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Resenha: O que é história

Por:   •  29/4/2017  •  Resenha  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  184 Visualizações

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                O Que é História

Amanda Rodrigues

A obra pertence á uma Coleção: Coleção Primeiros Passos. Especialistas em varias áreas explicam o que elas são. O livro tem 178 páginas e foi escrito por Vera Hercilia Faria Pacheco Borges mais conhecida como Vavy Borges. Vavy possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(1987). Atualmente é aposentada da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil.

Vavy inicia sua obra apontando o quanto estamos iludidos com os conceitos de história apontados, hoje, pelo mundo e que seriamos tolos ao não considerar seu conhecimento uma necessidade. Pois ela é uma explicação da nossa realidade como um todo, o conhecimento de história nunca é perfeito pois esta sempre se reconstituindo, a cada hora e a cada dia. O homem sempre teve uma necessidade de tentar explicar a própria existência, de entender a origem da vida e do porque de estarmos aqui. As primeiras tentativas de explicação da humanidade, veio, através dos mitos, como seres sobrenaturais tinham poder sobre os homens, e os homens eram subordinados as suas ações. A transmissão dos mitos se dava oralmente passada de geração a geração e era considerada muito sagrada “Para nós homens do século XX, acostumados a um pensamento dito cientifico, uma explicação mítica parece pueril irracional e ligada a superstição. Mas é preciso que no mito uma forma de pensamento primitivo, com sua lógica e coerência próprias, não sendo simples invenção ou engodo. O mito tem uma força muito grande no tipo primitivo de sociedade. Ele fornece uma explicação que para os povos que a aceitam é uma verdade.” E apresentando os mitos de algumas civilizações antigas. E a explicação aparece sempre unida a filosofia, quanto o homem começa a refletir sobre as perguntas da existência, a historia e a filosofia estão ligadas desde o principio. Os gregos descobrem a importância a explicação histórica. “Heródoto é considerado o pai da história, pois é o primeiro a empregar a palavra no sentido de investigação, pesquisa...“Eis aqui a exposição da investigação realizada por Heródoto de Halicarnasso para impedir que as ações realizadas pelos homens se apaguem com o tempo”. Ele e os primeiros historiadores gregos vão fazer indagações entre seus contemporâneos, aproveitando, para escrever a história, também, as tradições orais e os registros escritos.” E foi assim que nasceu os primeiros historiadores “Os historiadores buscam explicações para os momentos e situações que atravessam as sociedades nas quais vivem”.  Já em Roma o foco era a exaltação de Roma, falando de sua beleza e de como outros povos deveriam ser submetidas a ela, sempre exalado o papel de Roma no mundo.

 Os Hebreus já tinham uma forma muito diferente de ver o mundo, e consequentemente de ver a história, olhavam sempre a partir de uma perspectiva teológica. “A história continua tendo uma perspectiva linear, cujo desenvolvimento é conduzido um plano da providencia Divina.”. Para Vavy é a volta de uma explicação sobrenatural e se assemelha ao mito. A religião se impõe, perdurando no poder durante a Idade Media e a história em sua totalidade, da época, era uma revelação de Deus aos homens. E a salvação das pessoas seria colocada na responsabilidade da igreja, orientando aos fieis. O nível de analfabetismo na idade media era altíssimo e boa parte dessa população vivia no campo “Somente membros do clero sabem ler e escrever. A maior parte do que foi escrito nessa época é feita pelo clero. Grande parte das fontes são, por exemplo, vidas de santos...Os cronistas são elementos contratados por uma casa real...para escrever... Portanto, nas obras deles a uma nítida vontade de agradar a quem os emprega. Não há uma preocupação em aferir a veracidade dos fatos”.

Pela expansão comercial tem uma nova formação de classes, os burgueses, e as ideias religiosas são deixadas, surgi então uma nova concepção não teológica no mundo. A explicação então começa a surgir da razão e não mais de um ponto de vista religioso “As mudanças são lentas, mas constantes, em direção a um abandono da antiga visão religiosa da história... Aos poucos, assim, vai-se formando uma concepção não teológica do mundo e da história. O conhecimento não parte mais de uma revelação divina, mas de uma explicação da razão. O racionalismo se impõe daí em diante; não se procura mais a salvação num outro mundo, mas um progresso e a perfeição aqui neste mesmo; não se é mais guiado pela fé, mas pela razão.”.

Só então no Renascimento a um aumento, ou retorno, de valores sobre a arte em geral. Então começa uma preocupação com as obras antigos. Começa então as coleções (por moedas, pinturas, obras...) “vai ser levantado um enorme material para a reconstituição desse passado...vão se multiplicar as técnicas para reunir, preparar e criticar toda essa documentação, que fornece os dados e os ele mentos para a interpretação histórica. ”. Já o Iluminismo “vai procurar reorganizar suas formas de pensamento, buscando explicar a nova realidade. Não são mais os teólogos que estão no comando dessa explicação, mas sim os filósofos. O liberalismo é a explicação, a justificação racional dessa nova sociedade; essa corrente filosófica reclama o progresso através da liberdade, contra a forte autoridade das monarquias e da Igreja, que se exerceu, durante muito tempo, em todos os níveis da sociedade.”.

Baseados no positivismo procuraram aproximar a história e a ciência, reunindo assim uma serie de acontecimentos isolados e o passado e tratado então como algo sem importância, como algo morto. Já para o Idealismo a história não é absolutamente feita de fatos. Não crê em uma dialética evolutiva. “Hegel transforma o conceito de progresso retilíneo e indefinido (próprio do iluminismo) numa evolução dialética em que não é mais a razão absoluta que explica tudo. A dialética, aceita desde a Antiguidade grega por alguns filósofos, é agora retomada em outro sentido. O idealismo de Hegel é uma concepção que mostra a primazia fundamental das idéias do homem em relação à realidade e ao desenvolvimento do processo histórico.”. Já o Socialismo com Karl Marx e Friedich Engels definem história como contradições geradas pela luta entre as diferentes classes sociais. Consideram-na um processo dinâmico que a leva a uma constante transformação. Afirmam que o ponto de partida do conhecimento da realidade são as relações dos homens com a natureza e um com o outro. Passando para o sec XlX a história passa a ser uma disciplina acadêmica.

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