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A INTEGRAÇÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Por:   •  10/4/2015  •  Artigo  •  1.377 Palavras (6 Páginas)  •  453 Visualizações

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A INTEGRAÇÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Segundo a professora Lise Saint, a Inclusão Escolar é um movimento que visa acabar com a dissociação, favorecendo assim, as interações sociais de estudantes deficientes considerados normais. Atualmente já é possível perceber resultados positivos no nível do ensino e da aprendizagem.

Integração escolar é um conceito complexo, comportando diferentes mudanças que sofreram verdadeiro processo de evolução no decorrer das útimas décadas. Embora tenha nascido nos países escandinavos, foi nos Estados Unidos que este movimento se desenvolveu. O Canadá e em particular o Québec, juntaram-se também ao movimento. Apesar de lentamente desenvolvido, ele é igualmente presente na maioria dos países europeus.

É possivel distinguir três fases de desenvolvimento desta corrente. Nas suas origens, nos anos setenta,o movimento de Integração Escolar provocou a diminuição do número de escolas e de classes especiais. Os alunos com dificuldades leves (dificuldade de aprendizagem, distúrbios de comportamento, deficiência intelectual leve) foram encaminhados para classes regulares embora continuassem frequentando classes especiais de apoio pedagógico especial. Para os alunos que apresentavam dificuldades graves (déficit intelectual moderado e severo, deficiências múltiplas e etc). Integração Escolar significa, neste período, frequentar uma classe especial numa escola comum. Nos anos 80, o movimento se intensifica, uma vez que a classe regular é reconhecida como melhor ambiente pedagógico para o aluno com necessidades especiais, considerando-se, cada vez mais, que este deve receber ajuda pedagógica e que necessita diretamente de sua classe. Esta reconceituação dizia respeito sobre tudo aos alunos deficientes leves, e não aqueles que apresentavam déficit intelectual maior. Nos anos 90, a idéia da Integração Escolar total para todos os alunos se populariza cada vez mais (Falvey,1995)  trata-se do modelo de inclusão, que significa a resposta às necessidade pedagógicas de todos os alunos se faça no mesmo contexto através de atividades comuns, embora adaptadas (Sapon- Shein 1992).

          O modelo de inclusão ganha terreno em consequência das insatisfações em relação à Educação Especial:

1) difícil identificação dos alunos em dificuldades  (Bateman,1992)

2) efeito estigmatizante pelo fato de separar os alunos para atendimento especial (Bean et al.,1991)

 3) falta de rigor na avaliação e nos métodos pedagógicos (Kauffman, 1994)

 4) perda de tempo do ensino em classe comum (Lovitt, 1989)

5) falta de coordenação entre os colaboradores ( Voltz e Elliott, 1990).

Atualmente assiste-se a uma importante polêmica entre tendências que quererm conservar as atuais estruturas de organização dos serviços destinados aos alunos com necessidades especiais, modificá-las radialmente ou abandoná-las (Katsiyannis, 1995).  

          Com base nos trabalhos de Vygostsky (1978) e elaborado por Brunner (1973), Rogoff (1990) este quadro teórico faz parte da grande família das teorias contrutivistas em psicologia do desenvolvimento da criança. Ele proriza o contexto ecológico e as dimensões transacionais do desenvolvimento infantil. Ele propõe uma visão coerente de ensino e aprendizagem (Saint-Laurent, 1995).

Os conceitos sócio-contrutivistas sugerem que mantida em um estado de isolamento social, a criança não poderá desenvolver as funções sociais superiores. Para isso, ela necessita estabelecer interações sociais com um profissional especializado. As interações sociais assumem diferentes formas em classe: ensino interativo, díade, tutorado, aprendizagem cooperativa.    

          De acordo com Mallory e New (1994), o princípio mais importante do sócio- construtivismo para alunos com necessidades especiais é o seu direito e a sua necessidade de participar, de ser considerado como um membro legítimo e ativo no interior da comunidade. Segundo os autores, este princípio justifica as classes inclusivas, onde as relações sociais são compreendidas como catalisadoras de aprendizagem.

        Todavia a inclusão não é somente útil para alunos com necessidades especiais; ela representa também uma transformação positiva da escola para todos os alunos (Sapon- Shevin,1992).

O PAPEL DOS AGENTES ESCOLARES NA INCLUSÃO

         A inclusão implica toda uma reforma na organização e funcionamento dos serviços destinados aos alunos especiais. O contexto da classe regular transforma-se no lugar central das aprendizagens e do ensino. O professor da classe regular é responsável pela organização do ensino a fim de facilitar as interações sociais em torno das tarefas cognitivas e de trabalhar com os alunos todos os níveis de apendizagens. Não é tarefa fácil. Na verdade, a maioria destes professores sente-se mal equipada para trabalhar com alunos especiais na sua própria classe (Kauffman, 1994). A colaboração com o especialista torna- se então essencial.

A inexistência de uma ação integrada entre os professores e especialistas que trabalham junto aos alunos especiais constitui uma crítica constante aos serviços da educação especial (Bean, 1991), estes alunos são em grande parte vítimas desta lacuna. Frequentemente o especialista trabalha isoladamente sem nenhuma ligação com a classe e trabalham métodos diferentes e isso aumenta as necessidades do aluno.

                 Lembrando também que os agentes escolares têm todo interesse de convidar os pais a prosseguir as tarefas escolares (ou em diferentes situações sociais), e o diálogo é estabelecido em classe. Os pais dos alunos especiais têm uma tendência a se sentir incapazes de deixar um espaço aos especialistas para ajudar a criança (Hoover-Dempsey, 1995). Uma elaboração eficaz com a família e o ambiente que rodeia o aluno há muito tempo foram considerados indícios da qualidade do ensino dos alunos especiais. O que é novo sócio-construtivismo é o papel do mediador que é dado aos parentes em torno das atividades cognitivas. Por outro lado, do nosso ponto de vista, é de responsabilidade dos agentes escolares dividir com os parentes um vocabulário, uma comprensão das tarefas de aprendizagem e do apoio fornecido ao aluno.

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