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PCC FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - ESTÁCIO DE SÁ

Por:   •  19/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.738 Palavras (7 Páginas)  •  1.267 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Professor / Tutor: Antônio Sérgio de Giacomo Macedo

Discente: Barbara Luiza Braga Alexandre Nunes

Matrícula: 202007027663

Curso: Licenciatura História

Rio de Janeiro, RJ

Novembro 2020

ENTREVISTA

Professor: Carolina Solano 

Escola: Jardim Escola Lucena

Série: Pré-II – Educação Infantil

  1. QUAL O PAPEL DO DOCENTE NA FORMAÇÃO DO SUJEITO?

O papel do docente durante o processo de formação do sujeito vai muito além de simplesmente promover e exemplificar conteúdos didáticos propostos de acordo com o ano letivo que o educando encontra-se. O educador deve compreender que seu papel deve ser de, além de mediá-lo durante o processo ensino-aprendizagem, o mesmo deve compreender a realidade que o aluno está inserido – seja social, cognitivo ou econômico -, respeitar a bagagem que o aluno traz consigo e a partir disso, vincular os conhecimentos já existentes da parte do educando com os conteúdos que serão ministrados. O professor deve ser facilitador e mediador durante todo o processo, colaborando de forma positiva na construção da formação do sujeito.

  1. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS REFLEXÕES ACERCA DO ALUNO QUE UM PROFESSOR NÃO PODE NUNCA ESQUECER?

É extrema importância que o educador compreenda que os alunos não são meros receptores do conhecimento. O profissional deve entender que, independentemente da idade, todos possuem um histórico que deve ser respeitado e se possível, trabalhado em sala de aula, vinculando com o conteúdo didático. Além disso, o educador necessita respeitar e considerar as limitações de cada aluno e a partir disso, realizar atividades pedagógicas que envolvam e despertem o interesse do mesmo, tornando-o sempre como o protagonista do processo de ensino-aprendizagem.

  1. QUAIS OS PENSADORES LHE AJUDAM A COMPREENDER A CONDIÇÃO DOS SUJEITOS DA EDUCAÇÃO?

Um dos pensadores que mais me influenciam até hoje é Paulo Freire. A partir de suas reflexões e pensamentos, foi possível compreender a importância de trazer o educando como protagonista durante o processo de ensino-aprendizagem. A educação não deve ser de maneira bancária, ou seja, o conhecimento sendo passado só de professor para aluno. A educação deve ser problematizadora, promovendo debates saudáveis e a troca de conhecimento tanto por parte dos alunos como por parte dos professores.

  1. COMO ACONTECEM AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM SUA SALA DE AULA?

A relação interpessoal se dá por meio da convivência social, seja ela com os amigos, familiares e comunidade que o indivíduo está inserido. No âmbito escolar em que trabalho, especificamente em sala de aula, as relações ocorrem por meio da convivência, de maneira coletiva, fazendo com que os educandos manifestem suas opiniões e desejos através da resolução de situações-problemas, respeitando os limites e espaços de cada um.

RELATÓRIO

Como pôde ser observado na entrevista, o teórico educacional de referência da professora Carolina Solano é Paulo Freire. Uma das principais referências para a educação brasileira, com suas ideias amplamente discutidas no universo acadêmico, o educador, pedagogo e filósofo nasceu em Recife, no ano de 1921 e faleceu em São Paulo, ano de 1997.

Freire criou um método de ensino, com foco em alfabetização de adultos que ficou conhecido como “Método Paulo Freire”. Esse método, aplicado pela primeira vez na década de 1960 na região de Angicos, Rio Grande do Norte, tinha como objetivo através de seu conhecimento e sensibilidade, educar e politizar o aluno, ou seja, o propósito de Freire em seu método educacional era conscientizar o aluno.

Com um pensamento pedagógico assumidamente político, ele tinha como propósito levar a educação às populações menos favorecidas da sociedade e fazê-las entender a situação de opressão em que viviam e buscarem agir em favor de sua liberdade, já que ele defendia que a desigualdade social acarretava a opressão nas classes mais baixas da sociedade.

Paulo Freire também criticava o ensino oferecido pela maioria das escolas, ao qual ele chamava de escola bancária. Na visão de Freire, o saber era visto como uma doação, sem interações sociais, sem produção de conhecimento e dinamicidade, estimulando a alienação e a ignorância de saber do receptor do conhecimento. De acordo com Rosa e Filipak (2019) “na concepção bancária de educação, o conhecimento é dom concedido por aqueles que se consideram como seus possuidores àqueles que eles consideram que nada sabem.”

Na visão de Paulo Freire, o aluno não é um depósito de que ser preenchido pelo professor, mas sim, educando e educador juntos, podem aprender e descobrir novas dimensões e possibilidades na realidade da vida. O educador, no pensando de Freire, é somente o mediador no processo de ensino-aprendizagem e também aprende com a cultura e vivências do seu aluno. Freire afirma que o educador deve priorizar o conhecimento de mundo trazido pelo aluno, para relacionar o que o aluno conhece com a aprendizagem na sala de aula. A educação é vista por ele como uma pedagogia libertadora capaz de torna-la mais humana e transformadora para que a sociedade – homens e mulheres – compreenda que é sujeito da própria história. A liberdade se torna o centro de sua concepção educativa e esta proposta é explícita desde suas primeiras obras, tendo como grande destaque os livros “Pedagogia do Oprimido” e “Educação e Mudança”.

Para Freire, despertar a criticidade do aluno, faria com que o mesmo buscasse a ampliação de sua consciência social e sua liberdade da opressão imposta pela sociedade. Mas, além do pensamento de libertar a mente do aluno que tinha um acesso restrito à educação, Freire também criticava a ideia de que ensinar é somente transmitir conhecimento. Para ele, a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção do conhecimento. Além disso, Freire priorizava também a valorização da cultura do aluno, que era considerado um dos pilares do seu processo de alfabetização, já que ele utilizava em sua metodologia as chamadas “palavras geradoras” – palavras que fazem parte do vocabulário da comunidade local. O método usava essas palavras e, a partir da decodificação fonética dessas palavras, havia a construção e a associação de novas palavras, aumento o vocabulário dos alunos. Apesar de hoje, o método de palavras geradoras seja algo considerado ultrapassado, o uso desta técnica continua sendo adotado com êxito em diversos países pelo mundo.

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