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Alfabetização, Escrita e Colonização.

Por:   •  21/2/2016  •  Resenha  •  535 Palavras (3 Páginas)  •  558 Visualizações

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Resumo: Alfabetização, escrita e colonização.

SILVA, Mariza Vieira Da. Alfabetização, escrita e colonização. In: Historia das ideias linguísticas. UNEMAT, Mato Grosso, 2001. P. 139-153

No texto “Alfabetização, escrita e colonização”, a autora Mariza Vieira procura discutir a construção do Brasil através da escrita, tentando entender como se deu sua inscrição dentro da escrita alfabética. Analisando o processo histórico da alfabetização no Brasil, (aparecimento da expressão: alfabeto e analfabeto), e o processo de construção de um saber metalinguístico em uma terra marcada pela diversidade linguística.

Segundo Mariza, o século XIX é um espaço tempo fundamental para se compreender a trajetória em que se da à inserção do sujeito na cultura letrada. Ela analisa como a organização da escrita teve o poder de criar evidencias sociais, onde o individuo é reconhecido e se reconhece como analfabeto ou alfabetizado, de forma a exclui-lo de uma sociedade que se organiza e legitima pela escrita. Para essa analise foi feito a comparação de dois textos: “Dicionário de Língua portuguesa” de Antônio Moraes da Silva (1789-1949) e os textos constitucionais do império (1824) e da Republica (1891). No dicionário o Analfabeto é descrito como: “a pessoa que não conhece o alfabeto, que não sabe ler nem escrever, que não sabe o A, B, C”. Através dessa classificação há uma separação entre o individuo da sociedade que sabe ler e escrever e aquele que não sabe. Na constituição Republicana de 1891, a escrita passa a ser critério de seleção e de exclusão dos indivíduos em sua cidadania, adquirindo estatuo jurídico, pois segundo a constituição “Os analfabetos” não podem ser eleitores nem tão pouco ser elegível nas eleições Federais ou Estaduais.

No decorrer do texto a Mariza descreve o papel do ensino e das escolas no Brasil do século XVI. Mesmo que ainda não tenha a presença de uma classe burguesa, de cidades, trabalhador livre e uma língua nacional, havia escola de ler, escrever e contar. A escola elementar no Brasil foi produtos das condições necessárias para a instalação de um processo econômico social fundado na escravidão e na propriedade da terra, isso devido ao pressuposto de forjar uma natureza humana pela linguagem, afetando a formação das elites brasileiras – escolarizadas- e a exclusão de sua contraparte – o povo não escolarizado-.

A escola brasileira nasce com o objetivo de cristianizar e civilizar o gentio, a transcrição alfabética e a gramatização de um das línguas indígenas (tupi- guarani), foi à estratégia de evangelização, o objetivo dos colonizadores eram o extermínio da cultura dos habitantes de um mundo que o europeu precisava ser reconhecido como superior e ter seu controle perpetuado, o tupi aproximou entre si tribos e povos indígenas para que em seguida fosse aproximado do povo Europeu e sua língua.

Por fim ela descreve a escrita alfabética como uma “bolação incrível”, que tem se mostrado suficiente para objetivar a linguagem e o mundo, reduzindo as coisas e o indivíduo existente a um número fixo de letras, reconhecendo ao mesmo tempo em que a linguagem construída historicamente constitui lugares de estruturação da significação em que o sujeito inscrito em uma

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