Resenha do Artigo: Ensino de Conceitos Químicos Em Um Enfoque CTS

O artigo apresenta um estudo realizado na região sul do Estado do Paraná, em uma sala de aula da 3ª série do ensino médio. Ricardo Luiz Zanotto, professor de Química, graduado em farmácia, e especialista em educação ambiental; Rosemari Monteiro Castilho Foggiatto Silveira, professora de mestrado e doutorado no programa de Pós-graduação em ensino da Ciência e Tecnologia –PPGECT, também editora da Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia; e Elenise Sauer, atuante na área de pesquisas Educacionais e criação de metodologias atreladas ao ensino da Química e Ciência, além de ter experiência com gestão, como coordenadora de curso e acessora de direção, na área administrativa atuando como Diretora de Graduação e Educação Profissional e Diretora Geral de Câmpus Pró-tempore; excelentes profissionais da área cientifica e pedagógica, cientes das dificuldades de muitos professores em ensinar a química de forma atrativa para os alunos, basearam-se no estudo de Chassot e Mortimer, para desmitificar a química em sala de aula, integrando conhecimentos cientificos aos saberes populares, através de um experimento social e pedagógico.

Foi adotada uma metodologia “qualitativa, de natureza interpretativa, com observação participante”, dividida em 6 etapas. Inicialmente, os próprios alunos tiveram de realizar uma pesquisa na comunidade onde vivem, buscando saberes populares onde poderia haver conceitos químicos envolvido, na segunda etapa, apresentou-se os resultados dessa pesquisa em sala de aula, abrindo uma discussão, para que no terceiro momento ,pudesse ser escolhido um desses saberes para se trabalhar, onde foi eleito o mito popular :” cebola é utilizada em machucados para não arruinar ferimentos"; na quarta parte do processo, foi realizado um questionário, onde organizaram os conhecimentos que esses alunos tinham até então, sobre o mito escolhido; já na quinta etapa, os alunos realizaram uma pesquisa através de livros, internet, contando também com a intervenção do professor, para apurar tal mito, e assim construir novos conceitos,visando a mudança de perfil conceitual. Na sexta e ultima parte, eles se dividiram em equipes ,e contruiram mapas conceituais e infograficos, para divulgar e apresentar os conhecimentos obtidos em todo o estudo.

Os resultados obtidos com esse experimento comprova o que afirma Mortimer 1995, ”O perfil epistemológico, [...], difere de um indivíduo para outro. Ele é fortemente influenciado pelas diferentes experiências que cada pessoa tem, pelas suas raízes culturais diferentes.”; ou seja, é de extrema importância, que o docente leve em conta as experiências de cada inviduo, mostrando que o estudo das Ciências em geral, não é algo longe da sua realidade, envolver o aluno em cada processo faz toda a diferença, pois propicia aprendizado tanto ao aluno, quanto ao professor.

“Uma das possibilidades de articulação dos saberes consiste em trabalhar a inclusão de temas sociais na construção de conceitos científicos, promovendo mudanças conceituais e, contribuindo para a Alfabetização Científica e Tecnológica (ACT). Dessa forma, a abordagem dos saberes populares permite ao professor re(descobrir) e re(construir) conhecimentos necessários a uma alfabetização científica e tecnológica”. (CHASSOT, 2006,apud citado por Zanotto et al.)

Apesar de Mortimer afirmar com veemencia que, este método

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