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A METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR

Por:   •  20/10/2022  •  Artigo  •  1.857 Palavras (8 Páginas)  •  99 Visualizações

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[pic 1] PÓS-GRADUAÇÃO

AT – Avaliação Final (valor: 10,0 pts)  

Componente curricular

METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR – Prática Docente

Período

Módulo 1 – 27/08 e 28/08 de 2022

Carga horária

8h

Discente

Syrrley Nascimento Gonçalves do Carmo

Docente

Adriana Fernandes – adriana.fernandes@fcr.edu.br

NOTA: ________

1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL  

O desenvolvimento do sistema de educação superior, no Brasil, pode ser considerado um caso atípico no contexto latino-americano. Desde o século XVI, os espanhóis fundaram universidades em suas possessões na América, as quais eram instituições religiosas, que recebiam a autorização do Sumo Pontífice, através de Bula Papal. O Brasil Colônia, por sua vez, não criou instituições de ensino superior em seu território até início do século XIX, ou seja, quase três séculos mais tarde.

Na Colônia, os responsáveis pela educação superior eram os jesuítas, a partir da fundação da Companhia de Jesus, que tratava desde a aculturação dos indígenas até a sua formação em cleros, seminários e educação dos filhos da classe dominante em colégios reais.  

Uma das principais características acerca da educação dessa época é que os colégios reais ofereciam uma educação com elementos gregos, onde o aluno era preparado para frequentar a Universidade de Coimbra, em Portugal, a fim de cumprir a missão de unificar a cultura do Império português no Brasil, tal como desenvolver a homogeneidade cultural avessa à fé Católica e superioridade da Metrópole.

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[pic 2] PÓS-GRADUAÇÃO

Com base nessa missão, as primeiras faculdades surgidas no país ofereciam os cursos de Teologia, Direito Canônico, Direito Civil, Medicina e Filosofia, chegando a formar mais de 2.500 jovens nascidos no Brasil.  

Com a chegada de Dom João VI na Bahia, houve a solicitação, por parte dos comerciantes da época, da criação de uma universidade no Brasil. Em contrapartida, estes comerciantes apoiavam financeiramente os cursos, enquanto cabia ao Príncipe Regente dispor de toda a organização e estrutura necessária. Contudo, ao invés de criar universidades, Salvador passou a sediar o curso de Cirurgia, Anatomia e Obstetrícia.  

Nesse sentido, é importante destacar que todo o movimento da educação superior da época acompanhava a Corte, e quando houve a transferência para o Rio de Janeiro, foram criados vários cursos, como por exemplo, a Escola de Cirurgia, Academias Militares e Escola de Belas Artes.  

Já em 1827, foram criados dois cursos de Direito (um em Olinda e outro em São Paulo) e a Escola de Minas, em Ouro Preto, voltada para o ensino e prática da extração do ouro, a qual só foi instalada em 1866.  

Como é possível perceber, as primeiras instituições de ensino brasileiras eram independentes umas das outras e localizadas em cidades importantes, tal como ofereciam uma educação completamente elitista, seguindo modelos de Escolas francesas voltadas para o desenvolvimento técnico e profissional.  

1.1 REPÚBLICA VELHA (1889-1930)  

Embora a Proclamação da República tenha sido um fato histórico marcante para o país, a educação superior sofreu grandes atrasos em seu desenvolvimento devido ao pensamento de que a universidade seria uma instituição ultrapassada e anacrônica diante da visão política do Novo Mundo. Entretanto, os políticos da época eram completamente favoráveis à criação de cursos laicos, voltados para o desenvolvimento técnico profissional.  

Assim, a primeira universidade brasileira foi criada apenas em 1920, resultante do Decreto nº 14343, onde a Universidade do Rio de Janeiro reuniu faculdades profissionais preexistentes.

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[pic 3] PÓS-GRADUAÇÃO

Nestas faculdades, a educação superior era voltada apenas ao ensino, sem estimular a pesquisa, mantendo o foco no desenvolvimento e orientação profissional.  

Como modo de transformar essa realidade, a Escola Politécnica do Rio de Janeiro representou uma reação antipositivista, estimulando o debate de questões referentes à pesquisa e ao ensino superior no Brasil.  

1.2 NOVA REPÚBLICA E A CRIAÇÃO DAS UNIVERSIDADES (1930-1964)  

Esta época foi marcada pelo governo Vargas (1930-1945), tendo como um dos principais marcos a criação do Ministério da Saúde e Educação.  Sendo assim, em 1931, foi aprovado o Estatuto das Universidades Brasileiras, que vigorou até 1961. Este Estatuto previa que a universidade poderia ser pública ou particular, e que deveria incluir em suas dependências os cursos de Direito, Medicina, Engenharia, Educação, Ciências e Letras, os quais seriam ligados a uma reitoria, vinculando-se a ela administrativamente, e tendo autonomia jurídica.  Anos depois, as discussões acerca do ensino superior intensificaram-se, tendo como principais pontos: 

Papel do governo federal como normatizador do ensino superior;

Atuação da Igreja Católica como formadora do caráter humanista da elite brasileira.  

Como forma de contrapor estes pontos, Anísio Teixeira propôs a criação da Universidade do Distrito Federal, voltada especificamente para o desenvolvimento da cultura e das atividades de pesquisa, defendendo o ensino gratuito para todos. Devido ao baixo apoio, a Universidade foi extinta anos depois, e seus cursos foram transferidos para a Universidade do Brasil (antiga Universidade do Rio de Janeiro).  

Devido ao clima ideológico que tomava conta do país na época, foi implantado o projeto universitário que criou a Universidade do Brasil, a qual visava a criação de um modelo único de ensino superior para todo o território nacional, estimulando o autoritarismo da época.  Essa realização constitui-se no exemplo mais significativo da centralização autoritária do ensino superior brasileiro

Aproveitando o interesse em obter o apoio da Igreja, que caracterizou o governo de Vargas, entre 1930 e 1945, as lideranças católicas passaram a desenvolver um intenso trabalho pedagógico visando à recristianização das elites do país.  

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