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PSICOLOGIA EDUCACIONAL – DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

Por:   •  17/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.780 Palavras (8 Páginas)  •  317 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LITERATURA VERNÁCULAS

LICENCIATURA EM LETRAS – PORTUGUÊS (EAD)

DISCIPLINA: PSICOLOGIA EDUCACIONAL – DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

VIOLÊNCIAS E BULLYING

PROFESSORA: JOSELMA TAVARES FRUTUOSO

TUTORA: ANA PAOLA SGANDERLA

ALUNAS: JULIANA LUNG, KELLY MARIANA GOMES DE LIMA, RITA APARECIDA DA SILVA CAMPAGNARO, STEFANI DE SOUZA, VIVIANE COELHO MAJOR DE LIMA

OTACÍLIO COSTA, NOVEMBRO DE 2018.

INTRODUÇÃO

O preconceito é uma ideia ou uma opinião negativa sobre um grupo de pessoas ou sobre determinado assunto, formado de modo precipitado, sem total conhecimento e sem a reflexão necessária. É justamente o preconceito que leva à discriminação, à exclusão e à violência. O presente trabalho tem como objetivo identificar a ocorrência de violência e bullying dentro das escolas nos municípios de Otacílio Costa e Bom Jardim da Serra. O trabalho de campo, investigações e aplicação de um questionário (anexo 01), serão realizados com alunos entre 11 e 16 anos, contemplando duas turmas de ensino fundamental II.

VIOLÊNCIAS E BULLYING

        Bullying é o que define todas as atitudes intencionais e agressivas, realizadas de maneira repetitiva por um indivíduo ou um grupo de pessoas, contra outro ser e que causa angústia, dor e sofrimento, situações que colocam a vítima em desvantagem, sem poder se defender de maneira eficaz. Priscilla Linhares Albino e Marlos Gonçalves Terêncio, em seu artigo intitulado “Considerações críticas sobre o fenômeno do bullying: do conceito ao combate a à prevenção”, publicado pelo Ministério Público Catarinense na revista Atuação, tratam desse fenômeno com um olhar jurídico, porém, psicológico, levando em consideração maneiras de combater e prevenir. Ela, mestre em saúde e meio ambiente, promotora de justiça e coordenadora do centro de apoio operacional da infância e juventude pelo ministério público catarinense. Ele, especialista em psicologia jurídica, mestre e doutorando em psicologia pela UFSC e psicólogo do centro de apoio operacional da infância e juventude. Juntos analisam diferentes propostas sobre o tema, apontando a necessidade de intervenções e de um equilíbrio entre a responsabilidade escolar e a judicial, no que tange o combate desse mal.

        Quando se trata de violência escolar, o termo bullying, que atualmente é tão citado, é a primeira ideia que vêm à cabeça dos adultos, porém muitas crianças enxergam simplesmente como uma brincadeira. Estudos comprovam que a maior incidência de ocorrem entre adolescentes, porém vai além da idade e pode interferir, inclusive, nas relações entre professores e alunos. Para Martins (2005), há três grandes formas de bullying, a que envolve comportamentos diretos e físicos, diretos e verbais e indiretos:

A primeira envolve comportamentos “diretos e físicos”, o que inclui atos como agredir fisicamente, roubar ou estragar objetos alheios, extorquir dinheiro, forçar comportamentos sexuais, obrigar a realização de atividades servis, ou a ameaça desses itens. A segunda forma inclui comportamentos “diretos e verbais”, como insultar, apelidar, “tirar sarro”, fazer comentários racistas, homofóbicos ou que digam respeito a qualquer diferença no outro. Por último, há os comportamentos “indiretos” de bullying, como excluir sistematicamente uma pessoa, fazer fofocas ou espalhar boatos, ameaçar excluir alguém de um grupo para obter algum favorecimento ou, de maneira geral, manipular a vida social de outrem. (MARTINS, 2005)

No entanto, na realidade diária em que nos encontramos, também há a necessidade de observar o que chamamos de cyberbullying, que ocorre de maneira virtual, mas que é tão maldoso quanto o feito de forma presencial. Mas independente da maneira como é manifestado, esses atos são considerados violência social e escolar, com um crescimento desenfreado que exige atenção e prevenção, pois como citado por Martins, alguns casos diretos ou indiretos podem ser feitos tanto virtualmente como presencialmente.

Até pouco tempo os adultos viam essa prática como algo normal para a idade dessas crianças e adolescentes, mas o cenário agora é outro, pois as pesquisas apontam as consequências desses atos, o que torna o tema preocupante.

Afinal, quem nunca sofreu ou praticou zombarias em seus anos escolares? Quem nunca apelidou ou recebeu apelidos? As várias pesquisas que se acumularam sobre o tema, contudo, demonstraram que as consequências dessa prática, especialmente para as vítimas, são demasiadamente graves para continuarmos supondo serem simples gracejos e divertimento mútuo. São, assim, consequências comuns àqueles repetidamente vitimados pelo bullying: baixa autoestima, baixo rendimento e evasão escolar, estresse, ansiedade e agressividade. [..] A situação pode, ainda, progredir para transtornos psicopatológicos graves, como fobias e depressões com ideias suicidas ou, por outro lado, fomentar desejos intensos de vingança. (ALBINO, TERÊNCIO, 2009, p.3)

        Para isso, a Constituição Federal Brasileira afirma que todos somos iguais perante a lei, e que preconceitos de qualquer tipo não pode ser admitido, seja ele sexual, racial, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação. Assim como a constituição, há também a Declaração Universal do Direitos Humanos, onde diz que todos tem direitos e liberdades sem distinções. Então são muitos os amparos onde o indivíduo pode se basear para que não seja vítima de tais atos, podendo estar ciente de seus direitos e deveres.

        Quando o fenômeno é observado em âmbito educacional, é possível analisar a frequência e intensidade de ocorrências. Para detectar e poder prevenir, realizar-se-á um questionário em algumas turmas de ensino fundamental II, com o intuito de após a análise dos dados se fazer um trabalho envolvendo essas crianças e adolescentes.

        As perguntas aplicadas com os jovens de sexto ano do Ensino Fundamental, englobam questões sobre as vivências e as experiências a quais eles já foram submetidos, seja na escola ou fora dela, buscando aprofundamento nas suas opiniões sobre esses tipos de comportamentos. Ao todo, 62 crianças responderam o questionário, e ao final foi dito que poderiam procurar os professores para denunciar qualquer comportamento violento ou discriminativo que já tenham sofrido, de maneira mais particular, sem envolver todos os colegas na situação. Das 62 crianças questionadas, sete delas relataram nunca ter sofrido algum tipo de intimidação, agressão ou assédio, portanto foram computadas graficamente somente as respostas dos demais 55 alunos. Observe detalhadamente os dados coletados:

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