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A LITERATURA CIENTÍFICA COMO BASE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA ESCOLA PÚBLICA

Por:   •  24/1/2023  •  Trabalho acadêmico  •  3.629 Palavras (15 Páginas)  •  81 Visualizações

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A LITERATURA CIENTÍFICA COMO BASE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA ESCOLA PÚBLICA

BARROS, Maria Auxiliadora 1

REINALDIN, Nayanna 2

RESUMO

Este estudo objetivou analisar se a literatura científica pode contribuir para a implementação da educação inclusiva na escola pública, como base para o desenvolvimento educacional de pessoas com deficiência. O estudo também tem como finalidade apresentar os benefícios na mudança de paradigmas em relação à deficiência intelectual. Alguns dos caminhos percorridos para alcançar a meta foram, inicialmente, explicar sobre a deficiência intelectual, bem como conhecer o contexto em que se dá o seu processo de inclusão na escola pública e, por fim, analisar a contribuição da literatura científica em todo esse processo. Para tanto, foi utilizado como método de coleta de dados a pesquisa bibliográfica, através do levantamento teórico em livros, artigos, periódicos e outros, com a apuração de autores especializados nos temas envolvidos.

Palavras chave: Educação inclusiva. Deficiência Intelectual. Literatura Científica


1. INTRODUÇÃO

A educação inclusiva visa garantir o direito da educação para todos, inserindo as pessoas com necessidades educacionais especiais (com deficiência e outros) no sistema regular de ensino. Na sua essência, busca não diferenciar cor, raça, religião, condições físicas, sociais ou intelectuais no desenvolvimento do trabalho no âmbito educacional. Esse é um tema bastante discutido na atualidade e vem sofrendo mudanças significativas ao longo do tempo.

Sua abrangência tem uma enorme proporção envolvendo as escolas das redes públicas e particulares, da educação infantil até o nível superior, com leis no âmbito federal, estadual e municipal que, teoricamente, favorecem a execução do trabalho.  Nesse contexto, as descobertas cientificas, através de sua literatura, tem um papel importante na interpretação das diversidades do sujeito e no desenvolvimento de ações educacionais focadas nas especificidades de cada indivíduo como, no caso, as pessoas com deficiência intelectual.

Diante dos desafios que a efetivação de uma educação inclusiva impõe, um fator que se evidencia é a importância de profissionais qualificados para atender as exigências de cada aluno. Esse desafio se torna maior quando analisamos as escolas da rede pública de ensino que já possuem seus dilemas próprios e, há muito, não resolvidos. A formação continuada e específica dos envolvidos direta e indiretamente no espaço escolar trás melhorias para o atendimento do público alvo.

Diante das diversas dificuldades na implantação da educação inclusiva no ensino público, é nítida a importância de buscar correspondência com a realidade educacional em que estamos inseridos atualmente. A falta de capacitação dos profissionais acaba interferindo no ensino-aprendizagem de alunos que já possuem certas limitações, tornando o sistema ainda mais precário. Sendo assim, quando não há preocupação na busca de conhecimentos acerca das deficiências que podemos encontrar no ambiente escolar, é possível cair no pensamento não inclusivo de que os alunos com deficiência não possuem capacidade de assimilar o que está sendo estudado ou, em casos mais absurdos, acreditar que tais alunos sequer deveriam estar em uma sala de aula.

A literatura científica, como fonte de informação para toda a comunidade escolar, traria grandes avanços para alcançarmos o objetivo de oferecer uma educação de qualidade para pessoas com deficiência. Mas não somente para elas, como para todos os alunos do ensino público.

O presente projeto de pesquisa visou colher informações sobre como a literatura científica pode colaborar na efetivação da educação inclusiva, tendo como foco principal a escola pública e a deficiência intelectual.

Este trabalho tem o objetivo de observar os efeitos do estudo da literatura científica na fixação de uma verdadeira educação inclusiva. Com a apresentação das produções científicas para a comunidade escolar, será possível conhecer, compreender e lidar de forma correta com os alunos portadores de deficiência, aumentando a igualdade de direitos, promovendo a equidade e extinguindo quais preconceitos.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 VISÃO SOBRE A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

2.2 CONHECENDO O CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA FRENTE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

2.3 ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

 

2.1 VISÃO SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Podemos conceituar deficiência intelectual como sendo o termo que resultou de um processo de anos de mudanças que envolveram discussões e debates favoráveis – ou não – em relação à pessoa com deficiência, rotulando-as inicialmente pela sua incapacidade e, em outros momentos, buscando alternativas para potencializar seu desenvolvimento. Segundo Pan (2008), "[...] temos ainda o debate entre as expressões deficiência mental e deficiência intelectual, que surge das recentes discussões empreendidas nos meios acadêmico e científico que buscam superar as concepções deterministas e idealistas da ‘mente’ ou da ‘inteligência’, para compreendê-la no campo das diferenças humanas e intelectuais".

 Como bem nos assegura Pan (2008), pode-se dizer que o melhor conceito de deficiência intelectual está sob o que considerou em 2010 a AAIDD – American Association on Intellectual and Developemental Disabilities (uma das maiores entidades no que diz respeito ao assunto) e a CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Segundo as entidades, a pessoa com deficiência intelectual é um indivíduo que possui um pensamento particular e com uma dinâmica diferenciada que lhe permite formas também diferenciadas, mas possíveis, de desenvolvimento. Neste contexto, fica claro que o indivíduo poderá evoluir significativamente se lhe forem aplicadas metodologias adequadas para o seu progresso cognitivo. O mais preocupante, contudo, é constatar que ainda hoje muitos se prendem ao diagnóstico de forma negativa e rotulam o indivíduo pelas suas limitações. Não é exagero afirmar que o conceito presente na mente de grande parte da população, e também usado por manuais de classificação de doenças, é o de retardo mental, que acaba por destacar as dificuldades de adaptação ao meio e as alterações neurológicas do indivíduo.

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