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FALTA DE ÁGUA EM 2014: UM ESTUDO SOBRE O CASO

Por:   •  19/5/2015  •  Artigo  •  1.457 Palavras (6 Páginas)  •  210 Visualizações

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POSSÍVEL CRISE DE ABSTECIMENTO DE ENERGIA EM 2014: UM ESTUDO SOBRE O CASO

 Diego Murilo Resende

 José Carlos Rodrigues[1]

Resumo: Este artigo trata da análise sucinta da possível crise energética que pode ocorrer no Brasil em 2014. Utilizando-se do homem primitivo como introdução, a discussão avança traçando um paralelo entre a crise que ocorreu em 2001 e a que se configura neste momento. Como solução a curto prazo busca-se o melhor gerenciamento do potencial energético nacional. Além de tudo, a obra visa soluções analisando outras possíveis matrizes energéticas que podem vir ser utilizadas em longo prazo como solução do problema com ênfase na energia nuclear. Busca-se, também, o embasamento em notícias de cunho climático e tendo em foco o viés politico e como ele influencia o problema como um todo.

Palavras chaves: Crise. Energia. Brasil.

                

                No princípio, os seres humanos primitivos que habitavam a terra buscaram no fogo uma fonte de energia para aquecê-los e protegê-los durantes as frias noites de inverno daquela época. De lá para cá, o homem avançou em passos largos em sua corrida energética. Com o advento da eletricidade o ser humano tornou-se cada vez mais dependente de sua utilização, pois seu desenvolvimento se baseava na mesma. Chegou ao ponto que a falta de tão vital força fosse motivo de grandes problemas nacionais.

                No ano de 2001 o Brasil passou por um forte racionamento de energia, o maior de sua história. O motivo da existência desse racionamento baseou-se no modelo do sistema brasileiro utilizado: o hidrelétrico. Tal modelo torna-se suscetível a qualquer mudança climática que tenha alto impacto, nessa ocasião, o fator marcante foi a seca que atingiu o sudeste e o centro-oeste sendo considerado o maior daqueles últimos dez anos. “Mas o problema não ocorreu somente por causa das alterações climáticas. A falta de planejamento e investimentos por parte do governo também foi discutido (…)” (MEMÓRIA GLOBO: 2004, 317). Na ocasião, o problema foi resolvido com a compra e construção de termoelétricas que na época representavam apenas 16% da matriz energética nacional.

                Nesse ano de copa, segundo o instituto “Acende Brasil”; em comparação com a situação enfrentada em 2001, o país possui apenas 34,61% da energia armazenada, energia derivada da água dos reservatórios; em 2001, a energia armazenada era de 33,44%. Em adição, o consumo de energia saltou de 45.000 Megawatts para 70.000 Megawatts. Mas em reportagem exibida no dia onze de março pelo telejornal Bom Dia Brasil, o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que nos últimos onze anos houve uma expansão de geração de 53% e um crescimento de transmissão de 60%. Além disso, o Operador Nacional do Sistema publicou a nova configuração de matriz energética, na qual, 30% da energia consumida já se deriva das termoelétricas e todas possíveis de funcionamento já se encontram ativadas perto de seu potencial mais alto. Então, a partir desses dados é possível deduzir que a situação climática se encontra tão delicada como em 2001 e as termoelétricas disponíveis no Brasil já trabalham em seu potencial máximo, uma vez que, o consumo de energia no Brasil alcançou recorde em fevereiro deste ano.

                Com o já acionamento das usinas termoelétricas o custo de produção de energia elétrico é aumentado, uma vez que, o preço para a produção deste tipo de energia é mais caro. Em entrevista concedida no dia treze de março o Ministro da Fazenda, Guido Mantega anunciou que “aumentos programados de alguns tributos que serão implementados ao longo do ano” em relação ao custo de energia termoelétrica. Em relação ao pacote aprovado o professor da UFRJ, Adriano Pires, disse, em entrevista, que faltou estímulos aos consumidores para poupar energia que em sua opinião, em suas palavras, “pontos positivos, sinceramente, não vi nenhum.” Miriam Leitão explica que no pacote R$ 9 bilhões já estavam no orçamento. Agora, o governo disse que serão mais R$ 4 bilhões do Tesouro e que virá de impostos. Os outros R$ 8 bilhões vêm da comercialização de energia elétrica. Tendo em vista essa configuração econômica e possível já se notar que além do risco de racionamento, o agravamento da mesma pode-se ser impulsionado pelo mal gerenciamento da matriz energética e dos recursos federais.

                Outro fato marcante que mostra a proximidade de uma crise energética foi o alerta dado pela ANEEL sobre o atraso nas obras de usinas hidrelétricas. Segundo a agência, 19 dezenove das 23 usinas em construção demostraram algum atraso em relação a alguma parte de sua obra. E dessas 19 usinas 10 nem saíram do papel devido a complicações em licenças ambientais. E essas usinas deveriam ajudar no suprimento de energia. Em reunião na Capital Federal o Operador Nacional do Sistema fez projeções em relação ao período de maio a novembro no pior dos quadros possíveis os reservatórios do sudeste e centro-oeste, que respondem a 70% da matriz nacional, chegariam a 15,7% de seu potencial.

                Soluções em curto prazo para este ano não são possíveis. A crise energética que se aproxima é  resultado de imensa falta de planejamento no setor. No melhor dos quadros só é possível sair dessa crise ainda no ano de 2014 se chover acima da media histórica até o mês de novembro, assim, os reservatórios chegariam a níveis de 40%.

                A compra de energia dos vizinhos sul-americanos não pode ser descartada. Mas deve-se ressaltar o abalo na economia, uma vez que, esse recurso de complementação ficaria muito caro e o governo, por não ter planejamento suficiente nesse setor, repassaria a conta para o contribuinte.

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