso na Legislação dos Oceanos será usado para ilustrar essa situação, nesse evento a Índia como representantes dos países do Terceiro Mundo iria negociar a questão da locação do território para mineradoras americanas explorarem o local, e desejava dar início cobrando uma taxa de 60 milhões de dólares, os EUA por outro lado, não estava disposto a pagar nada como taxa para início das atividades. Nesse impasse, foi descoberto que o Instituto de Tecnologia de Massachusetts havia desenvolvido um modelo de estimativa de viabilidade econômica da mineração no fundo do mar, segundo o qual as negociações poderiam ser facilitadas, pois sendo um instituto com todo conhecimento e informações já estudadas, poderia dar diretrizes as partes, indicando qual seria um bom custo inicial sem que os EUA nem a Índia se sentissem abusados economicamente. Dessa forma, ambas as partes não precisam ceder a vontade da outra, causando ressentimento, nem ficar agarrada a sua barganha posicional inicial, causando empecilho, irão agir de forma ponderada.

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