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Libras que linguá é essa

Por:   •  14/10/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.055 Palavras (5 Páginas)  •  1.213 Visualizações

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Surdo, Surdo-Mudo ou Deficiente Auditivo?

Com base no texto podemos observar que os surdos-mudos, não aceitam ser chamados de deficientes auditivos, enquanto para nós parece ser menos ofensivo esse termo, para eles dá a entender que eles possuem uma deficiência e por esse motivo são excepcionais e não podem realizar algumas atividades.

Há um relato de uma professora surda, falando que a sociedade os torna excepcionais e especiais, porque eles conseguem desempenhar qualquer atividade e são como todas as outras pessoas, a única diferença que a língua deles é os sinais e que seus olhos são seus ouvidos.

O Intérprete é a “Voz” do Surdo?

O intérprete tem um papel valioso na relação surdo e ouvinte. É evidente que o intérprete tem seu primeiro contato com a língua de sinais a partir dos laços familiares ou da convivência social, já que no Brasil ainda não há formação específica para tal profissão, aliás ainda não há formação e nem intérpretes para as línguas consideradas de mais prestigio como, Inglês e Francês.

        Entende-se que a interpretação da língua de sinais ocorre de maneira informal, em momentos que o surdo interage com pessoas que não dominam/conhecem a língua de sinais. Diante disso percebe-se que a maioria dos intérpretes Brasileiros tem se desenvolvido mediante a uma situação de “emergência”.

        Em 24 de abril de 2002, foi aprovado a lei nº 10.436, fornecendo direito do surdo poder se comunicar através dos intérpretes em locais institucionalizados onde a maioria não fala sua língua (Hospitais, Escolas, Universidades).

        Perante esse entendimento, podemos compreender que ao afirmar que o intérprete é a voz do surdo estamos cometendo um equívoco, um erro gravíssimo, pois pesando dessa forma estamos afirmando que o surdo não tem voz e cultura e sabemos que isso não é verdade.

O Surdo Vive no Silêncio Absoluto?

        Muitos ouvintes têm a crença de que estar em um contexto de surdos é entrar em um contexto silencioso. Isso se dá porque a concepção de língua está, do ponto de vista dos ouvintes, culturalmente conjugada ao som.

          Por definição, barulho é a ausência de silêncio, é um ruído ou som acústico perceptível aos ouvidos, para a cultura surda, o barulho e o silêncio adquirem novas versões.

          Aprender a língua de sinais, fazer parte das comunidades surdas, estar em contato com o mundo dos surdos, por exemplo, são iniciativas que podem nos fornecer subsídios para compreender melhor as questões delineadas.

           Como se pode ver, não há desvantagem na surdez quando se fala em comunicação e em linguagem, visto que não é a modalidade da língua que define se estamos em silêncio ou não.

O surdo precisa ser oralizado para se integrar na sociedade ouvinte?

A oralização deixou fortes marcas na vida de muitos surdos, as buscas pelo desenvolvimento da fala vocalizada se traduzem em vários sentimentos como: tristeza, opressão, discriminação, entre outros, assim é verdadeiro que quando buscamos compreender essa experiência encontraremos histórias tristes relatadas pelos surdos. Se analisarmos a oralização para os surdos podemos entende-la como a negação da língua dos surdos, pois está se baseia em treinos exaustivos repetitivos da fala, correção.

Alexandre Graham Bell, adepto convicto do oralismo ganhou força durante o movimento eugênico, especialmente no famoso Congresso de Milão em 1880   onde defendia a ideia de que a surdez era uma aberração onde perpetuava-se características genéticas negativas. Dessa maneira qualquer contato entre os surdos era proibido, acreditando dessa maneira ser uma medida de salvação da raça humana. Dado seu prestigio de homem brilhante da época Alexandre, foi derrotado com pudor pela classe surda de todo mundo juntamente com todos que escreviam essa mesma filosofia sobre o tema.

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