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Resenha de Coesão e Coerência

Por:   •  28/3/2020  •  Resenha  •  1.302 Palavras (6 Páginas)  •  191 Visualizações

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Coesão e Coerência

Coesão Referencial: são itens que tem a função de estabelecer referência com alguma coisa necessária para a interpretação. A coesão referencial pode ser obtida por substituição e reiteração. [pic 1]

Substituição: se dá quando o componente é retomado ou procedido por uma pro-forma. No caso de retomada, tem-se uma anáfora e no caso de sucessão, uma catáfora. As pro-formas podem ser pronominais, verbais, numerais e exercem função de pro-sintagma, pro-constituinte ou pro-oração. Ex.: “As crianças saíram para passear. Elas adoraram!”; [pic 2]

Definitivização: incluído na substituição, quando há repetições do mesmo fenômeno por formas diversas. Ex.: “Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos.”.

Elipse: além da substituição por pro-formas, pode ocorrer também a substituição por “Ø. A elipse pode aparecer substituindo qualquer elemento linguístico, porém se limita por substituir por pro-formas. Ex.: “Meu livro não está mais aqui, Ø sumiu!”.  

Nominalização: uso de substantivos, que remetem ao um verbo enunciado na oração anterior. Ex.: “Paula se casou em novembro. O casamento foi lindo!”.

Reiteração: (do latim reiterare = repetir) é a repetição de expressões no texto, os elementos repetidos têm a mesma referência. Dá-se por: [pic 3]

Repetição do mesmo item lexical. Ex.: “O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. De casa não sobrara nada.”. [pic 4]

Sinônimos: A questão sinonímia é extremamente complexa. Não existe sinonímia verdadeira, já que todos os elementos léxicos são, de algum modo, diferenciados e a língua não é um espelhamento simétrico do mundo. O importante é a identidade referencial, pois a sinonímia não é um problema puramente léxico, mas textual. Ex.: “A criança caiu e chorou. Também, o menino não fica quieto!”.

Hiperônimos e hipônimos: Quando o primeiro elemento mantém com o segundo uma relação todo-parte, classe-elemento, têm-se um hiperônimo. E quando um o primeiro elemento mantém com o segundo uma relação parte-todo, elemento-classe, tem-se o hipônimo. Ex. de Hiperônimo: “Gosto muito de doces. Cocada então, adoro.”. Ex. de Hipônimo: “Os corvos ficaram à espreita. As aves aguardam o momento certo.”.

Expressões nominais definidas: Quando há repetições do mesmo fenômeno por formas diversas. Essa relação se baseia-se no nosso conhecimento do mundo, e não em linguístico. Ex.: “Apenas o estudante ficou ferido, pois outros carros estavam estacionados. O motorista foi levado para o hospital... O carro atingido pelo jovem foi um Celta.”. Nomes genéricos: Nomes como: “gente”, “pessoa”, “coisa”, “lugar”, etc. Funcionam como itens de referência anafórica. Ex.: “Isto é uma coisa preocupante, veja isso com antecedência.”.

Coesão recorrencial: se dá quando, apesar de houver retomada de estruturas, itens ou sentenças, o fluxo informacional caminha, progride, por função, leva adiante o discurso. [pic 5]

Recorrência de termos: Dressler reconhece na recorrência de termos, dentre outras funções de ênfase, intensificação, e “um meio para deixar fluir o texto”. Ex.: “O que já em mim é sobretudo cansaço. Não disto nem daquilo, nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, cansaço.”.

Paralelismo: ocorre quando as estruturas são reutilizadas, mas em diferentes conteúdos. Ex.: “O senador Demóstenes Torres, campeão do combate às cotas, chegou lembrando que a escravidão era uma instituição africana [...] Ninguém se lembrará de James Barne, mas Demóstenes será lembrado por suas coisas.”.

Paráfrase: é uma atividade efetiva de reformulação pela qual, como diz Fuchs 3: “bem ou mal, na totalidade ou em parte, fielmente ou não, se restaura o conteúdo de um texto-fonte, num texto derivado.”. Ex.: “A mente de Deus é como a internet: Ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.” (Américo B., Folha de SP) Paráfrase: “No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.”.  

Recursos fonológicos, segmentais e supra-segmentais: Segundo Dressler: “em princípio, a forma fonética do texto é uma consequência da estrutura semântica fornecida pela sintaxe”, ela somente poderá ser prevista se levar em conta pelo menos a pragmática, a estilística e a psicolinguistica.

Ritmo: ele é parte na formação do texto. A duração relativa das sílabas está ligada à posição das pausas, acentos e entoação. A mudança do tempo pode constituir por si só uma função delimitadora ou realce.

Recursos de motivação sonora: Destaca a expressividade das vogais e das consoantes, ecos, assonâncias, aliterações, etc.

Coesão sequencial: os mecanismos de coesão sequencial são os que tem por função da mesma forma que os de recorrência, faz progredir o texto, fazer caminhar o fluxo informacional. Diferem dos de recorrência, por não haver neles retomada de itens, sentenças ou estruturas. [pic 6]

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