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A FORMAÇÃO DE LEITORES: UM DESAFIO PARA A ESCOLA

Por:   •  13/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.966 Palavras (8 Páginas)  •  275 Visualizações

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UNIVERSIDADE SANTO AMARO - UNISA

CURSO DE PEDAGOGIA EAD

Eline Campos Vieira

A formação de leitores: um desafio para a escola

A FORMAÇÃO DE LEITORES: UM DESAFIO PARA A ESCOLA

Estudo de Caso apresentado para a disciplina Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa - EAD, no curso de Pedagogia, da Universidade Santo Amaro - UNISA

Prof. Janderson Lacerda Teixeira

        

São Paulo/SP

2018

2018/1 - Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa - EAD

A Formação de leitores: um desafio para a escola

A educação brasileira passa por uma problemática, a falta de qualidade da alfabetização e necessita que surjam novos olhares e práticas transformadoras. A educação das séries iniciais coincide com o período de início da alfabetização, que é o alicerce de toda estrutura da educação que se desenvolverá posteriormente, necessita de uma atenção especial.

Os professores alfabetizadores precisam ser competentes, criativos e cientes da responsabilidade de formação dos sujeitos como intelectuais e cidadãos comprometidos com a transformação social. Faz-se necessário também que haja discussões sobre o tema alfabetização e letramento nos cursos de formação de docentes e nos cursos de formação continuada, de modo que gerem reflexões sobre o tema e a prática docente em busca de soluções para problemas de alfabetização.  

Aprendizagem não se restringe apenas a aprender a ler e escrever. Porém muitos alunos não conseguem ler e escrever na idade/ano que se supõe que deva dar a aprendizagem. Nisto são frequentes as queixas de professores de que, a maioria de seus alunos, está com problemas relacionados ao grafismo e à leitura e que não conseguem assimilar o conteúdo programático.

Koch (2010) explica que “o texto é visto como simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor/ouvinte, bastando a este, para tanto, o conhecimento do código, já que o texto, uma vez codificado, é totalmente explícito.” (p. 16).

O decodificador, portanto, assume nessa concepção um papel passivo, uma vez que a informação deve ser recebida tal qual havia na mente do emissor. Nessa postura, enxerga-se o processo ensino/aprendizagem apenas sob um ponto de vista - o do ensino, considerando que essa forma de ensinar leve o aluno a aprender. Ignora-se que os dois lados do processo (ensino/aprendizagem) são duas faces diferentes de uma mesma unidade, ou seja, que o fato de estar ensinando algo nem sempre significa que o aluno esteja aprendendo, pois reproduzir o conhecimento é muito diferente de construí-lo e de produzi-lo.

Deste modo, os conteúdos trabalhados são ditados pelo livro didático e o texto serve como pretexto para ensinar teoria gramatical; as questões de leitura, consequentemente restringem-se à mera decodificação ou repetição do que o autor disse (afinal, o que interessa é o "conteúdo" - a gramática normativa); as produções de escrita servem apenas para que se avalie a ortografia e, quando o aluno não apresenta um bom conteúdo, muitas vezes atribui-lhe a "falha" à falta de criatividade, pois esta é tida como inata no indivíduo.

As avaliações dos textos produzidos pelos alunos restringem-se também à mera correção de problemas ortográficos e de outras questões gramaticais e de critérios totalmente subjetivos no que diz respeito ao conteúdo. O professor assinala os erros e, depois de devolvidas aos alunos, não são sequer comentadas. Não são oferecidas, assim, possibilidades de revisão e reelaboração do texto, pois este é visto como um produto fechado em si mesmo, servindo apenas para correção e nota. As atividades desencadeadas em sala de aula não são transferidas para o processo de leitura e de escrita.

Tal ensino, no entanto, vem sendo refutado e altamente criticado na medida em que os estudos sobre a linguagem se aprofundam, principalmente a partir dos anos 80. Diversos autores já discutiram a relação entre concepção de linguagem e sua importância para o ensino.

De acordo com Koch (1996), a forma como vemos a linguagem define os caminhos de ser: aluno e professor de língua portuguesa, por isso, há de se buscar coerência entre a concepção de linguagem e a de mundo. Kato (2005) diz que o professor e suas atitudes e concepções são decisivos no processo de aprendizagem para se configurar o tipo de intervenção nesse processo.

Sendo a escola uma das instituições, responsáveis pela formação do cidadão, há uma necessidade imediata de se reconstruir a concepção de leitura, saindo de uma visão limitada de que o ato de ler é meramente a decodificação de mensagens, propiciando aos educandos uma real reflexão do que seja a leitura e a escrita de suma importância de cada um.

De acordo com os PCN’s (2001) a decodificação é apenas uma das várias etapas de desenvolvimento da leitura. A compreensão das ideias percebidas, a interpretação e a avaliação são outras etapas que segundo Lajolo (2008, p.35) “fundem-se no ato da leitura”.

Desta forma, trabalhar com a diversidade textual, segundo os PCN’s (2001), fazendo com que o indivíduo desenvolva significativamente as etapas de leitura é contribuir para a formação de futuros leitores competentes. É preciso considerar que o PCN também destaca a importância desta atividade, uma vez que para se escrever é preciso conhecer as regras estáticas da língua padrão para corresponder à linguagem em funcionamento. 

Portanto, se o objetivo das aulas de Português é oportunizar ao aluno a apropriação de uma diversidade de usos da língua oral e escrita, em diversos gêneros, bem como o acesso à linguagem padrão, devemos considerar “o que” vai ser ensinado.

Para Koch (2002, p 89) “o trabalho com a língua portuguesa em sala de aula deve pautar-se em três práticas distintas, a leitura de textos, a produção textual e a análise linguística”.

A leitura é considerada um processo interativo e que pode fazer do leitor um sujeito ativo capaz de compreender, fazer suposições e desenvolver outras habilidades que o favoreça em todas as áreas, e através da dinâmica interlocutiva vivida nas relações de ensino implica não só uma metodologia, mas uma concepção de língua e linguagem.

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