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Resenha Filme Tróia

Por:   •  30/5/2016  •  Resenha  •  636 Palavras (3 Páginas)  •  3.832 Visualizações

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Resenha filme Tróia

Bruno Assef de Vitto

Tróia, dirigido por Wolfgang Petersen, e com aproximadamente 110 milhões de dólares de bilheteria em sua estréia, foi, e é, uma das adaptações que mais exigiram atenção e esforço de seus realizadores.

O filme, adaptado da obra mais importante da literatura ocidental, A Ilíada, escrita por Homero há quase três mil anos, chega aos cinemas fervoroso e estourando olhares femininos. Com seus quase 16 mil versos, A Ilíada narra o último dos dez anos de duração da Guerra de Tróia, em 1193 A.C., originada pelo seqüestro de Helena (Diane Kruger), esposa de Menelau (Brendan Gleeson), rei de Esparta, por Páris (Orlando Bloom), filho de Príamo (Peter O`Toole), rei de Tróia. Para defender sua honra, Menelau recorre ao irmão Agamenon (Brian Cox), rei de Micenas, que reúne uma frota de mais de mil navios para atacar os inimigos.

Entre os gregos encontram-se o semideus Aquiles (Brad Pitt), tido como o maior guerreiro vivo. Arrogante, rebelde e aparentemente invencível, Aquiles não tem lealdade a nada nem a ninguém, a não ser à sua própria glória. É sua sede insaciável pelo eterno reconhecimento e glória que o leva a atacar os portões de Tróia sob a bandeira de Agamenon – mas será o amor que acabará por decidir seu destino.

O roteiro, escrito por David Benioff, toma uma série de liberdades com a obra de Homero, o que é compreensível, já que seria impossível transpor o texto na íntegra para as telas.

Outra alteração importante com relação ao texto de Homero reside na exclusão de todas as cenas envolvendo os deuses, que, apesar de mencionados várias vezes pelos personagens, especialmente pelo rei de Tróia, jamais assumem um papel ativo no desenrolar dos acontecimentos, como se fossem apenas conceitos religiosos, e não seres reais.

Entretanto, um grave problema no filme, infelizmente, é o personagem Páris, um jovem fraco, egoísta e inconseqüente. Talvez esta tenha sido a razão que levou Benioff a reduzir a duração da guerra de 10 anos para algumas semanas: acreditar que alguém lutaria por uma década a fim de recuperar a Helena vista em Tróia exigiria um tremendo esforço de imaginação por parte do espectador. Ainda assim, nem preciso dizer que, ao tomar esta decisão, o roteirista destruiu a assustadora dimensão da Guerra de Tróia.

Outro aspecto que atinge, negativamente, Tróia é a horrorosa trilha sonora de James Horner, que, além de lembrar bastante alguns trechos da trilha composta por Maurice Jarre para Lawrence da Arábia, ainda irrita com sua insistência em se concentrar nos mais do que batidos coros de vozes femininas. Horas em que, durante o desenrolar do filme, a música toma conta e impede a concentração total do público na história em si.

Tudo bem, o filme é ótimo. Uma adaptação de primeira. Uma história épica sem igual e apresentações perfeitas. Mas, no geral, o filme possui muitos erros e poucos acertos. E, embora os primeiros apareçam em maior quantidade que os últimos, o apelo universal da história narrada por Homero é o suficiente para que o filme mereça ser visto.

Para falar bem a verdade, é pecado um filme, com uma história extraordinária, boa parte desconsiderada pelos roteiristas, infelizmente, e um elenco excelente, não ter começo, meio e fim. Acredito

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