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A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

Por:   •  18/7/2022  •  Artigo  •  4.863 Palavras (20 Páginas)  •  139 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

RESUMO

Um dos debates mais importantes atualmente está voltado para a especificação da formação que os professores universitários devem receber para o exercício profissional. Aprimorá-la no ensino superior é de extrema importância não só para a produção científica gerada pela universidade, mas também para a adequação da formação que os futuros graduados receberão; profissionais que enfrentam um mercado de trabalho cada vez mais exigente e com novas necessidades. O objetivo deste artigo é discutir sobre a importância da formação no desenvolvimento profissional de docentes no ensino superior no Brasil. Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental e bibliográfica na literatura publicada, através do SCIELO (Scientifc Eletrinic Library Online), Web of Science e Google Acadêmico, usando os descritores: prática pedagógica, ensino superior, formação de professores, atuação docente. Conclui-se que a formação de professores universitários, portanto, deve ser uma prioridade nas políticas acadêmicas devido à sua influência e ao papel desempenhado na evolução da sociedade, além de ser à base da qualidade do Ensino Superior.

Palavras-chave: Ensino superior. Formação. Professores. Identidade profissional.

Introdução

Durante as últimas décadas, o desenvolvimento profissional e a formação de professores têm sido objetos de investigação importantes na pesquisa educacional. O esforço para compreender a formação docente e suas relações com uma Pedagogia para o ensino superior aponta a importância de estudar a constituição de um campo do conhecimento denominado por alguns pesquisadores como Pedagogia Universitária, particularmente no Brasil. Como exemplo, destacam-se os estudos de Almeida (2012), Campos (2017), Campos e Almeida (2019), Melo (2018), Melo e Campos (2019), Pimenta e Anastasiou (2005), entre outros.

O conjunto de estudos realizados em âmbito internacional e nacional corrobora com a afirmação quanto a pouca atenção dada à necessidade de sistematizar os saberes profissionais sobre a formação de professores e a docência no ensino superior; além disso, aponta as fragilidades teóricas e práticas na formação de professores para o ensino superior, principalmente no que se refere ao sucesso dos professores diante das demandas das mudanças sociais, cada dia mais rápidas e impactantes. Em geral, segundo os autores citados, ser professor requer uma formação ampla e sólida que inclua as dimensões pedagógica, curricular, institucional, ética e política e o domínio necessário dos conhecimentos específicos a serem ministrados.

No que diz respeito à formação docente de professores universitários, é recorrente e amplamente divulgada a constatação de que a pós-graduação acadêmica proporciona aos professores uma preparação incipiente para a docência, especificamente, inserida em um antigo problema que é a formação do pesquisador versus a formação do professor (CAMPOS, 2017; NASCIMENTO, BRANDT; MAGALHÃES, 2014). Além disso, a carreira universitária não inclui recursos formais para a preparação prévia de um professor pedagógico.

A partir dessas considerações iniciais, o artigo propõe uma reflexão sobre a repercussão da importância da formação no desenvolvimento profissional de docentes no ensino superior no Brasil. A principal questão que norteou a análise foi: quais as contribuições das atividades de formação para o desenvolvimento profissional e a identidade docente no ensino superior?

As respostas a essa questão surgiram de uma pesquisa documental e bibliográfica na literatura publicada, através do SCIELO (Scientifc Eletrinic Library Online), Web of Science e Google Acadêmico, usando os descritores: prática pedagógica, ensino superior, formação de professores, atuação docente.

Assim, o trabalho tem por objetivo conhecer a importância da formação do docente no Ensino Superior. Compreende-se que a docência é uma atividade complexa que exige uma formação criteriosa, comprometida com condições de ensino diferenciadas. Nessa perspectiva, é assumida a necessidade de criar e fortalecer uma Pedagogia Universitária como política institucional com princípios como atividades contínuas planejadas e realizadas de acordo com as necessidades de formação dos professores.

Desenvolvimento

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 2017 existiam 2.448 Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, sendo 256 públicas e 2.152 privadas, representando 87,9% da rede. Entre as IES públicas, 41,9% eram estaduais, 36,8% federais e 21,3% municipais. O número de mestres e doutores no Brasil dobrou nos últimos dez anos, mas, apesar desse número, a política educacional brasileira não tem demonstrado preocupações concretas com a formação profissional inicial e contínua ao se tornarem professores (TEIXEIRA, 2018).

Almeida (2012) e Pimenta (2012) entendem que tal formação não se limita à formação didática, nem é automática e resultante das competências de investigação que um graduado aluno adquire o título de mestre ou doutorado. Essa compreensão da complexidade do ensino, que exige saberes docentes específicos independentemente da área a que os docentes estão vinculados e atuam, seja Pedagogia, Enfermagem, História, Engenharia etc. de saberes e práticas, pois essa atividade é permeada por condicionantes sociais, culturais, políticos, institucionais, profissionais e pessoais.

Cruz (2017) mostra que a educação universitária passa por graves crises, que vão além dos limites de ser apenas institucional, atingindo também os âmbitos da hegemonia e da legitimidade. Assim, para Pazinat (2014, p. 349), a universidade se tornou uma verdadeira fábrica de dinheiro (capitalismo educacional), perdeu seu caráter educacional e se tornou uma empresa. “Nessa perspectiva, percebe-se a importância do professor altamente qualificado em sua área específica, técnica e fechada” (PAZINAT, 2014, p. 352), visto que no processo educacional a ênfase deve ser dada ao aprendizado e não ao ensino, no qual o professor se via como “dono” da situação e do saber.

Assim, diversas instituições têm se dedicado ao processo de formação continuada de professores do ensino superior. No Brasil, o primeiro órgão a prestar assessoria pedagógica ao professor do ensino superior foi o Laboratório de Ensino Superior da Faculdade de Educação do Estado do Rio Grande do Sul (BERBEL, 2007). Segundo Pazinat (2014, p. 355), ser professor é uma missão complexa e laboriosa, que exige responsabilidade e empenho, por isso “exige formação pedagógica, conhecimento, criatividade, criticidade, sabedoria, competência, disponibilidade e disposição”.

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