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A FILOSOFIA DA ARTE ANTES DO SÉCULO XVIII

Por:   •  30/11/2016  •  Resenha  •  717 Palavras (3 Páginas)  •  390 Visualizações

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ESTÉTICA MODERNA

        Um dos temas mais caros para toda a reflexão ocidental é o tema da beleza.  A filosofia se ocupara dele desde o seu início, especialmente depois de Platão e Aristóteles, que nos forneceram uma reflexão fundamental sobre essa temática. No entanto, fora apenas na modernidade, com Alexander Baumgartem (1714-1762) e sua obra Meditações Filosóficas Sobre as Questões a Obra Poética (1735) que o termo “Estética“ foi introduzido como um ramo independente da filosofia, que então se dedicaria a estudar a beleza. Assim, dizemos que a Estética surge  na modernidade, no entanto,uma filosofia da arte, como uma reflexão mais geral sobre o lugar da obra de arte sempre fora parte da filosofia. Comecemos a traçar os caminhos que levaram a estética ter nascido no século XVIII a partir da filosofia da arte anterior a este período.

A FILOSOFIA DA ARTE ANTES DO SÉCULO XVIII

        Podemos caracterizar toda a reflexão sobre a arte anterior ao século XVIII como uma atividade de se pensar a arte em relação a outros ramos do saber, com a teoria do conhecimento, a ética, a política, a metafísica e a teologia. Sempre que se pensava as obras de arte, pensava-se a partir de um destes ramos da filosofia. A reflexão sobre a arte estava sempre subordinada á outra, seja de que tipo for. Aqui não é um problema da filosofia da arte, mas, sim, de como a própria obra de arte era entendida: antes dos modernos não havia a ideia de que arte poderia ser fruída apenas por ela mesma, inclusive para os próprios artistas. Se observarmos na música, a ideia atual de que ela deve se experimentada por ela mesma não era concebida, para antigos e medievais. Para eles, a música deveria ser uma extensão de outra reflexão, como, por exemplo, a teológica, na qual a música deveria contribuir para um esforço não apenas de deleito, mas de compreensão de Deus.  

        Também para os gregos antigos a arte não tinha o aspecto “sacro“. Para eles não havia uma diferença forte entre um objeto belo e um objeto para o uso diário, eles entendiam que um objeto precisava ser belo, e não que ele poderia o ser. Assim, muitas das “obras” de arte dos gregos são na verdade, vasilhames, matérias de ordenação, ou objetos de utilidade pública, como edificações. Simplesmente não faz sentido para qualquer antigo um mote típico dos dias atuais que diz: a arte pela arte; para os antigos seria a arte pela teologia, a arte pela ética, a arte pela antropologia e assim por diante.

Se observarmos o que os filósofos tinha para dizer da arte, notaremos que era sempre de alguma forma uma reflexão de algum tema que subordinaria a própria arte a tal temática. Por exemplo, Platão tinha sérias dúvidas quanto à função pedagógica da arte. Aristóteles pensava a obra da arte em relação ao conhecimento. São Tomás de Aquino pensava a arte como parte de três temas inseparáveis, a saber, o belo (arte), o bom (ética), e o verdadeiro (metafísica). Portanto não fazia sentido falar num ramo independente da filosofia que estudasse apenas a obra de arte.

                  A  ARTE  MODERNA

        A arte durante o período da modernidade sofre uma enorme alteração. Muitos artistas começaram a pensar que o seu fazer artístico poderia ser entendido por ele mesmo, sem que fosse necessário pensar a obra de arte a partir de outra reflexão.

        A arte moderna recebeu ares de novidade. O esmero técnico que durante o renascimento era a grande marca, foi aos poucos sendo deixada de lado, rumo a uma arte com outra natureza: a de expressão de certo sentimento, seja a forma de expressão a que melhor couber. O romantismo, especialmente o que ocorreu entre o século XVIII e o XIX, foi um movimento que marcou uma guinada para a arte, a partir de novos temas, como o sentimento pelo sentimento, a relação da arte com a política e a exacerbação da natureza humana e de seus conflitos.  

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